quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

CACHORRINHO OLÍMPICO



Durante os Jogos Olímpicos, os melhores atletas em suas modalidades, buscam seus melhores resultados, seus limites, coma esperança de conquistar uma medalha.
Em 2000, na Olimpíada de Sidney, os organizadores decidiram inovar, com a alteração no regulamento.
Uma delas foi na natação, com a ampliação de atletas de países sem nenhuma tradição, permitindo que eles participassem sem a exigência de atingir os índices mínimos de tempos para as provas nessa modalidade.
Caíram na piscina, representantes da África, Ásia e América Central, cujos tempos eram quase o dobro dos atletas de ponta.
E assim, o africano Eric Moussambani, da pequena Guiné Equatorial, entrou para a história.
Ele treinava há pouco tempo, numa piscina de hotel com 20 metros de extensão( as piscinas olímpicas tem 50 metros).
Chegou em Sidney para a prova dos 50 m, porém seu treinador resolveu colocá-lo na prova dos 100m, por ser uma prova mais clássica e, assim, dar maior visibilidade para seu país.
Na série classificatória, tinha ao seu lado um atleta do Tadziquistão e outro do Niger.
Nos blocos de saída, 'as suas marcas...prontos, e o afobado atleta do Tadziquistão, caiu na água antes do tiro, queimando a largada. No embalo desse, e, assustado, o representante de Niger também jogou-se na água antes da hora.
Com os dois atletas desclassificados por queimarem a largada, Eric nadou sozinho, mas quem pensou que seria moleza, enganou-se.
dando o máximo de si e com um estilo estranho de nadar, lá foi ele para os primeiros 50m, preparando-se para a virada.
Bate na borda e agora faltam apenas 50m. Apenas? o cansaço deu sinal de vida, respiração ofegante, engolindo água, um pouco no estilo crawl, um pouco de peito e, finalmente, apelou para o tradicional nado cachorrinho.
Faltando poucos metros para terminar a prova, simplesmente parou, deu pinta que iria afogar-se, os fiscais já prontos para um resgate, mas que nada, Eric trouxe lá do fundo da piscina, suas últimas forças e, bravo!!, tocou na borda da piscina, completando a prova.
Seu tempo? 1 minuto, 52 segundos e 72 centésimos. Isso pouco importava para ele, pois tinha tudo de si, superando seus limites.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

BONÉ DO CAPITÃO



O juiz apita uma falta, reclamação geral e, imediatamente, o capitão vai pra cima dele, reclamando que a jogada foi na bola.
O capitão nem sempre é o craque do time, mas é fundamental que ele tenha espírito de liderança dentro e fora de campo. Acima de tudo, ele precisa conquistar o respeito dos demais jogadores, defender seus direitos e cobrar, quando preciso. Tem a capacidade de saber transmitir, durante uma partida, o que o técnico passou na preleção, nos treinamentos e até mudar a forma de jogar para ganhar um jogo.
É o líder nato, berrando com seus companheiros, as vezes mais calado, mas empurra o time pra frente, é o primeiro e último a sair dos treinamentos, sempre observando o rendimento dos jogadores.
Conversa com o juiz sobre as faltas que acontecem de maneira respeitosa, pois a faixa de capitão não lhe permite agir de qualquer forma, embora alguns sejam mais chatos. Faz a leitura do jogo, sempre de olho no técnico, orienta os jogadores dentro de campo, incansável, sempre empurrando o time pra frente.
Voltando no tempo, o futebol era um jogo de cavalheiros e, por essa razão, não havia necessidade de alguém para interferir durante a partida. Todos se respeitavam, acusavam as faltas cometidas, tal qual nas peladas de rua, que quando uma falta é cometida, logo alguém grita, falta!! E o adversário para a jogada para a cobrança da infração.
Mas os tempos são outros e, com o passar dos anos, esse tipo de atitude já não garantia o bom andamento de um jogo e, antes do aparecimento da figura do árbitro, era formada uma comissão, que ficava do lado de fora do campo. Era só algum jogador reclamar de uma jogada mais dura, pedindo falta e a tal comissão entrava em campo para decidir sobre o lance.
Se você está pensando que tudo se resolvia facilmente, sem nenhuma discussão, meu amigo, isso é futebol e a graça está aí, pois nem sempre se chegava a um acordo, dependendo da decisão da comissão. Para evitar uma bagunça geral, ficou acertado que apenas um jogador de cada equipe, seria o reclamão da turma e, para diferenciá-lo dos demais atletas, usaria um boné.
Na língua inglesa, boné é CAP e quando equipes inglesas jogavam entre si, um dos jogadores era designado como CAP e, todos pensavam que fosse uma abreviatura de capitão.
A moda pegou e muitos esportes incorporaram a figura do capitão como líder de uma equipe.
A glória maior na carreira de um capitão e em uma final de campeonato, título conquistado e ele erguendo a taça.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

PODEROSO DOPING

  



