domingo, 29 de maio de 2011

EXÉRCITO DE ATLETAS


Com apenas 18 anos, ele foi preso e condenado e o motivo foi um ataque contra militares israelenses. Ele, assim como tantos outros, fazia parte de uma milícia armada que lutava para dar fim ao que eles denominavam de ocupação.
Durante vinte anos, o palestino Jibrael Rajoub ficou confinado em uma prisão de Israel. Longe das prisões israelenses, Rajoub, hoje com quase 60 anos, quer formar um verdadeiro exército.
Mas, vejam vocês, desta vez, não haverá armas, com granadas e armas. A idéia é formar uma linha de frente com chuteiras, uniformes e bolas.
Atualmente, Rajoub é o dirigente número 1 no que diz respeito ao esporte na Palestina e tem como objetivo principal, a participação de uma equipe nos Jogos Olímpicos e, também disputar as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014.
Ele vem participando de inúmeras reuniões, justamente para tentar obter a garantia de Israel, para que atletas palestinos possam participar de competições esportivas no exterior.
Enquanto no campo político, o avanço entre israelenses e palestinos ainda seja lento, já no campo esportivo, há esperanças otimistas. Israel propôs a criação de uma linha direta e de um plano que possa solucionar a questão do deslocamento de atletas palestinos, e, dessa forma, poderem participar de competições em outros países.
Embora a ONU não reconheça a Palestina como nação , os palestinos fazem parte da FIFA, órgão máximo do futebol e do COI( Comitê Olímpico Internacional) e já conseguiram, com o auxílio da FIFA, uma verba que permitiu a construção do Estádio de Futebol Al-Ram,  para 8000 espectadores, inaugurado em 2008, porém, permanece o bloqueio de Israel, quanto ‘a obtenção de visto para seus atletas, visando a participação em competições internacionais.
No último mês de março, o Estádio Al-Ram, passou por uma reformulação e foi palco de um jogo histórico. Pela primeira vez, a Seleção da Palestina jogou diante de sua torcida, contra a Tailândia,em partida válida pelo Torneio Olímpico.
O desejo de o Estado Palestino ser reconhecido internacionalmente é, infinitamente maior do que subir no pódio e receber alguma medalha ou taça.
Segundo Rajoub, não basta apenas ter um exército com soldados que garantam a existência. Ele quer, acima de tudo, um batalhão de atletas que percorram o mundo, com a chance de  mostrarem que merecem um lugar no cenário internacional.
Pela primeira vez em sua história, acontecerá uma Liga Nacional de Futebol, que busca, além de uma competição esportiva, o outro lado do povo palestino.Os atletas participantes não competirão pelo título da competição, mas serão verdadeiros embaixadores de um país que existe, mas, que querem ser reconhecidos com o tal.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

E AGORA, VEM A PRELEÇÃO!!!!!


Silêncio, Pessoal. Quero todos bem atentos para a preleção. Isso...preleção. Para quem desconhece o que significa, é uma espécie de discurso.
Ao ouvirmos a palavra preleção, e logo nos vem ‘a cabeça...nada como  uma boa conversa que acontece minutos antes da partida ter seu início, de forma que tente complementar informações sobre a disputa que vem pela frente.
É uma injeção de motivação para o grupo envolvido. Claro, há todo um período pré determinado de trabalho, uma preparação física, técnica, tática e psicológica, sempre visando a competição e a preleção pode auxiliar, buscando uma maior eficiência no rendimento da equipe, tentando solucionar problemas que possam  surgir, dando assim, uma maior consistência ao treinamento do dia a dia. É a parte final de todo um trabalho realizado.
Há técnicos que têm influência militar e para eles, o jogo é comparado a uma guerra, onde cada atleta é um guerreiro que tem pela frente uma verdadeira batalha.
Queremos uma defesa armada!!! E vamos atacar com todas as nossas forças, pois o grupo está preparado para massacrar o inimigo. Você, Galheta, tem que cair pelo flanco direito, buscando o lançamento para o Peu e o esquerdinha, que chegam com tudo para finalizar o ataque mortífero.
É força contra força, mas com as armas que temos, iremos passar por cima deles. A conquista será nossa!!!.
Tem aquele técnico que gosta de mostrar seu lado operário, de trabalhador e diz: já venho trabalhando com esse grupo há dez meses e, quando cheguei, peguei uma equipe desmotivada, apresentando um baixo rendimento, porém, com um trabalho incansável e muito esforço durante os treinamentos, nossos atletas estão adquirindo confiança e ganhando moral, aumentando a produção e, assim, alcançaremos nossos objetivos.
E o que dizer do técnico que tem uma mística em sua volta, deixando na mão de Deus, como se fosse seu auxiliar técnico?
Bem, embora nosso centro avante não esteja atravessando uma boa fase, eleja demonstrou que, além de ser muito talentoso, tem também uma sorte divina. Sabemos que isso é importantíssimo num jogador, e, com certeza, irá corresponder ‘a nossa expectativa, se Deus quiser.
Talvez você, técnico profissional ou então, que treina equipes amadoras, tenha outras características, uma outra maneira de ser, mas, com certeza, tem um pouquinho de cada uma dessas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

