quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ESPERANÇA!!!




VOCÊ PODERIA TER CHUTADO NO GOL, MAS RESOLVEU PASSAR A BOLA. E AQUELE REGIME QUE SEMPRE IRÁ COMEÇAR NA SEGUNDA FEIRA? PODE DEIXAR QUE NA SEMANA QUE VEM, ASSIM QUE MELHORAR O TEMPO, VOU COMEÇAR COM A MINHA CAMINHADA. E OS PLANOS ANOTADOS NUM VELHO CADERNO, MAS QUE MORRERAM NO PAPEL?
ESPERANÇA É ALGO MUITO VAGO. VOCÊ CORRE ATRAS DELA, MAS MUITAS VEZES, É DIFÍCIL DE ALCANÇÁ-LA. E SE NADA É FEITO PARA TRANSFORMAR ISSO EM REALIDADE, ELA CONTINUARÁ SENDO APENAS UMA ESPERANÇA A MAIS NO CURRÍCULO.
ELA FICA ALI, QUIETINHA NO SEU CANTO, AGUARDANDO QUE ALGUÉM A ESTIMULE, QUE MEXA COM ELA.
ALGUM DIA, SE DEUS QUISER, AS COISAS IRÃO MUDAR. QUEM SABE ACERTA NA MEGA SENA E DEIXA A VIDA TE LEVAR.
NATURALMENTE QUE NÃO SE DEVE DEIXAR A ESPERANÇA DE LADO, MAS SE QUISERMOS ALGO MAIS, DEVEMOS IR ALÉM.
COLOQUE SEU TALENTO PARA FUNCIONAR. GOSTA DE ESCREVER? ENTÃO ESCREVA. GOSTA DE PINTAR, COSTURAR, DE JARDINAGEM, DE VENDER PRODUTOS DE PORTA EM PORTA, DE POLÍTICA, DE PRATICAR UM ESPORTE. MEU AMIGO PEGUE ESSA ESPERANÇA DEBAIXO DO BRAÇO E VÁ 'A LUTA.

AMIGOS DO EDINHO 2012





QUANTO FOI O JOGO? 3 X 2. NÃO! FOI 5 X 2.PRA QUEM? PRO PORTO. E QUEM QUER SABER?
O QUE VALEU MESMO FOI A FESTA DE AMIGOS EM TORNO DE UMA BOLA NO 12 AMIGOS DO EDINHO, REALIZADO DOMINGO, DIA 25]11, NO CAMPO DO VILA NOVA.
FABRICIO, EDINHO, JUNIOR, CACAI, BRITO, CI, ANILTO, GINHO, ALEMÃO, FÁBIO, EMERSON, ZEZECA, JEAN, GIANCARLO, NENEN, DINHO, ZEZINHO, O OUTRO ZEZINHO DA PREFEITURA, PEDRINHO, XULÉ, CHILENO, NADO, CALO, ROGÉRIO, VADO, ANDRÉ TRAMONTINA, MIRANDA, TIAGO, LUIS FERNANDO, VALTER, O TÉCNICO MARINHO E TANTOS OUTROS QUE ESTAVAM PRESENTES.
O MANECA DO MANECAR E UVEL, OS EMPRESÁRIOS MARCELO, TULIO E FLAVIO, O JOÃO DA INSTALADORA PORTO BELO DO AMIGO EGON, O KALIL, O PESSOAL DA CONSTRUTORA SELENT, A DIRETORIA DO VILA NOVA, O ZAGUEIRÃO MATADOR ROMÁRIO DA FARMÁCIA MARBELLA, A EQUIPE DA FME DE PORTO BELO, O HAMILTON E O JUNIOR DO PÉ NA AREIA.OS AGRADECIMENTOS A TODOS ELES QUE PROPORCIONARAM ESSA SENSACIONAL CONFRATERNIZAÇÃO.
AH! E O JOGO!!! BOM, O CI MARCOU TRES GOLS, UM DO NENEN E O OUTRO DO FÁBIO PARA A EQUIPE DO PORTO. PEDRINHO E ROGÉRIO, NUMA ESPETACULAR COBRANÇA DE FALTA DIGNA DE ELOGIOS DO CRAQUE ROGÉRIO CENI, DESCONTARAM PARA A EQUIPE DO VILA NOVA.
E O MIRANDA DEVE APARECER NA GLOBO, MAS NÃO COMO GALÃ DA NOVELA DAS 8 E SIM NO INACREDITÁVEL F. C.  SE É O VALTER, AGUENTEM SEUS OUVIDOS.
O ZEZECA BEM QUE TENTOU SEU GOLZINHO, MAS QUEM TEM O CI DE PARCEIRO, ESQUECE PORQUE A BOLA NÃO VAI CHEGAR.
QUEM TAVA LÁ ERA O ZEQUINHA E COMPROMETEU-SE, SEM QUALQUER CUSTO, PARA O CONSERTO DA BICICLETA DO CI.
E O EXCESSO DE TERRA NO CAMPO OU SERIA AQUELA VELHA E TEIMOSA UNHA ENCRAVADA? PÊNALTI PARA O VILA NOVA, BOLA NA MARCA DA CAL E QUEM? ELE, PONTA ESQUERDA POR TANTOS ANOS VESTINDO A CAMISA DO VILA NOVA, SEGUE CALMAMENTE EM DIREÇÃO 'A BOLA E CLARO! CONFORME VAI CRUZANDO COM SEUS COMPANHEIROS, APROVEITA PRA BATER UM PAPINHO, OLHA PARA O GOLEIRO E...BOLA NO MATO QUE O JOGO NÃO É DE CAMPEONATO. TÁ TUDO CERTO, VALTER E NA PRÓXIMA, VOCÊ ACERTA. ATÉ O PELÉ ERROU, NÃO ESQUENTA.
CHEGA DE JOGO. OS BRINQUEDOS DOADOS PELOS ATLETAS E COLABORADORES ACOMODADOS NUMA ENORME CAIXA DE PAPELÃO. O RICARDO DA FME, O KID E UM OU OUTRO PENETRA CUIDANDO DAS LINGUIÇAS, O PEDRINHO DE OLHO NA CERVEJA, QUER DIZER, NA SCHIN.
O PAGODE ROLANDO SOLTO, COM O ZECA NO COMANDO, O JASSA ARRISCANDO NO RITMO, O CACAI QUE TAVA COM TUDO E NÃO TAVA PROSA, PUXANDO A CANTORIA. E VOA CHUTEIRA PRA CÁ, VOA PRA LÁ. A MINHA CHUTEIRA QUE NO FIM, SERVIU DE SUPORTE DE CERVEJAS E TAMBÉM COMO CAIXINHA PARA ARRECADAR FUNDOS E COMPRAR CERVEJA DE VERDADE, FORA SCHIN!
NÃO TEM COMO ESQUECER O NOSSO REPÓRTER FOTOGRÁFICO, O MAURICIO, QUE ENTRE UM GOLE E OUTRO, CLICAVA SEM PARAR SUA MÁQUINA FOTOGRÁFICA, DOCUMENTANDO AQUELE MOMENTO DE FESTA.
E AGORA, É AGUARDAR O ANO QUE VEM COM MAIS UM “AMIGOS DO EDINHO” E, ME PARECE QUE ELE JÁ TEVE CONTATO COM O RATINHO E A CERVEJA SERÁ A SENSACIONAL COLÔNIA. ASSIM É O EDINHO.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

TEM QUE TER JOGO DE CINTURA





ERA O PRIMEIRO DIA DE AULA E O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA CHEGA, CHEIO DE PLANOS E PROJETOS PARA SEUS ALUNOS. PASSA PELA SECRETARIA E CAMINHA, A PASSOS LARGOS, RUMO 'A QUADRA DE ESPORTES.
 O ANO ANTERIOR NÃO HAVIA SIDO FÁCIL, POIS A ANTIGA DIREÇÃO HAVIA DEIXADO TUDO DE LADO, EMPURRANDO COM A BARRIGA.
ELE CHEGA À QUADRA, OBSERVA O ESTADO DO PISO, TODO ARREBENTADO, AS TRAVES EM PEDAÇOS ALÉM DA LINHA DE FUNDO, AS TABELAS DE BASQUETE, SÓ RESTAVAM DOIS AROS RETORCIDOS.
MAS ELE NÃO DESANIMA. TERIA QUE REVER SEUS OBJETIVOS E ATIVAR SEU PLANO B.
ALGO TERIA QUE SER FEITO E ELE ESTAVA ALI, JUSTAMENTE COM ESSA FINALIDADE.
NEM A CHUVA, O EXCESSO DE CALOR, OS ALUNOS INDISPOSTOS, A FALTA DE MATERIAL OU A IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAR O QUE RESTAVA DA QUADRA DE ESPORTES.
NADA DISSO SERIA MOTIVO SUFICIENTE PARA O INÍCIO DE SEUS TRABALHOS.
SE NÃO HÁ UM KIT PARA TEMPO RUIM, MÃOS 'A OBRA E VAMOS TRABALHAR.
É IMPORTANTE QUE SE CONHEÇA BEM OS OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS E, A PARTIR DISSO, CRIAR UM CARDÁPIO DE ATIVIDADES QUE PERMITA ATINGI-LOS.
ENTÃO, QUERO VER MUITO JOGO DE CINTURA NESSA HORA.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O JEITINHO DO FUTEBOL BRASILEIRO:




