quinta-feira, 26 de novembro de 2015

ELE É O CARA !!!!

No ponto da Praiana, mochila no ombro e mais um dia de trabalho. Foram muitos anos, com chuva ou com sol, andando pelas ruas, parando nas casas e o inevitável, lá vem o homem pra furar nossos dedos e tirar o sangue.
Funcionário da SUCAM, tinha a função de fazer a prevenção da malária.Nesse vai e vem, conheceu muita gente, perdeu a conta da quantidade de café que tomou nessas visitas e ganhou a confiança de políticos de Itapema que viam nele, o melhor pesquisador nas campanhas para prefeito. Acertava todas na mosca.
E sempre com a sua fala mansa, bom de papo e o andar de quem não quer chegar.
Nesse meio tempo, junto com a sua esposa, Robélia, foi gerente de hotel, dono de restaurante, ela pegando no pesado e ele, um perfeito relações públicas, tratando seus passarinhos, conversando com todo mundo, contando piadas, sempre de bem a vida.

O tempo passou, muita coisa aconteceu, mas ele, sempre firme e forte, bem humorado, teimoso as vezes e o melhor de tudo; Nunca perdeu o encanto de viver, com a família sempre junto.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

QUE QUE É ISSO, MINHA GENTE





O futebol brasileiro já não é mais o mesmo há muito tempo.Alguns falam que, com exceção do Neymar, não temos mais craques, enquanto outros afirmam que nossos técnicos estão ultrapassados, não sabem de nada. Talvez todos estejam certos.
Jogo do Brasileirão na TV e dá vontade de mudar de canal. 
É chutão pra todo lado, lançamento de zagueiro para centro avante, passes errados a um metro de distância, que que é isso, minha gente, diria um velho locutor esportivo. 
A maioria dos jogadores bem abaixo da média e treinadores na mesmice de sempre.
Dentro e fora de campo, o futebol brasileiro está por baixo, os adversários não tremem mais por causa da amarelinha e, acredito que para recuperar tudo isso, é preciso muito tempo.
E não será um dirigente ou um técnico revolucionários que resolverão essa crise. Tem muita coisa podre no meio e, nem mesmo uma grande conquista, mudará essa maré baixa por aqui.
Os europeus sempre foram muito disciplinados taticamente, enquanto que o jogador brasileiro, com sua ginga, sua habilidade, dava espetáculo em campo com seus improvisos.
Eles, os europeus da cintura dura, mandavam em campo, mas a bola era nossa.
Mas eles aprenderam como tratar a bola, aperfeiçoaram-se cada vez mais, enquanto isso, por aqui, paramos no tempo, achando que éramos invencíveis.
Deu no que deu. O sucesso e a grana alta subiram 'a cabeça, ou seriam cabecinhas? de nossos dirigentes e atletas e o prazer de jogar bola, de evoluir a cada dia, tudo deixado de lado.
Dentro de campo, temos que olhar para as categorias de base, dar estrutura para essa molecada, mudar a forma de jogar, de encarar o adversário.
O passado, certamente,  foi glorioso, mas o mundo e o futebol mudaram. Pelé, Rivelino, Tostão, Zico, Ronaldo, Romário e tantos outros entravam em campo e decidiam. Hoje tem o Neymar, que tem muito a provar na nossa Seleção e quem mais nessa lista?
Ou reconhecemos que é preciso mudar radicalmente a estrutura de nosso futebol, ou então seremos mais um coadjuvante dessa nossa paixão nacional.
O futebol da alegria de jogar bola, da eficiência nos resultados tem que voltar, mas preste atenção, pois se aquele jogador do seu time, quando fizer um gol, beijar, com paixão,  o escudo do clube, não caia nessa.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

FUTEBOL É COISA SÉRIA






 Esporte é coisa séria e merece respeito. E o futebol, no Brasil, ainda é a grande paixão nacional, mesmo que esteja sendo tão maltratado nos últimos tempos.
O que vemos são dirigentes interesseiros, politiqueiros em suas ações, mal preparados, mal intencionados e, por essa razão, nosso futebol, embora movimente grandes quantias de grana, continua sendo , essencialmente, amador.
Ouvimos muito que o jogador brasileiro tem que aprender e atuar como o modelo europeu, saber posicionar-se taticamente em campo,  aprender a marcar com mais eficiência. Pode ser, desde que não esqueça do seu poder técnico, do drible desconcertante, das jogadas de efeito, de partir pra cima. Mas se temos algo para copiar do modelo europeu, temos então que reunir todos os nossos dirigentes na  difícil missão que eles aprendam alguma coisa em benefício do nosso futebol.
O Vasco da Gama, do senhor todo poderoso, Eurico Miranda, é apenas uma  entre tantas outras equipes que merecem melhor sorte, que trabalhem  com competência, em respeito ao seu histórico de tantas glórias em suas conquistas, mas o que vemos é uma luta inglória, arrastando-se em nossos campos.
O resultado dessa incompetência e desse amadorismo, são grandes clubes falidos, quebrados, com salários de jogadores atrasados e os caloteiros de plantão estão aí, multiplicando-se cada vez mais, famosas negociatas envolvendo transações misteriosas de atletas para o exterior, com muita água suja sendo lavada e punição que é bom , nada.
Muita grana sumindo sem explicação, dirigentes fugindo com receio de que suas contas bancárias sejam abertas, não sabem de nada. Afinal, quem não deve, não teme.
Mas o jogo tem que continuar, temos as arenas modernas, substituindo os velhos e simpáticos estádios , os torcedores apoiando seus times, o surgimento de  jovens valores com talento, craques já reconhecidos, a bola rolando com alegria, as competições acontecendo, com tristes derrotas e grandes vitórias e, assim, atropelar o lado podre do futebol , dando a volta por cima.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

