segunda-feira, 30 de abril de 2012

SUELY BEDUSCHI, ARTISTA DA NATUREZA.

   
Ela afirma que é do tempo em que a mãe tinha galinha, plantava milho, fazia feijão caseiro e tudo era bem mais gostoso.
Tem que botar a mão na terra, pois é onde há troca de energia, diz a nossa grande artista Suely, que nasceu e cresceu em Ibirama e lembra sempre do contato que tinha com os índios que frequentavam a loja de seu pai.
Está em Porto Belo desde 1978, amante da natureza e com uma preocupação constante com o desperdício e com tudo que é jogado fora pelas mãos do homem.
Em 1972, seus trabalhos foram expostos pela primeira vez e mesmo tendo participado de salões de artes por todo o Brasil, inclusive recebendo inúmeras premiações e com obras fazendo parte do acervo do Museu de Arte de Santa Catarina – MASC, Suely optou por recolher-se em seu ateliê, tendo as árvores e animais como companheiros e longe do barulho infernal dos carros e telefones.
Se você passar por ela um dia desses, receberá um alegre bom dia e se resolver parar, poderá ouvir alguma de suas muitas histórias.

sábado, 28 de abril de 2012

OS JOVENS DA TERCEIRA IDADE NO ESPORTE


Eles poderiam estar em casa, tranquilos, curtindo a aposentadoria, num merecido descanso. Que nada! Abaixo os sofás confortáveis, a preguiça e sem moleza. Hora de treinar nos salões, nas canchas de bocha e bolão, nas mesas de carteado, dominó e truco.
D. Maria e Seu Manoel querem mais é muita agitação e sem hora para acabar. O ônibus parte ‘as 8 da manhã, as malas prontas, expectativa enorme, o friozinho na barriga e os netos que aguardem, pois a turma da D. Maria e do Seu Manoel tem compromisso nos JOGOS ABERTOS DA TERCEIRA IDADE – JASTI.
D. Maria, 71 anos, mas parece bem menos, toda elétrica, não para de falar por um instante sequer e arrebenta na dança de salão. Já o Seu Manoel é mais quietão no dia a dia, mas na cancha de bocha se transforma, grita o tempo todo, procura orientar a melhor jogada para seus companheiros e tem uma mão certeira. É craque.
Outros atletas vão chegando, com disposição de garotos, acomodando-se no ônibus, fazendo farra, cantando e confiantes que irão representar a cidade com dignidade.
Os JOGOS ABERTOS PARA TERCEIRA IDADE – JASTI são realizados pela Fesporte e tem o apoio da cidade que sedia o evento. São cerca de 1500 atletas que já passaram dos 60 anos, representado 150 municípios catarinenses nas modalidades de bocha, bolão, canastra, dominó, truco, dança coreográfica e dança de salão.
Seu Manoel diz que o técnico Pedroca, apelidado de Bernardinho pelo jeito de conduzir os treinamentos, não dá refresco, agita os jogadores, repete as jogadas e acredita que a equipe preparou-se muito bem e está pronta para a competição.
Para D. Maria, a participação no JASTI é sempre uma grande alegria. O prazer em participar é enorme, a satisfação no reencontro de velhos amigos e a oportunidade de fazer novos amigos não tem preço.
A vontade de conquista de uma medalha acompanha o tempo todo, mas o mais importante, sem dúvida alguma, é poder proporcionar ao idoso, a socialização, a integração e a participação em um evento esportivo, numa competição saudável e buscando a superação individual.
E Porto Belo está de parabéns pela participação no JASTI realizado em Piratuba.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O DIA EM QUE A GUERRA PAROU


Centenário do Santos. Jornais, revistas, programas de rádio e televisão, todos eles comentando sobre essa fantástica equipe que fez e faz história.
E não tem como não associar o Santos ao nome de Pelé. Até mesmo para quem não gosta de futebol, duvido que não tenha dado uma espiadinha nas jogadas geniais de Pelé.
A genialidade dele foi além dos campos de futebol em qualquer parte do mundo. Todos paravam para ver Pelé e ele como ator principal, juntamente com um elenco maravilhoso de coadjuvantes, por onde o Santos passasse, era certeza de um show inesquecível.
Mais importante que os dribles desconcertantes, os passes certeiros, as cabeçadas mortíferas, os gols mágicos, o Santos de Pelé levava a paz aos povos.
Final da década de 60 e o Santos faria uma excursão pelos gramados da África, tendo como objetivo a divulgação de sua marca , encantando a todos com um belo futebol.
A primeira parada seria no antigo Congo Belga, hoje denominado de República Democrática do Congo, onde realizariam uma partida, porém o país enfrentava uma acirrada guerra civil, com os militares que estavam no poder travando violentos combates com os rebeldes.
Mas o povo, tendo conhecimento que o poderoso Santos de Pelé estaria na casa deles, não queria perder esse jogo de forma alguma. Não tinha jeito. Os rebeldes declararam um cessar fogo, mas impuseram uma condição. Além daquele jogo já programado, o Santos teria que entrar em campo mais duas vezes.
Sem muita escolha, aceitaram a proposta e, acreditem, foram escoltados pelos militares e pelos rebeldes até o hotel e, posteriormente, até o Estádio.
Por alguns dias, o Santos de Pelé decretou a paz naquele país. Nada de tiros ou bombas explodindo pelas ruas. Somente gritos e muito barulho da fanática torcida africana, maravilhada pelas jogadas geniais de Pelé e companhia.
Foi uma semana de paz, onde muitos não sabiam do real significado dessa palavra. Pelé declarou que esse acontecimento foi um de seus maiores gols de placa.
Demonstrou que o esporte ultrapassa fronteiras, passa por cima dos preconceitos e, acima de tudo, busca a paz entre os povos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

