sexta-feira, 25 de março de 2016

ELE E A BICICLETA

                  

 Não tinha pra ninguém. Colocava qualquer um que tentasse enfrentá-lo, no bolso. 
Era o rei do ciclismo e a bicicleta fazia parte do seu corpo.
Se estivesse numa ciclovia e encontrasse alguém pelo caminho, era o que mais gostava, transformava aquele simples passeio numa importante competição e perder, jamais. Ia pra cima, apertava as pedaladas e deixava seu oponente para trás.
Afinal, ele era o melhor na ciclovia. Adorava se exibir, uma ladeira íngreme era um prato feito. Descansava o tronco, liberava as mãos e o ego ia lá em cima, com todos apreciando a sua qualidade, o maior de todos.
Passava por um grupo de pessoas e aquela energia extra tomava conta, tanto das pedaladas quanto de sua imaginação.Todos observando, elogiando sua destreza em cima das duas rodas, era o momento de buscar algo mais radical, pois a ocasião merecia isso.
Algumas lombadas  e outros tantos buracos pelo caminho, o que limitava um pouco a velocidade da bicicleta, além de muitos pedestres cruzando o tempo todo.
Mas ele era o cara, adorava um desafio, acelerou cada vez mais, saltou com folgas a primeira lombada, desviou de um buraco enorme, a velocidade aumentando, uma lombada ainda maior, pegou um super impulso, como se quisesse chegar no céu e na hora da aterrizagem, não teve jeito, foi de cara no asfalto, a bicicleta deslizando sem parar, os dois todos arrebentados, mas, que nada, não deu o braço a torcer.
Levantou-se com muita dificuldade, carregando sua companheira nas costas e foi-se embora sem olhar para trás.

É GOL!!! É GOLAÇO!!!!

É gol, é golaço!!! Um dia desses, depois de muito tempo, reencontrei uns amigos do tempo do ginásio.
Num primeiro momento, alguns deles era impossível reconhecer; muitos quilos tomaram parte do corpo, o cabelo, outrora, caindo pelos ombros, desapareceram como num passe de mágica.
Mas a paixão por bater uma bolinha, essa permanecia intacta, a mesma vontade, embora a velocidade e o jogo de corpo não estivessem no mesmo ritmo.
Você pra lá, aquele pra cá e os times sendo divididos sem muito critério, afinal, a bola os aguardava para mais uma pelada, como nos velhos tempos.
Uma corridinha de leve para aquecer, tentativas de alongar o corpo, chutes para testar o goleiro e vamos para o jogo.
Muita descontração, os atletas de fim de semana, felizes com o reencontro, o craque da escola tenta uma caneta pra cima do beque de espera, porém, sem sucesso e a turma vibra com o lance.
De longe, arrisca um bate pronto, o goleiro dá seu máximo e consegue espalmar para escanteio. Não tem torcida para aplaudir, vaiar ou xingar, nem tampouco um técnico para chamarem de burro. Na arquibancada improvisada, chega uma molecada, não entendendo nada mas gostando do que está vendo.
Placar, nem pensar.Mas gol é gol e pode ser do craque ou do perna de pau, passou da linha das trave, é golaço.
E, feito o golaço, cada um tem sua maneira de comemorar, corre pra torcida e vibra junto, dá um salto mortal, olha pro céu e agradece a Deus, cria uma nova dancinha , chuta a bandeira de escanteio, soco no ar, lembrando o rei. É gol, é golaço.
E quem fez o gol, está pouco ligando se é no campo do poderoso Barcelona ou no velho campinho de terra batida, se o estádio está lotado ou se tem tem apenas alguns gatos pingados vendo o jogo.
A sensação de fazer um gol, enche de energia qualquer um, deixa feliz, aliviado, a bola entrando. Gol!!! Golaço!!!!

