segunda-feira, 27 de agosto de 2012

MEDALHA...MEDALHA...MEDALHA!!!!


Atleta amador? Foi-se o tempo. Hoje o moleque dá pinta de craque no infantil de um time e já tem seu procurador, vai logo assinando seu primeiro contrato e não se contenta com pouco, sonhando todas as noites com o Barcelona. Fama repentina, dinheiro, muito dinheiro e, por vezes, a promessa tropeça no meio do caminho. E isso não acontece somente no futebol.
Nos Jogos Olímpicos da Era Moderna, muitos atletas foram eliminados da competição, devolvendo suas medalhas por terem participado de outros eventos esportivos em troca de uma grana.
E hoje, com raríssimas exceções, todo atleta olímpico, além de altas premiações em dinheiro, ainda tem um belo salário todo fim do mês.
E aí tem início os problemas. Em busca de títulos e conquistas para seu país, forma-se uma corrente onde a que interessa e, como diria o fiel escudeiro de Dick vigarista, o Muttley, medalha... medalha...medalha!!!! Acontecem os treinamentos cada vez mais fortes e desgastantes, tanto físicas como mentalmente, nos quais os atletas são levados 'a condições extremas, tentando superar seus limites de dor e sofrimento na busca pelo lugar mais alto do pódio.
Cada atleta responde de uma maneira ao treinamento aplicado e, muitas vezes, a sua preparação física apresenta um excelente resultado, porém, a sua preparação psicológica não consegue acompanhar. Sabe como é, as pernas cada vez mais velozes e a cabeça ficando para trás.
Se o atleta tem autoconfiança e auto eficácia, já é meio caminho andado. Há uma expectativa de sucesso, um poder de concentração acima da média e aquele chute de fora da área impossível, entra e é gol. Ou então, atingir a melhor marca da vida no salto triplo ou executar um arremesso de peso perfeito.
E tem o medo. O medo do atacante artilheiro da equipe adversária, o medo da torcida contra ou a favor, um sentimento de tensão, o frio na barriga, as pernas tremendo, o suor escorrendo pelo corpo, o medo de uma lesão, o medo de fracassar, medo de decepcionar a família, seu técnico, a sua torcida, seus companheiros de equipe e a si mesmo.
A cada competição que termina, o esporte de alto rendimento exige atletas cada vez mais preparados, com um calendário abarrotado de competições pelo mundo afora e num intervalo cada vez menor.
Nenhum atleta é super homem e nem todo dia irá conseguir atuar com o máximo desempenho. Tem seu limite físico e psicológico, pode estar num dia ruim, ter acordado de mau humor, pode sentir medo ou não saber lidar com seu estresse.
Mas ele segue em frente e se hoje não deu certo, amanhã , quem sabe, pode ser o seu dia.
E bola pra frente, pro gol, saque no chão, saltos e arremessos perfeitos, corridas insuperáveis.

sábado, 18 de agosto de 2012

ARAÇÁ: BONS NA PESCA E NO FUTEBOL


Semana passada, eu estava num local aguardando um amigo e um sujeito chega apressado, perguntando pelo Maninho. Para azar dele e sorte minha, o Maninho não estava por lá e comecei a puxar um papo com o cara que é pescador.
No Araçá, o ROSÉLIO é o cara!!! É motorista do barco Astro Sol 1, conduzindo com muita habilidade e determinação pelos melhores caminhos em alto mar e assim, ele e toda tripulação de pescadores tem êxito, resultando numa excelente pescaria. Mas quando está em terre firme, daí não tem pra ninguém, conduzindo com maestria o futebol no Araçá.
O assunto da conversa falava de peixe, pescaria, mas, conversa vai, conversa vem, o futebol tomou conta do pedaço. E nada de Flamengo, Palmeiras, Vasco, Santos, Avaí ou Figueirense. Quem está com a bola cheia são as equipes do FAVELA, GALACTO, AMIGOS DO MAR, FUMAÇA, ÁGUIA, ARAÇÁ BEACH, entre outras que o Rosélio e o Bruno, genro do Seu Honório, vão lembrando.
Esse é o CAMPEONATO DE PESCADORES DO ARAÇÁ que acontece desde 2007 e teve como campeões o ÁGUIA, o GALACTO sob o comando do Rosélio e o tri campeão FAVELA.
A competição sempre acontece no final do ano, pois nessa época, os pescadores estão em casa para um merecidíssimo descanso com suas famílias e tem a oportunidade de baterem uma bolinha na belíssima praia do CAIXA D’AÇO.
E tudo bem organizado, com os dirigentes SEU NELSON, ZINHO, XANDE, NELO e o JOÃO CARLOS, que segundo o Rosélio, está com o joelho estourado, daí não poder estar jogando.
Desde sua primeira edição, em 2007, o vereador e professor de Educação Física, Maninho, sempre esteve ‘a frente da organização e o velho amigo David na coordenação da arbitragem. E não podemos esquecer o apoio do André, do Super Mercado Spader, do Romilton, do Super Mercado Junior e do amigo rubro negro, Veroni, que sempre estiveram ‘a disposição para o sucesso do evento.
Mas se você quiser participar do CAMPEONATO DE PESCADORES DO ARAÇÁ, tem que ser pescador ou então morador no bairro do araçá. Se for nascido no Araçá e pescador em outra região, a sua vaga está garantida.
E craque de bola é o que não falta. Na praia do CAIXA D’AÇO, você poderá ver belas jogadas, gols marcantes com os craques SILAS, EDER, ZILDO, DISINHO, BRUNO, ADRIANINHO, HENRIQUE, OSÍAS, GUINHO, BRANQUINHO, VALTER, TEXACO, RAFAEL que é filho do Rosélio e o SIDNEI, que eu conheço bem, foi meu aluno no Tiradentes e ex jogador do Miramar nos tempos de moleque, cara sensacional, boa gente e craque de bola.
Ao ROSÉLIO e todos que, de certa maneira, fazem acontecer o CAMPEONATO DE PESCADORES DO ARAÇÁ, quero parabenizar pela iniciativa e, principalmente, pela contribuição, através do esporte, em busca de uma sociedade melhor.