OS DIRIGENTES ESPORTIVOS, A IMPRENSA ESPORTIVA E AS CONDIÇÕES SÓCIO ECONÔMICAS EM QUE VIVE O POVO BRASILEIRO. CADA UM DELES TEM A SUA PARCELA DE CULPA PARA QUE O FUTEBOL SE TRANSFORMASSE NUMA TENTATIVA DE FUGA DAS EMOÇÕES QUE SÃO VIVIDAS PELO TORCEDOR BRASILEIRO, SEJAM ELAS FRUSTRAÇÕES PELO SEU TIME QUE NÃO RENDE O QUE PODERIA OU PELAS ALEGRIAS QUE ELE PROPORCIONA ATRAVÉS DE VITÓRIAS E TÍTULOS CONQUISTADOS.
AS MESAS REDONDAS NA TV, APÓS OS JOGOS DA RODADA, MUITAS VEZES FICAM DISCUTINDO FATOS QUE NÃO TEM A MÍNIMA IMPORTÃNCIA, AS FOFOCAS SE MULTIPLICANDO, A EXAGERADA BAJULAÇÃO COM DETERMINADOS JOGADORES, QUE, NEM SEMPRE SÃO EXEMPLOS PARA NINGUÉM E TUDO ISSO RESULTA NUM CLIMA TENSO ENTRE OS TORCEDORES.
 AS RIVALIDADES QUE DEVERIAM RESERVAR-SE EXCLUSIVAMENTE NO CENÁRIO ESPORTIVO, EXTRAPOLAM, TOMANDO UM ASPECTO EXTRA CAMPO E INCENTIVANDO A VIOLÊNCIA ENTRE ATLETAS E TORCEDORES.
COM ISSO, O RACIOCÍNIO LÓGICO DE IR PARA CAMPO VER SEU TIME JOGAR, PERDE TODA A FORÇA, SENDO QUE O TORCEDOR PASSA A AGIR COM PAIXÃO ALÉM DA CONTA.
NOSSOS GOVERNANTES SÓ PREOCUPAM-SE EM TENTAR RESOLVER O PROBLEMA DEPOIS QUE A PORTA FOI ARROMBADA E A REPERCUSSÃO DOS LAMENTÁVEIS FATOS JÁ TENHAM SIDO NOTICIADOS PARA MEIO MUNDO.
ESTAMOS ‘AS VÉSPERAS DE UMA COPA DO MUNDO, UM SONHO FINALMENTE QUE IRÁ REALIZAR-SE, MAS A CULTURA DE APOSTAR PARA VER, NUM PAÍS QUE AMA FUTEBOL, PORÉM, IRONICAMENTE, ONDE O PAI TEM MEDO DE LEVAR SEU FILHO AO ESTÁDIO PARA ASSISTIR O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA.
O POVÃO ESQUECE-SE DE SUAS DÍVIDAS, DE SEUS PROBLEMAS, QUE NÃO SÃO POUCOS, DO DIA A DIA DIFÍCIL DE LEVAR E PROJETA NO FUTEBOL A CHANCE DE VER SEU TIME CAMPEÃO, GANHAR O FLA-FLU, UM SANTOS-CORINTIANS, UM GRE-NAL, DAÍ TUDO É FELICIDADE, A ADRENALINA VAI A MIL E TERÁ A MELHOR SEGUNDA FEIRA DE SUA VIDA.
E VIVA O PAÍS DO FUTEBOL!!!!

A ESCOLHA É SUA, MEU AMIGO:


                                    

O QUE ESTÁ ESPERANDO? VOCÊ TEM A CAPACIDADE E O PODER DE ESCOLHER. TEM LIBERDADE, SABEDORIA E CORAGEM PARA BANCAR TUDO ISSO.
MAS NÃO VEM COM ESSA DE ESCOLHER ALGO IMPOSSÍVEL. ACORDOU, DEU A LOUCA E RESOLVE QUERER COMPRAR UM TERRENO NA LUA E CONSTRUIR UMA BELA CASA. OU ENTÃO VOLTAR NO TEMPO E CONVIVER COM OS IDEAIS DE TIRADENTES. E  ESQUECE, NÃO TEM JEITO, SEU TIME FOI PARA SÉRIE B, NÃO TEM COMO VOLTAR ATRÁS, SE BEM QUE NO FUTEBOL ATUALMENTE, TUDO É POSSÍVEL.
NÃO TEM COMO ESCOLHER ALGO SE NÃO EXISTIR A POSSIBILIDADE E, DA MESMA FORMA, SE NÃO HOUVER UMA POSSIBILIDADE, NÃO TEM COMO FAZER UMA ESCOLHA.
VOCÊ CONSTRÓI SUA HISTÓRIA PESSOAL. E VAI DEPENDER DE SUAS ESCOLHAS, AS QUE JÁ ACONTECERAM, AS PRESENTES E AQUELAS QUE AINDA ESTÃO POR VIR.
SE FOREM CERTAS OU ERRADAS, ASSUMIDAS OU NÃO, ISSO JÁ É OUTRA CONVERSA. VOCÊ TEVE INÚMERAS POSSIBILIDADES E, DE ACORDO COM SEU CONHECIMENTO, SUA CORAGEM E SABEDORIA, RESOLVEU SEGUIR ALGUNS CAMINHOS E DECISÕES.
VIAJANDO, BATENDO UM BOM PAPO COM OS AMIGOS, LENDO LIVROS, PÕXA VIDA!!!!  OS COSTUMES DE POVOS DO OUTRO LADO DO MUNDO, TEM TANTO PARA APRENDER.
VOCÊ PODE SABER NADAR, PESCAR, REMAR, JOGAR BOLA, MAS TALVEZ NÃO SAIBA TOCAR VIOLÃO, TALVEZ SEJA UMA NEGAÇÃO NA COZINHA. É CRAQUE PARA SALTAR DE PARA QUEDAS E NÃO CONSEGUE PREGAR UM SIMPLES PREGO NA PAREDE.
E A LIBERDADE. ELA É CONQUISTADA A CADA DIA QUE ACORDAMOS E TENTAMOS MANTER NOSSO ESPAÇO, NOSSO ESTILO DE VIDA, NOSSAS IDÉIAS E NOSSOS PRINCÍPIOS.
E SE A CORAGEM CAMINHAR AO SEU LADO, SERÁ O COMBUSTÍVEL QUE TE LEVARÁ ADIANTE.
NÃO PODEMOS DEIXAR QUE OUTROS ESCOLHAM POR NÓS. A DECISÃO É NOSSA, COM NOSSA CAPACIDADE DE ESCOLHA PARA CONSTRUÇÃO DE NOSSA HISTÓRIA.
E PARA ISSO NÃO HÁ RECEITAS MILAGROSAS E NEM REGRAS DEFINIDAS.
FAÇA SUAS APOSTAS BASEADO EM SUAS ESCOLHAS. UMA OU OUTRA FICAM PELO CAMINHO, MAS SE VOCÊ ESTIVER CAMINHANDO COM PASSOS FIRMES E EQUILIBRADOS, COM CERTEZA CRUZARÁ A LINHA DE CHEGADA COM ÊXITO.

sábado, 20 de outubro de 2012

DIFERENTE:

                                      

O QUE SERÁ QUE OS OUTROS VÃO FALAR? SE A GENTE FICAR PREOCUPADO COM A
OPINIÃO DOS OUTROS, A COISA NÃO ANDA.
VOCÊ ACORDA E PENSA... MAIS UM DIA, MAS PODE NÃO SER MAIS UM DIA... PODE
SER “O DIA".
ENTÃO, MEU!! O CARA QUER SER DIFERENTE, LUTOU POR ISSO E, COM
PERSISTÊNCIA E COMPETÊNCIA, CHEGOU LÁ.
QUER CONTINUAR NA MAMATA, TÁ FORA. APAREÇA SENÃO DANÇA.
TEM QUE SER PARCEIRO E ACREDITAR QUE ESSA DIFERENÇA IRÁ FAZER A DIFERENÇA.

sábado, 13 de outubro de 2012

180 ANOS DE PORTO BELO



PORTO BELO COMEMORA 180 ANOS.PORTO QUE TE ACOLHE, COM UM POVO
HOSPITALEIRO, OS NATIVOS E OS QUE AQUI ESCOLHERAM PARA VIVER, TODOS
COMUNGANDO DO DIA A DIA DESSA COMUNIDADE.
CADA UM DE NÓS REPRESENTA SEU PAPEL, O PALCO MARAVILHOSO É O MESMO E
TODOS DETERMINADOS POR UMA ATUAÇÃO PERFEITA PARA QUE O ESPETÁCULO
TENHA OS NOSSOS APLAUSOS.
PORTO BELO É PARA TODOS. PORTO BELO DE ONTEM, DE UMA CURVA QUE FICOU
PARA TRÁS, DE UMA ESTRADA QUE NÃO EXISTE MAIS, DE PESSOAS QUE
CONSTRUÍRAM ESSA CIDADE, QUE TEM UM POVO ALEGRE, UM POVO AMIGO. A
CIDADE ERA MAIS NOVA, MUITAS COISAS MUDARAM, MAS O POVO DE PORTO BELO
CONTINUA O MESMO, DE BEM COM A VIDA, COM SEUS PROBLEMAS COMO TODO
MUNDO TEM, MAS, O QUE É FUNDAMENTAL, QUERENDO FAZER A HISTÓRIA DE
PORTO BELO.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O PROFESSOR