PÊNALTI É LOTERIA!!!!!!!

 
Nos seus tempos de moleque, ele jogou em muitos timinhos de rua e de escola.Vídeogames, computador...que nada!!! nada melhor que um campinho de terra, de tênis, chuteira ou mesmo descalço, a bola de capotão, time sem camisa X com camisa...juiz, nem pensar.A falta era marcada no grito e, geralmente, respeitava-se essa "regra".
Par ou ímpar para ver quem começa escolhendo, times formados e lá vamos nós para o jogo.
Carlinhos não era nenhum craque, ficando sempre os últimos para serem escolhidos. Mas não tava nem aí, pois queria mesmo era poder bater uma bolinha e divertir-se, acima de tudo.
Um dia, a turma teve que pegar ônibus e, depois de uns quarenta minutos, cruzando a cidade,desceram no ponto e ainda camelaram por mais vinte minutos até chegarem no local do jogo.O campo não era nenhuma maravilha, mas Carlinhos não parava de olhar para todos os lados, como que prevendo algo.
O jogo iria começar e a equipe adversária tinha no elenco, quatro atletas "federados", que treinavam no infanto juvenil do São Paulo, esse mesmo, o do Morumbi.A parada ia ser dura, mas...apita o juiz e Carlinhos, não me perguntem por que...estava entre os titulares.
O time dos "federados" era muito melhor, então a tática adotada era jogar com dez lá atrás e um protegendo a defesa, tentando levar a decisão para a prorrogação e, se possível, para a cobrança de penalidades máximas.
Chute de bico pra tudo quanto é lado e pra onde estivesse virado. Isso, sem contar que o Bolinha, o goleiro estava numa tarde inspiradíssima, fechando o gol.
Final do primeiro tempo e 0 X 0. No segundo tempo, massacre total, ataque em massa, mas nada da bola entrar. E vem a prorrogação.
Carlinhos e seus companheiros resistem heroicamente e levam a decisão para os pênaltis.Cada equipe teria direito a cinco penalidades máximas e, se após isso, persitisse o empate, viriam as cobranças alternadas, até que houvesse um vencedor.
Batem os cinco e...empate.Daqui em diante, se um fizesse o gol e o outro errasse, fim de jogo.
Bolinha no gol e Polenta, atleta "federado" do São Paulo, arruma a bola com carinho, dá três passos para tras, olha como que ameaçando o goleiro, dá uma risadinha sarcástica e chuta...por cima do travessão.
Seu Tulipa, técnico do time, procura entre os jogadores, mas só restava um que ainda não havia batido o pênalti.E chama Carlinhos. Vai lá , garoto, é a sua vez de bater e, embora não acreditasse, disse: marque o gol e o título será nosso.
Carlinhos tremia, enquanto caminhava em direção a marca da cal e ia escutando os companheiros...uns pediam que enchesse o pé, outros, que ele batesse colocado, no lado oposto do goleiro, como se isso fôsse fácil para o Carlinhos.No fundo, todos tinham a certeza que ele perderia o pênalti.
Carlinhos toma distância e com os olhos fechados, chuta o mais forte que pode e...bola no ângulo...GOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLL!!!!!!!!!!!!!!
Tem quem diga que pênalti é loteria.Naquele dia, Carlinhos ganhou na loteria sozinho.