sábado, 11 de agosto de 2012

REVOLUÇÃO NAS ESCOLAS

            
Todo final de ano era a mesma coisa. O boletim vinha quase todo pintado de vermelho. Ricardinho só se livrava de Religião e Educação Física; no restante teria que ralar muito para os exames finais, precisando de 9, 10 e então passar de ano. Passava raspando, mas no ano seguinte, um novo martírio.
Betão, o professor de Educação Física chamou o Ricardinho no canto para uma boa conversa. Ricardinho era bom de bola, meio briguento, é verdade e levava jeito para o esporte, mas como vinha de ladeira abaixo na matemática, Português, História, etc, etc, a bola ficava em segundo plano, tanto em casa, sob os rigorosos olhares dos pais bem como no colégio, com a diretora marcando em cima, não dando folga.
Mas Betão não desistiu do Ricardinho. Todos os dias, na chegada para a aula, batia um bom papo com ele. Você tem que se esforçar mais dentro da sala de aula, você pode e tem capacidade para isso e, dessa forma, vai ter mais tempo para bater sua bolinha tranquilamente.
A cada dia que passa, os esportes vêm revolucionando as escolas e a preocupação com o ensino vem crescendo e incentivando nossos alunos para buscarem o desenvolvimento através dos esportes. Claro que ainda temos uma longa estrada para percorrer, mas já é um começo animador.
A prática desportiva como instrumento educacional busca o desenvolvimento integral do indivíduo, capacitando-o para lidar com necessidades, desejos e expectativas, tanto dele, bem como dos outros, podendo assim, desenvolver suas competências técnicas e sociais, que são importantíssimas no processo de aperfeiçoamento individual e formação de cidadania.
A adrenalina, a emoção e o prazer em praticar uma modalidade desportiva, seja ela qual for, fazem com que o aluno alcance inúmeras maneiras de aprender novos movimentos, integrando-se ao meio social e, através disso, é possível adequar-se ‘as disciplinas realizadas em salas de aula, proporcionando, com certeza, um melhor desenvolvimento.
O esporte é um importante instrumento para melhorar o desenvolvimento de um país, além de conseguir unir os povos, fazendo com que o homem exercite não somente o corpo, mas também a mente, obtendo, dessa forma, resultados expressivos em sua vida.
Com incentivos, espera-se que através do esporte, a qualidade de vida das pessoas melhore, mais saúde, com as crianças atingindo um rendimento mais alto nas escolas, relacionando-se melhor na sociedade e, como consequência, afastando-se do mundo das drogas. É todo um conjunto de características que proporcionam a formação de cidadãos que ajudarão no progresso do país.
Esse ano, o Ricardinho passou direto, sem exames e foi escolhido como aluno-atleta destaque dos Jogos Escolares.
E é só o início, podem acreditar.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

CAI FORA, PACHECO.

                                 
O Ferreira já tinha esgotado todo o estoque de desculpas e não sabia mais o que fazer para o Pacheco não aparecer em sua casa na hora do jogo.
Era a mulher que estava com depressão, com crises de agressividade contra amantes do esporte. Ou então, que havia ganhado um pittbull pouco amável com visitas. Inventou que estava reformando a casa e por essa razão não tinha condições de receber os amigos, além do que, a televisão estava no conserto. Chutava que iria viajar ou que teria que fazer hora extra no escritório.
Mas o Pacheco não queria nem saber. Dia de jogo do Brasil, ele tinha que bater o ponto na casa do Ferreira. Folgado, tomava conta do melhor lugar no sofá, perguntava pelos salgadinhos deliciosos da D. Maria, da estupidamente gelada, só aguardando a partida começar.
Fim do sossego e início do desastre. Pacheco era o camisa doze da Seleção, gritava o tempo todo, pulava sem parar, chutava no ar, xingava todo mundo, como se estivesse dentro do campo.
Certa vez, o Ferreira inventou uma história, dizendo que estava fazendo um trabalho voluntário para uma ONG, tentando reabilitar jovens delinquentes e assim ele teria que recebe-los em sua casa para assistirem jogos de futebol. Não deu certo!
O Pacheco adorou a ideia, declarando que sempre teve o sonho de poder ajudar as pessoas por um mundo melhor.
E o Ferreira, coitado, ficou numa sinuca de bico, sem saber o que fazer. Chegou para o Pacheco e gritou: lembra-se do pênalti perdido do Zico em 86, dos 3 X 2 contra a Itália em 82, da final de 98 contra a França. Mas nem a pau que você vai assistir comigo o jogo do Brasil. Vai ser pé frio lá no Polo Norte.
E o Cafu ergueu a taça, sem o Pacheco por perto.
Na final do tri mundial do São Paulo, o Xuléco fechou a sete chaves a porta de sua casa. O Pablito convocou “os manos” para sequestrar o Pacheco na final da Libertadores contra o Boca e o Japonês da peixaria importou meia dúzia de mestres faixas preta na final do Verdão da Copa do Brasil.
Alguém disse que viu pela televisão, o Pacheco nas arquibancadas dos ginásios e estádios de Londres. Será?