O PROFESSOR ACORDA CEDO, DORME TARDE E ACREDITA QUE PODE MUDAR O
MUNDO.SEM QUE PERCEBA, ESQUECE DA HORA DO ALMOÇO, DO JANTAR, POIS
ESTÃO COM A CABEÇA NA PERGUNTA QUE O JOÃOZINHO FEZ OU NA TRISTEZA QUE
A TERESA DEMONSTRAVA DURANTE A AULA DA MANHÃ.
ANDA A PÉ, DE ÔNIBUS OU DE CARRO, DÃO CARONA PARA O ZÉZINHO QUE MORA
LONGE E AINDA TEM QUE CUIDAR DA IRMÃZINHA.
FAZ DA SALA DE AULA , SEU PALCOFAVORITO, GOSTA DO QUE FAZ E TENTA
PROPORCIONAR O MELHOR ESPETÁCULO DA TERRA PARA SEU PÚBLICO ÁVIDO POR
CONHECIMENTOS.
ELE SABE DO DESREITO QUE SUA CLASSE SOFRE, DO SALÁRIO QUE SONHA
RECEBER E NUNCA CHEGA, MAS NUNCA BAIXA A GUARDA, SEGUE EM FRENTE,
ENSINANDO E PROTESTANDO POR DIAS MELHORES.
E SEUS OLHOS BRILHAM QDO, NO MEIO DE UMA EXPLICAÇÃO, PERCEBE O SORRISO
DE UM ALUNO, SATIRFEITO POR ESTAR ALI.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

FAZ PARTE DO JOGO:

 

Deu pra gente. Perdemos e daí? Podemos até não gostar e nem admitir, mas perder é tão comum quanto ganhar.
Vai me dizer que você já não perdeu seu dente de leite, ou aqueles fios de cabelo da juventude, a chave de seu carro, a virgindade, a memória, de vez em quando, ou uma ótima oportunidade trabalho, ou ficar quietinho no seu canto de boca fechada, já deve ter perdido o ônibus, a hora para o trabalho, o guarda chuva no restaurante, o bom senso ou aquele lindo amanhecer. E durante todo tempo, muitas vezes, perdemos muito tempo.
Mas daí você me diz, na lata...perdemos mas poderíamos ter ganho.
Ah! Se o Júlio Cesar não falha naquela bola, teríamos vencido a Holanda, rumo ‘a final. E o Dunga, em 90, se faz a falta no Maradona, a Era com seu nome seria consagrada. E se o Zico acerta o pênalti em 86, a França voltava mais cedo para casa.
Tudo bem, somos o único penta campeão mundial no futebol, mas já perdemos em 14 oportunidades. Mas poderíamos ter ganhado todas.
Sou apaixonado por esportes e, claro, com o futebol em primeiro lugar, como a maioria dos brasileiros. Somos torcedores, a atração por uma disputa, o desejo de uma vitória ou uma possível derrota.
Mas a visão de alguns mudou. O Barcelona, considerada a melhor equipe do mundo, com o melhor jogador do mundo em seu elenco, para muitos, imbatível, foi lá e tropeçou frente ao Chelsea.Tudo bem, assim é o futebol, porém, grande parte dos torcedores de todas as equipes, vibraram mais com a derrota do super time ao invés de admirarem  o triunfo do vencedor.
Querem a desgraça alheia e esquecem que perder ou ganhar faz parte do jogo, sendo que aqueles que se entram numa disputa, são corajosos ao correrem riscos e se exporem diante dos outros.
Se você permanecer na sombra, nunca será um vencedor.
Não basta querer vencer. Tem que demonstrar vontade e competência e, caso não consiga a vitória, pois sabemos que esta depende de inúmeros fatores, a sua missão estará cumprida; com certeza, estará mais preparado para o próximo jogo.
Você aprenderá a trabalhar melhor em grupo, conseguirá ultrapassar os obstáculos e com a derrota, aceitará as adversidades, os seus limites e, fundamentalmente, a questão que seu oponente o superou.
Tem que levantar a cabeça que tem mais jogo pela frente.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

POLÍTICA E FUTEBOL NÃO SE DISCUTEM:

:
Não tem jeito. Futebol, política e religião não se discutem e fim de papo ou seria o recomeço de um novo papo?
Pode até não se chegar a um acordo, mas as discussões, opiniões, argumentos estão aí, na nossa cara, para comprovar tudo isso.
Na religião, observando o que vem acontecendo no mundo inteiro, nos leva a discutir o assunto, levando em conta as vidas que estão em jogo.
E a política, principalmente nessa época de eleições, as conversas ficam mais acirradas, os nervos ‘a flor da pele, quem é o melhor, quem vai fazer acontecer, promessas para que todos os problemas sejam resolvidos, quem nunca fez ou deixou de fazer, alguns mais exaltados falam o que não deviam, outros escutam e nem dão bola. Devido ‘a descrença que grande parte da população tem pela política, acaba sendo uma discussão que para no meio do caminho, desde que, naturalmente, o seu candidato seja a melhor opção.
Agora, no futebol, ô coisa boa para discutir tomando uma cervejinha no Zeca, jogando conversa fora na praça, no balcão do Vulcão, na esquina do táxi ou no bar do Bianco. O Fluminense do Didinho quase chegando lá, a briga por uma vaga na Libertadores, se o Vasco do Pita vai ser vice de novo, os avaianos gozando o Figueira como novo integrante da série B ou o Palmeiras do Vadão sendo zoado pelo corintiano Pablo e o Rogério são paulino.
E a Seleção, seleção?? O Mano não escapa dos questionamentos, xingamentos e a gente aguentando jogos com China, Turquia. Mas seleção é Seleção e, por pior que esteja, ficamos embriagados pelas cores verde e amarelo, todo mundo entra na torcida, grita e sonha por uma grande conquista em 2014.
Nesse sonho mágico, o bate papo do dia a dia sobre futebol é o remédio em dose certa para a superação de todos os problemas, sejam pessoais, profissionais ou sociais. O futebol contagia a todos nessa paixão nacional.
Se no futebol temos o direito de apenas assistir e torcer pela nossa equipe, já na política, podemos atuar mais diretamente, indicando os nossos representantes que poderão alterar a direção dos trabalhos. Sonhar, participar, mudar e transformar, porém, muitas vezes, esquecemos do fundamental que é a cobrança necessária para a realização de direitos elementares que irão nos conduzir ‘a verdadeira cidadania.
Sempre é tempo de cultivar a nossa democracia, debatendo os rumos que devemos e precisamos seguir.
A ressaca pelas recentes derrotas de nossa Seleção serve para nos alertar sobre novos rumos na política.
É o resgate de ser brasileiro, através de uma atuação consciente na vida política e democrática e não somente na paixão pelo futebol.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

PANELA DE PRESSÃO F.C.

PANELA DE PRESSÃO F.C.
Os dirigentes esportivos, a imprensa esportiva e as condições sócio econômicas em que vive o povo brasileiro. Cada um deles tem uma parcela de culpa para que o futebol se transformasse numa tentativa de fuga das emoções que são vividas pelo torcedor brasileiro, sejam elas frustrações pelo time que não rende o que poderia ou pelas alegrias que ele proporciona através das vitórias e títulos conquistados.
As mesas redondas das televisões, após os jogos, muitas vezes discutem fatos sem a mínima importância, as fofocas se multiplicando, a exagerada bajulação com determinados jogadores que, nem sempre, são exemplos para quem quer que seja e tudo isso resultando num clima tenso entre torcedores, com as rivalidades que deveriam ser apenas na esfera esportiva, tomando um aspecto extra campo, incentivando a violência, com atletas e torcedores se envolvendo.
Com isso, o raciocínio lógico de ir a campo ver seu time jogar, perde toda a força e o torcedor que deveria assistir a um espetáculo esportivo, passa a agir com paixão sem sentido.
Nossos governantes só se preocupam em tentar resolver o problema depois que a porteira foi arrombada e a repercussão dos fatos ser manchete em todo o mundo.
Estamos 'a véspera da Copa do Mundo, um sonho, finalmente, que será realizado, mas a cultura de apostar para ver num país que ama o futebol e, ironicamente, o pai tem medo de levar seu filho para poder ver seus ídolos em campo.
O povão esquece suas dívidas, seus problemas, do dia a dia duro para carregar, ter a chance de ver sua equipe sagrar-se campeã, ou então ganhar um Fla X Flu, um Santos e Corinthians, um Gre-Nal, daí tudo é felicidade, a adrenalina vai a mil e você, com certeza, terá a melhor segunda feira de sua vida.
E viva o futebol!!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

REMEXENDO A GAVETA DE 2002:

            
PROFESSOR CRISTIANO DA AERÓBICA, ELIZEU DA BOCHA, MARCELO AMIN DA NATAÇÃO, VILSON DO SOM, CLÓVIS FERREIRA, MEU EX-ALUNO E COLABORADOR NA ARBITRAGEM DO FUTEBOL, PROFESSOR CLÓVIS DUARTE DO KARATÊ, MAURO DO ESTRELA AZUL, IGMAR DO RIO GRANDENSE, LULA E A DIRETORIA DO VILA NOVA e tantos outros.
O tempo passa e já está fazendo 10 anos. 2002.e o BAR DO PETA era o campeão do CAMPEONATO MUNICIPAL DE FUTEBOL DE AREIA, tendo seu goleiro LEANDRO, o menos vazado da competição. Os artilheiros JOEL do CERVEJAS e MANINHO do ESTRELA AZUL, equipe que, por sinal, foi escolhida com a mais disciplinada.
Tivemos dez equipes participando do campeonato, BAR DO PETA, o vice campeão ESTRELA AZUL, os terceiro e quarto colocados, respectivamente, VULCÃO E CERVEJAS  e mais ENSEADA, ASSOCIAÇÃO PEREQUÊ 1, ASSOCIAÇÃO PEREQUÊ 2, BR 101, NATIVOS e RIO GRANDENSE.
A TRAVESSIA ILHA DE PORTO BELO em sua décima edição consolidava-se no calendário esportivo, com a participação de cerca de 1000 atletas em dois dias de competição.
E na CANCHA DO ELIZEU, foi realizado o CAMPEONATO DE VERÃO DE BOCHA EM TRIO, nessa ordem de classificação:
CAMPEÃO: JUAREZ, JOÃO e EDEMAR.
VICE-CAMPEÃO: VILSON, CELSO e TOM.
3 LUGAR; ALEMÃO, HERMES e ARMANDO.
4 LUGAR: COMPANI, HIGINO e ELOI.
Em março, com a presença de 800 atletas, no Ginásio Gercino Ângelo da Silva, aconteceu a PRIMEIRA ETAPA DO CAMPEONATO CATARINENBSE DE KARATÊ INTERESTILOS, com o comando do Professor CLÓVIS DUARTE e com destaque para DEIVID DUARTE, JANAÍNA CAMPOS, JULIANOP COTA GUERREIRO, RENATO GENTIL, TIAGO COSTA e NERIVALDO MARTINS, o VADO DA CASAN.
Na FESTA DO PESCADOR, realizada no CENTRO DE EVENTOS do PALCO DAS ARTES, no VILA NOVA, OS CAMPEÕES DO DOMINÓ FORAM:Daico  e SISSO, seguidos de INGO e  DITO, ZEZO e ZECA.
No BAIXIO DE PORTO BELO, a vez da molecada, na 2 COPA SUB-17 de FUTEBOL DE AREIA, com o MIRAMAR sagrando-se campeão e fazendo o artilheiro MAURO. O VILA NOVA, com a melhor defesa foi o vice-campeão, terceiro para o SÃO MIGUEL e o GORILAS em quarto lugar e equipe mais disciplinada. A competição contou com a colaboração do meu ex-aluno e amigo CLÓVIS FERREIRA DE OLIVEIRA JUNIOR, responsável pela arbitragem.
O tempo passa, mas permanecem intactas as lembranças de um trabalho que foi feito com prazer e que contou com a participação de muita gente que colocou a mão na massa e fez acontecer.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

CANTO GRANDE E PORTO BELO: A BOLA COMO ELO DE AMIZADE.


O domingo, 26/08, amanheceu com um tempo frio, vento chato mas a manhã foi de festa em Bombinhas.
Aos poucos, iam chegando os atletas no Estádio Cristiano Cunha para um jogo de confraternização entre as equipes do CANTO GRANDE e PORTO BELO.
Caminhando em direção ao gramado, revejo o VANDECO, craque de bola, enquanto o CI, NENEN, GINHO, EDINHO, TIAGO, CACAI, CUCUIA, FÁBIO e o TICO esboçavam um leve aquecimento no toque de bola.
Quem gosta de futebol sente o maior prazer em relembrar bons momentos e esse era o objetivo do reencontro.
Sigo até o vestiário do pessoal do CANTO GRANDE, brinco com o ALEXANDRE, que foi meu companheiro de equipe no Veterano do Miramar e com os demais: VAVÁ, DORICO, MARQUINHOS, FINO, MOSCA, GILO, MARCELO, GUILHERME, ZENO, CALINHO, NICO, PATACA e EDUARDO.
E a turma de PORTO BELO: o goleiro ZEZINHO, CACAI, TICO, BIGUA, ADRIANO CUCUIA, TIAGO, CI, NENEN, GINHO, FÁBIO, EDINHO e eu, VADÃO.
A ideia foi relembrar uma partida realizada em Porto Belo, na década de 90 e tinha até a TAÇA DOS CAMPEÕES DE 2012.
E a bola rolou, com o jogador EDUARDO, contundido e impossibilitado de jogar, mas não de apitar, embora como ele mesmo tenha justificado, “não consigo correr e acompanhar o jogo de perto", aliás, situação parecida com alguns atletas, devido ao porte físico.
O tempo foi passando, o CANTO GRANDE abriu 2 X 0, com gols de MARCELO e CALINHO, as substituições acontecendo, chutes perigosos, passes nem sempre certeiros e até o INACREDITÁVEL F.C. deu as caras na partida, quando CI, frente a frente com o goleiro...bom, não precisa falar mais nada, né?
As equipes voltaram para o segundo tempo e ficou uma dúvida de ilusão de ótica ou o gramado havia ficado maior.
E quem sabe, não esquece. A velocidade já não é a mais a mesma, mas com a habilidade de sempre, GINHO guardou o seu e diminuiu o placar.
Pênalti para PORTO BELO e, de novo, frente a frente com o goleiro, mas dessa vez, CI vai lá e empata o jogo. Pena que não estivesse sendo transmitido pela rádio para ele dar entrevista. O que não mudou muito foram as eternas discussões dos IRMÃOS SANTIAGO, CI e NENEN e isso porque o VADICO não estava por lá.
Final de jogo com o justo resultado de jogo de compadres, 2 X 2e veio o terceiro tempo.
Ele não joga, mas é mestre no churrasco. O Sr. Pedro firme na churrasqueira e os jogadores de ambas as equipes saboreando aquele momento especial de confraternização e amizade.
Quando eu era mais novo, participei de alguns jogos com a equipe do CANTO GRANDE, que tinha como líder, na época, meu amigo MELINHO e, além do futebol praticado, me chamava a atenção o apetite da moçada. E vendo o PATACA, GRANDE FIGURA, mastigando o tempo todo, comendo sem parar e feliz da vida, me veio a lembrança daqueles bons tempos.
O futebol tem esse poder mágico de unir as pessoas que você não vê há muito tempo, pronto...basta uma bola rolando e os momentos são revividos, com alegria e a amizade de sempre.
Por essa razão, considero todos que estiveram presentes, verdadeiros craques na bola e na amizade.
Quero agradecer a esposa do VANDECO e a LIDIA, esposa do ALEXANDRE, que cedeu a foto desse grupo especial e agradecer a todos que estiveram presentes nessa festa.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O EXEMPLO DO JOÃO HENRIQUE


Esporte é bom para todo mundo. Não importa a idade, o sexo, o esporte é muito importante para melhorar a qualidade de vida. Seu coração vai agradecer, você ganha força, agilidade e aperfeiçoa seu equilíbrio.
Praticando esportes, você conhece mais pessoas, se sociabiliza, se torna mais confiante, e levanta a auto estima. Vai praticar esporte? Então, antes de tudo, procure um médico, faça uma revisão geral e aí sim, estará pronto para se mexer à vontade.
Numa estimativa de 6.5 bilhões de seres humanos no mundo inteiro, cerca de 10 a 12% da população possui alguma deficiência física ou intelectual. O esporte é peça fundamental para inclusão social dessas pessoas, tornando-as mais confiantes, mais seguras e mais independente.
João Henrique vivia no seu canto, sem amigos, sem objetivos, até que, vendo pela televisão um jogo de futebol com atletas amputados, a vida do João mudou e para melhor.
Aos poucos foi se enturmando e hoje, além do futebol, pratica voleibol sentado, atletismo e sua autoestima foram ao céu, sempre cercado de amigos e sonhando que, um dia, o futebol para amputados faça parte dos Jogos Paraolímpicos e ele com a camisa 9 da seleção brasileira.
Ainda há muito que fazer para garantir acessibilidade e projetos que proporcionem uma melhor qualidade de vida para pessoas portadoras de necessidades especiais, embora algumas empresas e prefeituras estejam trabalhando em parceria.
Mexa-se é a palavra de ordem. E pouco importa se ele quer tornar-se profissional ou simplesmente continuar um amador. O que vale mesmo é que escolha uma modalidade esportiva que se adeque ‘as suas condições e pronto.
E você aí que tá no seu cantinho... MEXA-SE!!!!!! Abrace uma atividade física e transforme seu dia a dia e sua vida daqui para frente
.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

MEDALHA...MEDALHA...MEDALHA!!!!