ABICAÉ F.C

                                                       

Abicaé. Esse sim era um time de encher os olhos de alegria. Pelo menos para o avô do Julinho, que contava pra todo mundo, com muito orgulho.
Quem passa em frente a casa dele, não resiste e dá uma paradinha para uma boa conversa, geralmente sobre futebol. Sentado na varanda, em sua velha cadeira de balanço, seu Tinoco relembra ,com detalhes, dos velhos e bons tempos do Abicaé F.C.
Seu Tinoco foi centroavante nos anos 70 e dos bons. Diz ele que fez mais de 500 gols e garante que é verdade, tá tudo marcado no seu caderno de anotações.
O neto Julinho não lembra de tudo, mas tem na cabeça, alguns jogos com os grandes de São Paulo. O Santos de Pelé, a Academia do Palestra, o Coringão com as patadas do Rivelino e o tricolor paulista que tinha o craque uruguaio Pedro Rocha.
A torcida ia no Pacaembu, as bandeiras tremulando, bandinha tocando o tempo todo, o delicioso churrasquinho de gato do lado de fora do estádio. As famílias iam pra se divertir.
Os irmãos do Julinho não ligavam muito pra futebol mas o pai, seu Bartolomeu, era Abicaé até debaixo d’água.
Julinho ia no embalo do pai, embora tivesse uma paixão escondida pelo alvinegro da Baixada santista. Tinha um tio do Julinho que detestava o Abicaé, talvez porque tenha sido reprovado numa peneira do clube e era muito ruim de bola mesmo. Desde então, tornou-se o maior secador do Abicaé e, sempre tentando fazer a cabeça do Julinho.
Jogo do Abicaé era bom demais, nem tanto pela partida, muitas vezes, sonolenta, sem graça, mas tinha uma pipoca deliciosa, o cachorro quente, olha o picolé. Bom demais e nem aí pro jogo.
O tempo passou, Julinho cresceu e o Abicaé foi caindo pelas tabelas, a torcida desanimando e o futebol mudando pra pior.
As partidas cada vez mais violentas e os torcedores como se estivessem numa guerra.
 Clássico entre Santos e Palmeiras na Vila Belmiro, Julinho liga a televisão e observa que tem alguma coisa diferente. Cadê a torcida alviverde? Não apareceu nenhuma testemunha.
Ah!!  Os competentes dirigentes dizem que é por questão de segurança, que, dessa forma, conseguem inibir a violência. Concordo que a coisa tá feia e, talvez seja uma maneira de conter esse problema, mas o que impressiona é a reação dos torcedores, como se isso fosse o fato mais normal do mundo.
Não faz sentido, afinal é só mais um jogo de futebol de um campeonato bagunçado, onde torcedores não conseguem dividir o mesmo espaço durante 90 minutos.
A imprensa não tá nem aí, querem saber da cota de patrocínio para o ano que vem, os direitos de transmissão. O dirigente então, preocupado com as rendas dos jogos, se o patrocinador irá renovar o contrato para a próxima temporada e do seu inabalável poder de cartola.
E os jogadores só querem saber se vão ser negociados para o exterior, ganhar uma boa grana, outros serão dispensados ou, quem sabe, podendo ser transferidos para o arquirrival.
Seu Tinoco sente saudades do velho futebol, do seu time do coração, Abicaé F.C.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

ESPORTE ADAPTADO


                   



No início do século passado,o esporte adaptado para pessoas com deficiência, passou a ter importância quanto ‘a inclusão social.
Após a Primeira Guerra Mundial, havia uma grande preocupação em oferece r tratamento aos soldados que sofreram traumas durante os combates.Passado algum tempo, em 1944, o governo da Inglaterra, convidou o Dr. Ludwig Guttmann, com o objetivo de criar um centro de traumas medulares, visando a recuperação de pessoas.
A partir disso, tem início o esporte paralímpico, embora a história tenha registros da prática de esportes direcionados para pessoas portadoras de deficiências, desde os séculos 18 e 19, comprovando assim, a importância da atividade física para reeducar e reabilitar essas pessoas.
O Dr. Guttmann introduziu o esporte nesse tipo de reabilitação e, em 1948, foram realizados os 1º Jogos de Stoke Mandeville, paralelamente aos Jogos Olímpicos de Londres.
Já em 1960, aconteceram, em Roma, os 1 º Jogos Paralímpicos, com a participação de 400 atletas. Nos últimos Jogos Olímpicos, em Londres -2012, tivemos a participação de 4200 atletas de 166 países.
No Brasil, há a necessidade de mais incentivo e apoio, tanto de órgãos públicos como da iniciativa privada, embora algumas instituições estejam realizando, na medida do possível, um trabalho de inclusão social e também investindo em treinamentos de alto rendimento, na busca de novos talentos.
A prática das atividades físicas para portadores de deficiência, seja visual, auditiva, mental ou física, proporciona, dentre os inúmeros benefícios, a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, ajuda na prevenção de doenças e fortalece a integração social.
A família é fundamental nesse processo, juntamente com a comunidade escolar e os educadores físicos sempre incentivando a prática de esportes.
Ainda há um longo caminho pela frente, muito trabalho, dedicação de todos mas , nada melhor do que ver um sorriso de uma criança estampado no rosto, os avanços motores em batalhas diárias,sempre um pequeno passo a cada dia.