DAR A VOLTA POR CIMA

            Eu sei, não é fácil. Vai dando tudo certo, um dia melhor que o outro, o caminho é sereno e tranquilo e de repente, o tombo. Podem ser muitas razões, cansaço da rotina de trabalho ou a falta dele, atenção com a saúde, falta de grana, os amigos não tão amigos assim. E tombo atrás de tombo.
Vem o sofrimento, a dor, a vontade de isolar-se no seu canto. Não tem como e ninguém é totalmente inabalável. Porém, há aqueles que mesmo quando nada dá certo, só bola na trave e para fora, conseguem passar por cima dos problemas e nunca desistem do gol que irão, com certeza, marcarem.
É uma questão de atitude, de ser positivo e isso, meu amigo, depende de você. É você quem vai escolher se quer continuar assim ou então ter a chance de fazer o golaço da sua vida.
Fácil não é, mas o primeiro passo tem que ser dado e, a cada dia que passa, é preciso praticar e aperfeiçoar essa técnica. Pode até começar lentamente, mas se você quiser, logo estará correndo e superando-se.
Olhe para o mundo de forma positiva, com equilíbrio e coloque na sua cabeça que quer e vai conseguir seguir em frente e não é porque está por baixo que irá demonstrar arrogância. Pelo contrário, seja humilde e adapte-se ‘as novas regras do jogo.
Ele foi artilheiro na Libertadores em 2007 e 2008, defendendo a equipe mexicana do América e foi carrasco de equipes brasileiras. Mas veio o inevitável tombo. Numa tentativa de assalto em 2010, Salvador Cabañas levou um tiro na cabeça, ficou entre a vida e a morte e não se podia prever como reagiria e como seria sua recuperação.
Sobreviveu e, aos poucos, vai retornando ‘a sua rotina. Cabañas tem um objetivo em mente que é vestir novamente a camisa 10 de seu país e isso o faz ir para frente, correr atrás de um sonho e superar-se a cada dia que passa.
Hoje o que vemos no futebol são situações de escândalos, denúncias de corrupção, transferências milionárias de atletas. Foi-se o tempo em que, simplesmente, jogar bola era o mais importante.
O exemplo de Cabañas e de tantos outros que estão por aí reforça a tese de que a paixão pelo futebol e pelo esporte, de uma forma geral, é o que realmente vale.
Então, você aí, mexa-se e bola pra frente.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

ETERNA PARCIALIDADE

Você liga o rádio logo de manhã e escuta tanta bobagem.
E ainda não se deram conta.
Se você torce por um determinado time, ele sempre será o melhor, não verá seus defeitos e nem acusará suas falhas.
Tudo é divino e maravilhoso!!!!
Melhor mesmo é mudar de estação e escutar uma boa música.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A CULPA É DO BANDEIRINHA

           
Ele tem que ficar de olho para ver se a bola não saiu pelas linhas laterais ou de fundos, sinalizando com seu instrumento de trabalho qual a equipe que deverá cobrar o arremesso lateral, tiro de meta ou escanteio.
E o impedimento, corre pra lá, corre pra cá, acompanha o lançamento, o jogador em direção ‘a bola e sobe a bandeirinha e o coro da torcida vem abaixo, saudando sua querida mãe.
O técnico pediu substituição e o bandeirinha avisa o árbitro. Alguma falta que o árbitro deixou passar batido, está lá o bandeirinha para alertá-lo, embora possa não adiantar nada, porque ele não manda nada.
Foi o tempo em que o bandeirinha era considerado um simples gandula, que somente corria atrás da bola para devolvê-la. Que nada, nos comentários durante os jogos, ele é citado como o melhor assistente de árbitro no campeonato, vai para a Copa, é da FIFA e por aí vai.
Semifinal de campeonato, num jogo decisivo, mata a mata. Equilíbrio total, as duas equipes respeitando-se, fechadinhas na defesa e com a paciência de um contra ataque mortal.
Aos 40 minutos do segundo tempo, 0 X 0 e percebe-se os técnicos conversando com seus auxiliares para escolha dos cobradores de penalidades máximas.
E eis que o sobrenatural dá sinal de vida. Contra ataque rápido, Zé Tonho ganha a bola na defesa, avança pela direita, ultrapassa o meio campo, fecha pelo meio, a zaga adianta-se até a intermediária. O ala Zé Tonho cai novamente pela lateral, a bola escapa de seus pés, olhar atônito e a bola quase saindo...então o bandeirinha, ex meia direita, frustrado por ter sido reprovado em inumeráveis peneiras , parte em direção ‘a bola, e quando todos esperam que a bandeira seja erguida, sinalizando bola fora, ÔPA!!!! Vinga-se de todos os treinadores pelo qual havia passado e com passe de letra, toca para Zé Tonho, que ainda assustado, de bate pronto cruza e cabeçada certeira do centro avante Minhoca para o gol da vitória.
Como sempre diz o Arnaldo, “a regra é clara”, se o árbitro é neutro, seus auxiliares também o são, portanto, GOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLL, com uma assistência incrível. Disseram-me que o tal bandeirinha foi procurado por algumas equipes para reforçar seus elencos.
Uma coisa pode escrever, se a moda pega, quem sabe um dia veremos bandeirinhas partindo para cima das defesas, executando cruzamentos precisos, cobrando faltas e até disputando a artilharia da competição.
Quem duvida?