Atleta amador? Foi-se o tempo. Hoje o moleque dá pinta de craque no infantil de um time e já tem seu procurador, vai logo assinando seu primeiro contrato e não se contenta com pouco, sonhando todas as noites com o Barcelona. Fama repentina, dinheiro, muito dinheiro e, por vezes, a promessa tropeça no meio do caminho. E isso não acontece somente no futebol.
Nos Jogos Olímpicos da Era Moderna, muitos atletas foram eliminados da competição, devolvendo suas medalhas por terem participado de outros eventos esportivos em troca de uma grana.
E hoje, com raríssimas exceções, todo atleta olímpico, além de altas premiações em dinheiro, ainda tem um belo salário todo fim do mês.
E aí tem início os problemas. Em busca de títulos e conquistas para seu país, forma-se uma corrente onde a que interessa e, como diria o fiel escudeiro de Dick vigarista, o Muttley, medalha... medalha...medalha!!!! Acontecem os treinamentos cada vez mais fortes e desgastantes, tanto físicas como mentalmente, nos quais os atletas são levados 'a condições extremas, tentando superar seus limites de dor e sofrimento na busca pelo lugar mais alto do pódio.
Cada atleta responde de uma maneira ao treinamento aplicado e, muitas vezes, a sua preparação física apresenta um excelente resultado, porém, a sua preparação psicológica não consegue acompanhar. Sabe como é, as pernas cada vez mais velozes e a cabeça ficando para trás.
Se o atleta tem autoconfiança e auto eficácia, já é meio caminho andado. Há uma expectativa de sucesso, um poder de concentração acima da média e aquele chute de fora da área impossível, entra e é gol. Ou então, atingir a melhor marca da vida no salto triplo ou executar um arremesso de peso perfeito.
E tem o medo. O medo do atacante artilheiro da equipe adversária, o medo da torcida contra ou a favor, um sentimento de tensão, o frio na barriga, as pernas tremendo, o suor escorrendo pelo corpo, o medo de uma lesão, o medo de fracassar, medo de decepcionar a família, seu técnico, a sua torcida, seus companheiros de equipe e a si mesmo.
A cada competição que termina, o esporte de alto rendimento exige atletas cada vez mais preparados, com um calendário abarrotado de competições pelo mundo afora e num intervalo cada vez menor.
Nenhum atleta é super homem e nem todo dia irá conseguir atuar com o máximo desempenho. Tem seu limite físico e psicológico, pode estar num dia ruim, ter acordado de mau humor, pode sentir medo ou não saber lidar com seu estresse.
Mas ele segue em frente e se hoje não deu certo, amanhã , quem sabe, pode ser o seu dia.
E bola pra frente, pro gol, saque no chão, saltos e arremessos perfeitos, corridas insuperáveis.

sábado, 18 de agosto de 2012

ARAÇÁ: BONS NA PESCA E NO FUTEBOL


Semana passada, eu estava num local aguardando um amigo e um sujeito chega apressado, perguntando pelo Maninho. Para azar dele e sorte minha, o Maninho não estava por lá e comecei a puxar um papo com o cara que é pescador.
No Araçá, o ROSÉLIO é o cara!!! É motorista do barco Astro Sol 1, conduzindo com muita habilidade e determinação pelos melhores caminhos em alto mar e assim, ele e toda tripulação de pescadores tem êxito, resultando numa excelente pescaria. Mas quando está em terre firme, daí não tem pra ninguém, conduzindo com maestria o futebol no Araçá.
O assunto da conversa falava de peixe, pescaria, mas, conversa vai, conversa vem, o futebol tomou conta do pedaço. E nada de Flamengo, Palmeiras, Vasco, Santos, Avaí ou Figueirense. Quem está com a bola cheia são as equipes do FAVELA, GALACTO, AMIGOS DO MAR, FUMAÇA, ÁGUIA, ARAÇÁ BEACH, entre outras que o Rosélio e o Bruno, genro do Seu Honório, vão lembrando.
Esse é o CAMPEONATO DE PESCADORES DO ARAÇÁ que acontece desde 2007 e teve como campeões o ÁGUIA, o GALACTO sob o comando do Rosélio e o tri campeão FAVELA.
A competição sempre acontece no final do ano, pois nessa época, os pescadores estão em casa para um merecidíssimo descanso com suas famílias e tem a oportunidade de baterem uma bolinha na belíssima praia do CAIXA D’AÇO.
E tudo bem organizado, com os dirigentes SEU NELSON, ZINHO, XANDE, NELO e o JOÃO CARLOS, que segundo o Rosélio, está com o joelho estourado, daí não poder estar jogando.
Desde sua primeira edição, em 2007, o vereador e professor de Educação Física, Maninho, sempre esteve ‘a frente da organização e o velho amigo David na coordenação da arbitragem. E não podemos esquecer o apoio do André, do Super Mercado Spader, do Romilton, do Super Mercado Junior e do amigo rubro negro, Veroni, que sempre estiveram ‘a disposição para o sucesso do evento.
Mas se você quiser participar do CAMPEONATO DE PESCADORES DO ARAÇÁ, tem que ser pescador ou então morador no bairro do araçá. Se for nascido no Araçá e pescador em outra região, a sua vaga está garantida.
E craque de bola é o que não falta. Na praia do CAIXA D’AÇO, você poderá ver belas jogadas, gols marcantes com os craques SILAS, EDER, ZILDO, DISINHO, BRUNO, ADRIANINHO, HENRIQUE, OSÍAS, GUINHO, BRANQUINHO, VALTER, TEXACO, RAFAEL que é filho do Rosélio e o SIDNEI, que eu conheço bem, foi meu aluno no Tiradentes e ex jogador do Miramar nos tempos de moleque, cara sensacional, boa gente e craque de bola.
Ao ROSÉLIO e todos que, de certa maneira, fazem acontecer o CAMPEONATO DE PESCADORES DO ARAÇÁ, quero parabenizar pela iniciativa e, principalmente, pela contribuição, através do esporte, em busca de uma sociedade melhor.

sábado, 11 de agosto de 2012

REVOLUÇÃO NAS ESCOLAS

            
Todo final de ano era a mesma coisa. O boletim vinha quase todo pintado de vermelho. Ricardinho só se livrava de Religião e Educação Física; no restante teria que ralar muito para os exames finais, precisando de 9, 10 e então passar de ano. Passava raspando, mas no ano seguinte, um novo martírio.
Betão, o professor de Educação Física chamou o Ricardinho no canto para uma boa conversa. Ricardinho era bom de bola, meio briguento, é verdade e levava jeito para o esporte, mas como vinha de ladeira abaixo na matemática, Português, História, etc, etc, a bola ficava em segundo plano, tanto em casa, sob os rigorosos olhares dos pais bem como no colégio, com a diretora marcando em cima, não dando folga.
Mas Betão não desistiu do Ricardinho. Todos os dias, na chegada para a aula, batia um bom papo com ele. Você tem que se esforçar mais dentro da sala de aula, você pode e tem capacidade para isso e, dessa forma, vai ter mais tempo para bater sua bolinha tranquilamente.
A cada dia que passa, os esportes vêm revolucionando as escolas e a preocupação com o ensino vem crescendo e incentivando nossos alunos para buscarem o desenvolvimento através dos esportes. Claro que ainda temos uma longa estrada para percorrer, mas já é um começo animador.
A prática desportiva como instrumento educacional busca o desenvolvimento integral do indivíduo, capacitando-o para lidar com necessidades, desejos e expectativas, tanto dele, bem como dos outros, podendo assim, desenvolver suas competências técnicas e sociais, que são importantíssimas no processo de aperfeiçoamento individual e formação de cidadania.
A adrenalina, a emoção e o prazer em praticar uma modalidade desportiva, seja ela qual for, fazem com que o aluno alcance inúmeras maneiras de aprender novos movimentos, integrando-se ao meio social e, através disso, é possível adequar-se ‘as disciplinas realizadas em salas de aula, proporcionando, com certeza, um melhor desenvolvimento.
O esporte é um importante instrumento para melhorar o desenvolvimento de um país, além de conseguir unir os povos, fazendo com que o homem exercite não somente o corpo, mas também a mente, obtendo, dessa forma, resultados expressivos em sua vida.
Com incentivos, espera-se que através do esporte, a qualidade de vida das pessoas melhore, mais saúde, com as crianças atingindo um rendimento mais alto nas escolas, relacionando-se melhor na sociedade e, como consequência, afastando-se do mundo das drogas. É todo um conjunto de características que proporcionam a formação de cidadãos que ajudarão no progresso do país.
Esse ano, o Ricardinho passou direto, sem exames e foi escolhido como aluno-atleta destaque dos Jogos Escolares.
E é só o início, podem acreditar.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

CAI FORA, PACHECO.