AH! TÁ! PAGAR IMPOSTO

   



Educação gratuita para todos, garantindo oportunidades iguais de acesso ao ensino desde a pré-escola até a universidade. O sistema de saúde atende a todos com muita qualidade e de graça.
As cidades são limpas, bem cuidadas e com segurança. O transporte público é organizado, com muita eficiência e, acreditem, não se paga pedágio.
E o povo não reclama, com orgulho de pagar os impostos ao governo.
Brasil? Não! Estamos na Suécia.
Por aqui, tem que pagar e não tem conversa. Mas pagar porque e para que?
Ah! Mas é um dever de todos nós, cidadãos, pagarmos os impostos ao Estado, pois assim, teremos um país melhor, com uma economia forte e um melhor desenvolvimento social.
Você paga seus impostos, o Governo Federal recebe, reparte o bolão com os estados e municípios e todos ficam felizes para sempre, com tudo funcionando ‘as mil maravilhas. Ah, tá.
Tem os programas bolsa-tudo, geração de empregos, inclusão social, onde? e o povo sorrindo ‘a toa.
Tá precisando de grana para sua plantação de milho? querendo construir sua casa? E tem as novas estradas sendo construídas, reformadas, remendadas, os portos e aeroportos sendo ampliados.
Cuidados com o meio ambiente, antes que ele se transforme em 1/4 ambiente.
Maravilha, o esporte sendo levado a sério, Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e a cachoeira não parando de jorrar dinheiro dos seus impostos.
O seu bolso cada vez mais pesado e o destino do dinheiro de seu imposto é um tiro no escuro, ninguém sabe para onde vai, embora alguns saibam muito bem.
Saúde quebrada, educação mal educada, segurança insegura e por aí vai. Continuamos pagando impostos e retorno que é bom, nada.

quinta-feira, 3 de março de 2016

NATAÇÃO: TRADIÇÃO EM PORTO BELO




Cadê a tenda? o dia promete.Céu azul, o mar ainda tranquilo e nem aí do que viria pela frente. O pessoal chegando, um café engolido rapidamente, 6 da matina, muito trabalho os aguardando, caixas e mais caixas sendo carregadas e o Chico da Fesporte resmungando, cade a tenda?
Finalmente , a tenda é montada, mas a agitação é enorme e mãos ‘a obra.O podium sendo preparado, os patrocinadores preparando seus produtos,e o som, onde vai o som, alguém pergunta e o Fabrício do som tranquiliza a todos, ajeitando as caixas debaixo do jambolão, testando os microfones, tudo certo.
A equipe de resgate na água com seus jets ski, prontos para o trabalho, os caiaqueiros a postos e os atletas chegando, confirmando suas inscrições, pegando seus kits e encaminhando-se para o pier, onde os parceiros pescadores fariam o transporte até a Ilha de Porto Belo, local da largada.
O Lucio no microfone, falando o tempo todo, descrevendo as maravilhas  de Porto Belo, do sucesso dessa prova, divulgando os apoiadores. O Marcelo Amim e o parceiro de longa data,  Marcelão, providenciando os últimos detalhes, a equipe da Fundação de Esportes deixando tudo pronto, muitas frutas e água para a chegada dos nadadores.
Um corre corre pra lá e pra cá, o mar, até então tranquilo, agita-se com as braçadas firmes dos atletas que dão a largada de mais uma Travessia Ilha de Porto Belo.
Quem diria que essa prova que nasceu em 1993, com apenas 16 bravos nadadores, se transformaria em um evento que faz parte do calendário brasileiro, com a participação de atletas olímpicos, atletas de ponta, de várias regiões do país, atletas que praticam a natação, formando um colorido maravilhoso nas águas da praia de Porto Belo.
Durante todos esses anos, desde  a primeira travessia, quero agradecer e prestar uma homenagem a todos que, de alguma maneira, colaboraram para o sucesso desse evento, tornando possível, o sonho de um apaixonado por esportes.
Quero parabenizar os parceiros e batalhadores Teco, Ginho, Ricardo e Jonatha, juntamente com suas equipes de trabalho, que colaboraram para o desenvolvimento do nosso esporte.