                                 
O Ferreira já tinha esgotado todo o estoque de desculpas e não sabia mais o que fazer para o Pacheco não aparecer em sua casa na hora do jogo.
Era a mulher que estava com depressão, com crises de agressividade contra amantes do esporte. Ou então, que havia ganhado um pittbull pouco amável com visitas. Inventou que estava reformando a casa e por essa razão não tinha condições de receber os amigos, além do que, a televisão estava no conserto. Chutava que iria viajar ou que teria que fazer hora extra no escritório.
Mas o Pacheco não queria nem saber. Dia de jogo do Brasil, ele tinha que bater o ponto na casa do Ferreira. Folgado, tomava conta do melhor lugar no sofá, perguntava pelos salgadinhos deliciosos da D. Maria, da estupidamente gelada, só aguardando a partida começar.
Fim do sossego e início do desastre. Pacheco era o camisa doze da Seleção, gritava o tempo todo, pulava sem parar, chutava no ar, xingava todo mundo, como se estivesse dentro do campo.
Certa vez, o Ferreira inventou uma história, dizendo que estava fazendo um trabalho voluntário para uma ONG, tentando reabilitar jovens delinquentes e assim ele teria que recebe-los em sua casa para assistirem jogos de futebol. Não deu certo!
O Pacheco adorou a ideia, declarando que sempre teve o sonho de poder ajudar as pessoas por um mundo melhor.
E o Ferreira, coitado, ficou numa sinuca de bico, sem saber o que fazer. Chegou para o Pacheco e gritou: lembra-se do pênalti perdido do Zico em 86, dos 3 X 2 contra a Itália em 82, da final de 98 contra a França. Mas nem a pau que você vai assistir comigo o jogo do Brasil. Vai ser pé frio lá no Polo Norte.
E o Cafu ergueu a taça, sem o Pacheco por perto.
Na final do tri mundial do São Paulo, o Xuléco fechou a sete chaves a porta de sua casa. O Pablito convocou “os manos” para sequestrar o Pacheco na final da Libertadores contra o Boca e o Japonês da peixaria importou meia dúzia de mestres faixas preta na final do Verdão da Copa do Brasil.
Alguém disse que viu pela televisão, o Pacheco nas arquibancadas dos ginásios e estádios de Londres. Será?

terça-feira, 31 de julho de 2012

QUE TAL UMA BOA CONVERSA?

                       
Por que não respeitar a opinião do outro, mesmo que discorde da minha? Senão é cada um querendo impor "suas verdades"
Se você despreza a opinião do outro é porque não sabe ouvir, e fica falando sozinho, não chegando a lugar algum.
Em vez de buscar os erros do adversário, aproveite o tempo para esclarecer suas ideias e tem que ser esperto para saber quando termina, o assunto esgotou-se, frases repetitivas.
É a hora da razão.
E QUEM DISCORDAR DA MINHA OPINIÃO, NADA QUE UMA BOA CONVERSA NÃO RESOLVA.

RACISMO NO ESPORTE

                               

A atleta Voula Papachristou nem bem chegou a Londres para representar seu país no salto triplo e já está dando um salto de volta para casa.
Um comentário inadequado sobre africanos que residem na Grécia caiu nas redes sociais, ganhando milhares de respostas desaprovando o ato e um manifesto foi entregue ao Comitê Olímpico exigindo a sua exclusão dos Jogos de Londres.
O jogador da seleção de futebol da Suíça, Michel Morganella, também foi expulso dos Jogos Olímpicos, após a derrota para a Coréia do Sul, por ter xingado de "mentalmente retardados" os atletas asiáticos.
O Barão de Coubertin teve a ideia de unir todos os povos através do esporte, baseando-se nos modelos deixados pela civilização grega e criou os Jogos Olímpicos da Era moderna.
porém, ao longo dos tempos, nem todos respeitaram esse ideal. Em Berlin, 1936, o americano Jesse Owens desafiou a soberba de Hitler, conquistando quatro medalhas de ouro no atletismo, derrubando assim, a ideia de superioridade da raça ariana, pregada pelo ditador.
Em 1968, nos Jogos realizados no México, os velocistas Tommie Smith e John Carlos, respectivamente ouro e bronze nos 200m, ao subirem no pódio para premiação, ergueram uma das mãos, que estavam com uma luva e mantiveram cerradas no ar, como protesto ao racismo existente nos Estados Unidos.
No futebol, demonstrações de racismo acontecem com frequência como o caso de Grafite, então jogador do São Paulo, na Libertadores de 2005, quando foi expulso na partida contra o Quilmes , na saída, foi xingado de macaco pelo adversário. Prestou queixa 'a polícia, sendo um dos casos mais polêmicos de racismo do futebol brasileiro.
Junior, ex-jogador do Flamengo, Roberto Carlos e tantos outros atletas que jogaram no exterior também passaram por situações de preconceitos, sendo xingados e agredidos.
Infelizmente, quando acontecem casos de racismo em estádios brasileiros, ou são ignorados pelas autoridades ou então negados pelos autores. Geralmente os atletas procuram colocar o esporte acima de tudo.
Ah! É o calor do jogo. Sabe como é, durante o jogo, de cabeça quente. São sempre citadas as velhas desculpas e punição mesmo acaba em pizza.
Não se pode admitir que em pleno século 21 a pessoa briguem por causa da cor da pele.
Acredito que os professores de Educação Física tenham um papel importantíssimo, formando alunos em cidadãos que tenham respeito uns pelos outros.

terça-feira, 24 de julho de 2012

ARREMESSO DE PEDRA, CABO DE GUERRA, TIRO AO ALVO EM POMBOS, NATAÇÃO COM OBSTÁCULOS NOS JOGOS OLÍMPICOS:


Agora é a sua vez. Caprichou na escolha da pedra, jogou o braço direito para trás e com toda força que tinha, arremessou o mais longe possível. Ganhei! Ganhei!  Manequinha pulava de alegria e nem deu bola pelo fato de sua pedra ter acertado o vidro da janela da D. Berta. Naquele tarde ele era o campeão do arremesso de pedra.
Tudo começou na Escócia, onde os competidores arremessavam pedras para provar quem era o mais forte e em 1904, nos Jogos Olímpicos de S. Louis, o ARREMESSO DE PEDRA  fez parte do programa, embora não se tenha registros de quem foi o campeão, sabe-se que as pedras tinham que pesar 6,4 Kg, dando origem ao arremesso de peso que faz parte até os dias de hoje das provas de atletismo nas Olimpíadas.
E quem já não brincou de cabo de guerra? Uma equipe de cada lado, puxando a corda, tentando trazer o adversário para seu lado. Pois o CABO DE GUERRA foi um dos primeiros esportes praticados nas Olimpíadas, em 500 a. C.. Na era moderna, sendo considerada uma modalidade do atletismo, o cabo de guerra foi disputado entre as Olimpíadas de 1900 e 1920, sendo que em 1908, em Londres, a polícia local foi a campeã.
Esporte é sempre esporte, embora nem todo esporte seja olímpico. Quem tem o poder de decidir é o COI – Comitê Olímpico Internacional, onde uma série de exigências  são impostas e sempre com sete anos de antecedência dos jogos em questão.
TIRO AO ALVO EM POMBO VIVO, quem diria, já fez parte do programa olímpico, felizmente, para alegria dos pombos, essa modalidade só foi realizada uma vez, em 1900, com cerca de 300 pombos sendo sacrificados.
Em 1908, o Comitê organizador em Londres, permitiu a realização de uma competição de MOTONAÚTICA, sendo a primeira e única vez que um esporte motorizado participou de uma Olimpíada.
O ARREMESSO DE PESO E DISCO COM AS DUAS MÃOS aconteceu apenas na edição de 1912, em Estocolmo, com os atletas finlandeses dominando as provas. A partir de 1920, os  dirigentes padronizaram a competição com o uso de apenas uma mão.
Um esporte muito antigo, o RÚGBI foi muito popular nos Jogos Olímpicos de 1900, 1908, 1920 e 1924, mas esse sucesso trouxe a profissionalização e o COI aceitava somente esportes e atletas amadores.
Nas três primeiras edições, o LEVANTAMENTO DE PESO era executado COM APENAS UMA MÃO e a partir de 1908, passou-se a utilizar as duas mãos que prevalece até os dias de hoje.
O CICLISMO, modalidade tradicional de Olimpíadas já foi disputada de outra forma; em 1896, em Atenas, os atletas pedalavam durante 12 horas seguidas, ocorrendo muitas desistências e o austríaco Adolf Schmal foi o vencedor percorrendo cerca de 290 quilômetros.
E se Cesar Cielo tivesse participado da prova de NATAÇÃO nos Jogos de Paris, em 1900, teria passado muito trabalho, pois a prova, realizada no rio Sena, era uma combinação de natação e uma pista de obstáculos, onde os competidores tinham que passar por cima de um poste, por uma fileira de barcos e outras barreiras pela frente.
No período entre 27 de julho até 12 de agosto, acontece a 30 edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em Londres, onde 204 países, num total de 10.500 atletas disputarão medalhas em 26 esportes, com o lema “ INSPIRE UMA GERAÇÃO”.

terça-feira, 17 de julho de 2012

DADO E O PALESTRA

             
Revolução de 64, os militares tomam o poder, mas para Dado, com oito anos, a revolução de verdade foi a sua estreia num campo de futebol.
Junto com seu tio Pedro, que o segurava firme pelas mãos, com receio que sumisse na multidão, o moleque atravessou o portão principal do Parque Antártica, como se estivesse em outro planeta e com os ouvidos grudados no radinho de pilha, onde narradores e comentaristas debatiam sobre a partida.
A música tocava alto, o barulho dos torcedores, o vendedor de cachorro quente, outro no ooooolhaaaaaaa o picolééééééééé, tudo era festa, aguardando a entrada dos times em campo.
Dado e seu tio subiram os lances da escada, encaminhando-se até o meio da arquibancada e torcedores ansiosos, ajeitando-se em seus lugares. O gramado perfeito com linhas brancas demarcando, caprichosamente, o campo de jogo, as traves com as redes esticadas e os olhares de todos direcionados para as escadas de onde surgiria seu time de coração.
O coração querendo sair do peito até que surge o alvi verde imponente, no gramado em que a luta o aguarda, a arquibancada treme, foguetório, a torcida vibrando, berrando os nomes de seus craques.
O jogo podia não ser um clássico tradicional, mas para Dado, aquele Palmeiras e Juventus era como se fosse uma final de Copa do Mundo.
Quando o Palestra entra em campo, o tio Pedro tenta, sem sucesso, acalmar o pequeno Dado, mas o menino estava vivendo um dia de sonho. Ele conhecia todos os jogadores, colecionava todos os álbuns de figurinhas, tinha um timaço do Palestra no futebol de botão e o verde e branco pintavam seus sonhos de tornar-se um jogador de futebol.
Tinha o genial Ademir da Guia, o incansável marcador Dudu, o ligeiro ponta direita Gildo, a segurança de Valdir no gol, mas seu ídolo era Vavá, centro avante bi campeão mundial em 58 e 62, um verdadeiro leão e artilheiro do time.
De repente!!! Contra ataque do Palestra, o zagueiro adversário dá um chutão para a arquibancada, na direção de Dado, seu tio amortece com suas mãos enormes e entrega para o sobrinho. E ele vem próximo da arquibancada, separado pelo vão dos jardins suspensos do Parque Antártica e pede que a bola seja devolvida. Ele mesmo, seu herói Vavá.
O lateral esquerdo Ferrari bate o lateral, Servilio domina com classe e toca de trivela para Ademir da Guia que, mesmo com dois marcadores partindo para cima dele, dá um leve toque para a direita e faz um lançamento perfeito para Gildo, que avança pela direita, deixa para trás seu marcador, chega à linha de fundo e cruza com perfeição para o meio da área.
Vavá, sempre ele, sobe mais que os zagueiros, mata no peito, dá uma finta de corpo e num voleio sensacional e indefensável, abre o placar para o Palmeiras.
O resultado final foi uma goleada de 6 X 0 frente ao time da Mooca, com 3 gols de Servilio, 2 de Vavá e um de Rinaldo.
Foi a primeira vez que Dado assistiu um jogo no estádio e passados quase 50 anos, ele se lembra de cada lance daquele dia especial com seu tio Pedro, um homem que foi exemplo de caráter, de honestidade, com sua simplicidade e que proporcionou tantos momentos inequecíveis na vida do menino Dado.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O DONO DA BOLA

                                         E a turma vai chegando. Picolé mora na rua do mercado da D. Belinha, a última casa da ladeira, vem descendo, chutando pedra e já quase na esquina, dá um grito na frente do sobrado amarelo. Ferrugem abre a porta, salta os cinco lances da escada, pula o portão e se junta ao amigo.
No caminho encontram o Pitin que mora no décimo andar e querendo bancar o esperto, disse ter descido pelas escadas, embora não pareça cansado. O Pitin, o pessoal já conhecia por ser um contador de estórias e por ser ruim de bola.
No quarteirão de cima, o Alfredinho vinha de bicicleta, todo arrumadinho, tênis novinho, meias brancas " a la OMO". Jogava parado para não suar e nem desmanchar o cabelo, caprichosamente protegidos por uma toca.
Pedy gostava mesmo era de jogar no gol e como jogava. Não tinha medo de cara feia, dividia todas e era meio louco. Além disso, era meio cegueta, mas como usava lentes de contato, nem todos sabiam desse detalhe.
E Chicote, o craque da turma, com a bola debaixo do braço, um tênis meia boca e fazia o que queria com a bola, fazendo-a parecer um balão de festa de aniversário. É hora do jogo.
Boné surrado, cabisbaixo, sapato de cromo alemão brilhando, contrastando com uma velha calça de tergal e camiseta regata bem larga. O velho e bom Seu Valter.
Nos anos 60 ele chegou a jogar no Santos de Pelé, mas um joelho bichado não permitiu que fosse adiante e passou a treinar equipes na várzea. Não tinha quem não o conhecesse, pois ele cruzava a cidade garimpando futuros craques.
De uns tempos para cá, vivia de aluguel numa quitinete e fazia bicos na padaria do seu Manoel, que era bem próxima do campinho da molecada. Entre um cafezinho e um sanduiche de mortadela, os clientes paravam para assistir as peladas, o que deixava o velho português feliz da vida, enquanto o Seu Valter observava atentamente aos lances do jogo.
Num feriado de 7 de setembro, a padaria cheia, Seu Manoel atendendo e contando umas piadas, o Seu Valter tomando uma média no balcão e nada de bola.
Chicote e a turma estavam sentados no meio fio do outro lado da rua jogando conversa fora. Seu Valter aproximou-se e quis saber o motivo do desânimo.
A bola furou. Não deu tempo e tirou o velho boné, encaminhou-se até a padaria e partiu para o ataque. Seu Manoel puxou a fila e rapidamente colocou uma nota de 10 e o efeito dominó engrenou, a molecada entrou no clima, esticando as camisas e a alegria voltando em suas faces.
Compraram uma bola novinha, couro puro e ainda sobrou uma grana para comprar algumas camisas do Palmeiras e do São Paulo, que serviriam de uniforme durante as peladas.
Mas estava apenas começando e o Seu Valter teve outra ideia e sugeriu que o Seu Manoel colocasse uns cartazes dos produtos da padaria ao redor do campinho. Propaganda feita, o movimento aumentava e pares de tênis zerados foram comprados.
Com o tempo, outros comerciantes passaram a cooperar, a molecada vendia pipoca e amendoim durante os jogos e ganhavam metade do lucro obtido. Conseguiram comprar uma lona usada de um circo para cobrir o campinho e assim, mesmo com chuva, o espetáculo estava garantido.
Foi um tempo maravilhoso, peladas memoráveis, o tempo passou e nenhum deles, nem mesmo Chicote, tornou-se jogador profissional, porém, toda essa demonstração de solidariedade, perseverança, união fez com que Picolé, Ferrugem, Pitin, Alfredinho, Pedy e Chicote se transformassem em verdadeiros homens de caráter e com muito orgulho do Seu Manoel e do Seu Valter.

terça-feira, 3 de julho de 2012

O BOA PRAÇA CESINHA DO MIRAMAR


É o cara que todo mundo quer ter como amigo. Sem essa de tempo feio, de acordar com o pé esquerdo, de achar que nada dá certo.
Ora, todo de branco, parecendo um doutor, ora com seu paletó ou então com a camisa do Corinthians, dependendo do resultado do jogo no fim de semana e lá vem ele, com o sorriso nas orelhas, distribuindo bom dia para todo mundo e se o Miramar ganhou no sábado... seguuuuuura o Cesinha.
Nascido em Florianópolis e filho da terra de Santa Luzia, aos 13 anos já dava seus primeiros chutes no time do Luziense. Em 1990, começou a participar da equipe do Veteranos do Miramar e não tem como imaginar o Cesinha sem o Miramar e vice versa.
Já passou dos 400 jogos pela equipe e é um atleta polivalente na defesa, sendo que por muito tempo foi o dono da camisa 6,na lateral esquerda. Mas, se fosse preciso, jogava pela lateral direita ou na zaga, aonde vem jogando atualmente, mas sempre com um enorme espírito solidário que é uma marca do Cesinha.
O início das atividades do Veteranos do Miramar não foi nada fácil. Não tinha campo e nem sede, mas com a determinação de todos os componentes, aos poucos, foram superando todos os obstáculos e hoje, tendo 'a frente, como presidente, meu ex-companheiro de zaga, Luciano Machado, a sede está praticamente concluída no Sertão de Santa Luzia, sendo uma das equipes máster mais respeitadas na região.
O Cesinha tem uma grande contribuição nesse processo. Atual diretor técnico é ele que tem a árdua função de montar o calendário dos jogos durante o ano todo. É telefonema pra cá e pra lá, imprevistos no meio do caminho, uma ou outra mudança, mas a tabela vai fechando e depois de concluída, Cesinha, com a calma de sempre, tira cópias e distribui para todos os atletas, embora sempre reforce o aviso do próximo jogo.
Chega o dia do jogo, os atletas vão chegando ao ponto de encontro, vão acomodando-se nos carros, rumo ao campo. No vestiário, chuteiras para todos os lados, a pomadinha milagrosa que não pode faltar e a distribuição do uniforme. De quem é a 6? e a camisa é arremessada para o Cesinha, quem mais?
No campo, o pessoal se aquecendo, chutando bola em gol e o Cesinha chama todos para a rodinha. Hora da oração, puxada por ele, o pedido para jogarem com raça, sem bola perdida, marcação forte, muita determinação e o grito de guerra: MIIIIIIRAAAAAAAMAAAAAAAR !!!!
Durante o jogo, ele é raçudo e dotado de um excelente preparo físico, parece um carrapato marcando os adversários. Mas sai de perto quando o treinador resolve substituí-lo; parece uma criança, fica emburrado, cara feia e sai bem descontrariado.
Mas, me digam quem gosta de sair de um jogo? E com o Cesinha isso não é diferente, embora hoje, mais maduro, entenda melhor esse tipo de situação.
Teve um jogo em 95, no campo do Luziense contra o Vila Real. O Cesinha tinha viagem marcada à noite para Aparecida do Norte. Outro, talvez, faltasse no jogo, mas o Cesinha não perderia por nada.
E veio o prêmio. O jogo terminou 2 X 2, mas Cesinha, após um perfeito lançamento, caiu pela linha de fundo, avançou e, no contra pé do goleiro, marcou o gol de empate, sendo considerado o melhor em campo. Durante a semana seguinte, quem cruzasse por ele na rua ou na Prefeitura, iria escutar por inúmeras vezes a descrição do gol dele. E gueeeenta o Cesinha.
Após o jogo, na recepção, é o relação pública, atendendo o pessoal da equipe adversária com muita educação e sempre muito prestativo. Enquanto todos estão jantando, de novo ele, no comando da rifa, com brindes que ele conseguiu durante a semana.
No final do ano, a diretoria do Miramar organiza um congraçamento com os atletas, colaboradores e as famílias. Há premiações para os artilheiros, o tradicional amigo secreto, homenagens aos atletas e em 2011, o destaque do ano foi o Cesinha, por tudo que fez dentro e fora do campo, prêmio mais que merecido de alguém que se doa completamente para a equipe do Miramar.
O Cesinha é um figuraço. É o cara. É do bem, alguém com quem sempre pode se contar.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

FUTEBOL SEM FRESCURA

       
A gente dava a volta ao mundo de bicicleta, descia as ladeiras da vida de carrinho de rolimã, bagunçava com toda a vizinhança, tinha o dia de polícia e ladrão, de empinar papagaio, as peladas na rua, nos terrenos baldios. Com camisa, sem camisa, calções surrados, calça comprida, qualquer tênis, descalço e a bola podiam ser qualquer uma, de plástico ou capotão.
Mudou muito. O moleque já sai de casa todo arrumadinho, o uniforme do Barcelona novinho em folha, calção e camisa impecáveis, o meião, caneleiras e a chuteira "da hora".
E o futebol perdendo a graça, enquanto a mãe, toda orgulhosa, levando o filho para a escolinha de futebol, cabelo com gel e frescura em cima de frescura.
Poxa!!! a molecada limpinha, nada de joelho ralado, nem nariz escorrendo. Ou joga sua bolinha na rua e volta irreconhecível para casa, todo sujo, suado e ralado, senão... esquece.
Na rua, o jogo rolava naturalmente, uma bola velha, pedaços de joelhos ficando pelo asfalto, vizinhos chiando do barulho e o inevitável “já pra casa" das mães, embora sempre se tentasse uma prorrogação desses berros.
E lá vai ele para a aula. O campo de grama sintética, arquibancada para os pais assistirem aos treinos, vestiário limpinho. Assim como os cursos de inglês, as aulas de natação e judô, o futebol agora também tem dia e hora para se jogar.
Está certo que o mundo mudou, os problemas de segurança se agravaram, mas as velhas peladas de rua perderam espaço para um futebol sem graça. Tem mais é que jogar bola na rua, na praia, nos parques, com traves improvisadas, sem juiz, sem técnico, com qualquer bola, com o tênis deixando ‘a mostra o dedão todo arrebentado, sem hora pra acabar, mas jogando a verdadeira pelada.
Se o moleque jogar bola com prazer, tiver talento, muita perseverança, que o diga o capitão Cafu e uma dose de sorte, uma etapa da caminhada será cumprida para que alcance seus objetivos.

terça-feira, 19 de junho de 2012

YANE DO PENTATLO MODERNO


Imagine você passando na rua e um sujeito te desafia para um pentatlo moderno. Pode achar que está te gozando, mas não é nada disso.
Para quem não sabe, o pentatlo moderno é um desporto olímpico praticado por homens e mulheres, de forma individual e composto por cinco modalidades desportivas: esgrima, natação, hipismo, tiro esportivo e corrida.
Durante os Jogos Olímpicos da era antiga, esse esporte, influenciado pelo treinamento dos soldados gregos, era considerado o mais importante da competição. Havia quatro provas para serem disputadas: salto em distancia, corrida, arremesso de disco e salto em altura, sendo que os dois melhores atletas decidiam o título numa prova de luta e o vencedor passava a ser reconhecido como um semi Deus na Grécia.
O Pentatlo moderno como é disputado atualmente, diz a lenda, tem origem em uma batalha no século 19, onde certo general ordenou que seu capitão entregasse uma mensagem. O jovem oficial partiu a cavalo, percorrendo terrenos acidentados e atravessando linhas inimigas, até que seu animal foi morto. Não desistindo de sua missão, enfrentou os seus inimigos com armas de fogo e uma espada. Após atravessar um rio com fortes correntezas, seguiu correndo até o local pré-determinado e entregou a mensagem ao seu destino.
O idealizador dos Jogos Olímpicos, o Barão Pierre de Coubertin, decidiu incluir uma modalidade semelhante, que, após aprovada pelo Comitê Olímpico Internacional, estreou nas Olimpíadas de 1912, realizada em Estocolmo, na Suécia, há exatos 100 anos.
No Brasil, ele é praticado desde 1922, embora, apenas em 2001 foi fundada a Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno.
No mês que vem, em julho, teremos uma representante em Londres, a atleta YANE MARQUES, que iniciou sua carreira esportiva praticando natação em Recife, Pernambuco, seu estado natal.
Mas não estava satisfeita somente nadando e queria mais e tão logo percebeu que tinha jeito para a prática do pentatlo moderno, seguiu em frente e já em sua primeira competição, venceu uma etapa do Campeonato Brasileiro da modalidade.
E não parou mais, sagrando-se campeã sul americana em 2006 e no Pan Americano do Rio de Janeiro, em 2007, conquistou o ouro.
No ano passado, obteve a terceira colocação no ranking mundial do Pentatlo Moderno, sendo a melhor posição de um atleta sul americano.
Em sua última competição que precede os Jogos Olímpicos de Londres, subiu no pódio, chegando em terceiro lugar na etapa da Copa do Mundo, realizada na China.
É natural que as atenção da torcida brasileira estará voltada para a tão sonhada medalha de ouro no futebol, no tri do voleibol masculino, no bicampeonato do voleibol feminino, nas braçadas do Cesar Cielo, no retorno, após 16 anos, do basquete masculino pós Oscar, nas medalhas do judô e da vela, mas fique de olho nessa guerreira pernambucana, estudante de Educação Física, que estará esgrimindo, cavalgando , nadando, atirando e correndo por todos os brasileiros e tentando superar seus limites.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

ELE E A BOLA

  
Era uma vez um moleque que adorava jogar bola. Todos os dias, na escola, durante o intervalo, desafiava seus amigos com uma bola de meia, uma tampinha ou uma latinha e o gol marcado com duas pedras.
Depois da escola, o dever pronto, corria para o campinho onde os amigos o aguardavam para uma pelada. Dois eram escolhidos para assumir o papel de técnicos. Par ou ímpar e feito isso, iniciavam as contratações de forma alternada. Os times sem camisa para um lado e com camisa para o outro.
Os juízes eram os próprios jogadores que defininiam as regras, sendo proibida reclamação, embora ocorresse a todo o momento, mas, qualquer falta cometida ou bola fora, era pedir parou... parou e ponto.
Durante a partida, cada um fazia aquilo que achava melhor para si e para a equipe e se a decisão fosse errada, os técnicos chamavam a atenção, pois ninguém queria perder, ainda mais porque tinha time fora seco para entrar.
Horas de jogo com jogadas de efeito, lances de classe, furadas incríveis, gols perdidos. Os mais velhos marcavam os mais novos, principalmente os mais habilidosos e esses, por sua vez, tentavam ajudar os novatos das peladas, tocando a bola para eles, embora logo pedissem de volta ou então a tomando de volta para seguir o jogo.
E o jogo seguia, um tempinho para tomar água na torneira da casa da vizinha e, sem descanso, de volta para a bola. O apito final vinha quando o Sol começava a esconder-se atrás dos prédios que cercavam o campinho e era hora de ir para casa, pois amanhã teria mais.
O tempo passando, as crianças crescendo e o gosto pela bola permanecia o mesmo. Alguns deles queriam mais e sonhavam em seguir em frente. Quem sabe, jogando na várzea, um olheiro de um time profissional os levaria para fazer um teste numa peneira.
Para outros, dava para ver que não tinham jeito, o jogo era uma brincadeira, sem maiores anseios, era jogar para divertirem-se, não permitindo que se transformasse numa chatice sem graça e assim, continuarem a jogar com o mesmo prazer do tempo de crianças.
Chega o momento do divisor de águas, ou melhor, divisor de gramados, sempre lembrando que as histórias sempre iniciam com "era uma vez", porém nem todas tem um final feliz " e viveram felizes para sempre"
Mas sempre valerá a pena sonhar, mas com os pés no chão.