Com o recente escândalo da equipe de atletismo da Rússia, as possibilidades de casos de doping nos Jogos Olímpicos que serão realizados no Rio de Janeiro em 2016, são muito grandes e para isso, o COI (Comitê Olímpico Brasileiro ) e a WADA ( Agência Mundial Antidoping), estão mobilizando-se, com a promessa de jogar pesado contra os infratores.
A pressão para alcançar os melhores resultados nas competições que participam, a busca incessante por recordes, deixar tudo de lado e treinar intensamente, sempre mais e mais, superando os limites do corpo, com o pensamento voltado para a conquista tão sonhada e desejada de uma medalha olímpica e, assim, definitivamente, gravar seu nome na história do esporte. Tudo isso passa a ser uma obsessão.
Mesmo com todo esse “sacrifício”, nem sempre é possível chegar no lugar mais alto do pódio, somente com talento e força de vontade, afinal, há muitos outros atletas que correm atrás desse mesmo objetivo.
E é nesse momento que bate o desespero e muitos atletas acabam desviando-se do caminho e batem de frente com o doping, utilizando substâncias ilegais para melhorar o desempenho atlético.
Em Jogos Olímpicos, o primeiro caso de doping foi em 1968, na Cidade do México, quando um atleta sueco que competia no Pentatlo Moderno, resolveu dar uma relaxada entre uma das cinco provas que compõe a modalidade. E mandou ver, goela abaixo, duas garrafas de cerveja. Feito o exame e detectado a presença de álcool, teve que devolver a medalha de bronze que havia sido conquistada.
Nas edições seguintes de Jogos Olímpicos, apenas em 1980, em Moscou, não houve nenhum caso de doping. Em Atenas- 2004, que, por sinal, teve o maior número de doping, aconteceu um caso curioso. O campeão irlandês de hipismo,  Cian O`Connor, foi punido durante a prova de saltos. Ele não havia se dopado, mas o seu cavalo foi desmascarado com substâncias ilegais. Quem se deu bem nessa, foi o cavaleiro brasileiro, Rodrigo Pessoa, que havia chegado em segundo lugar e herdou o ouro na modalidade.
O esporte tem o lado limpo, o lado puro, onde o atleta tem que ter seu corpo livre para competir e tem o lado mais escuro, com o doping sendo a estrela. 
Talvez leve tempo ou até mesmo, não se consiga resolver essa questão do doping. 
O esporte internacional nos parece incapaz de alterar esses rumos e o doping, que vem acompanhando os Jogos Olímpicos e outras importantes competições durante décadas, tem sempre novos métodos de mascarar resultados, passando por cima de tudo e de todos, de olho nos altos prêmios em dinheiro e da glória inglória do sucesso.
Todos precisam vencer a qualquer custo e pouco importa que consequência possa vir no futuro.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

ELE É O CARA !!!!

No ponto da Praiana, mochila no ombro e mais um dia de trabalho. Foram muitos anos, com chuva ou com sol, andando pelas ruas, parando nas casas e o inevitável, lá vem o homem pra furar nossos dedos e tirar o sangue.
Funcionário da SUCAM, tinha a função de fazer a prevenção da malária.Nesse vai e vem, conheceu muita gente, perdeu a conta da quantidade de café que tomou nessas visitas e ganhou a confiança de políticos de Itapema que viam nele, o melhor pesquisador nas campanhas para prefeito. Acertava todas na mosca.
E sempre com a sua fala mansa, bom de papo e o andar de quem não quer chegar.
Nesse meio tempo, junto com a sua esposa, Robélia, foi gerente de hotel, dono de restaurante, ela pegando no pesado e ele, um perfeito relações públicas, tratando seus passarinhos, conversando com todo mundo, contando piadas, sempre de bem a vida.

O tempo passou, muita coisa aconteceu, mas ele, sempre firme e forte, bem humorado, teimoso as vezes e o melhor de tudo; Nunca perdeu o encanto de viver, com a família sempre junto.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

QUE QUE É ISSO, MINHA GENTE





O futebol brasileiro já não é mais o mesmo há muito tempo.Alguns falam que, com exceção do Neymar, não temos mais craques, enquanto outros afirmam que nossos técnicos estão ultrapassados, não sabem de nada. Talvez todos estejam certos.
Jogo do Brasileirão na TV e dá vontade de mudar de canal. 
É chutão pra todo lado, lançamento de zagueiro para centro avante, passes errados a um metro de distância, que que é isso, minha gente, diria um velho locutor esportivo. 
A maioria dos jogadores bem abaixo da média e treinadores na mesmice de sempre.
Dentro e fora de campo, o futebol brasileiro está por baixo, os adversários não tremem mais por causa da amarelinha e, acredito que para recuperar tudo isso, é preciso muito tempo.
E não será um dirigente ou um técnico revolucionários que resolverão essa crise. Tem muita coisa podre no meio e, nem mesmo uma grande conquista, mudará essa maré baixa por aqui.
Os europeus sempre foram muito disciplinados taticamente, enquanto que o jogador brasileiro, com sua ginga, sua habilidade, dava espetáculo em campo com seus improvisos.
Eles, os europeus da cintura dura, mandavam em campo, mas a bola era nossa.
Mas eles aprenderam como tratar a bola, aperfeiçoaram-se cada vez mais, enquanto isso, por aqui, paramos no tempo, achando que éramos invencíveis.
Deu no que deu. O sucesso e a grana alta subiram 'a cabeça, ou seriam cabecinhas? de nossos dirigentes e atletas e o prazer de jogar bola, de evoluir a cada dia, tudo deixado de lado.
Dentro de campo, temos que olhar para as categorias de base, dar estrutura para essa molecada, mudar a forma de jogar, de encarar o adversário.
O passado, certamente,  foi glorioso, mas o mundo e o futebol mudaram. Pelé, Rivelino, Tostão, Zico, Ronaldo, Romário e tantos outros entravam em campo e decidiam. Hoje tem o Neymar, que tem muito a provar na nossa Seleção e quem mais nessa lista?
Ou reconhecemos que é preciso mudar radicalmente a estrutura de nosso futebol, ou então seremos mais um coadjuvante dessa nossa paixão nacional.
O futebol da alegria de jogar bola, da eficiência nos resultados tem que voltar, mas preste atenção, pois se aquele jogador do seu time, quando fizer um gol, beijar, com paixão,  o escudo do clube, não caia nessa.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

FUTEBOL É COISA SÉRIA






 Esporte é coisa séria e merece respeito. E o futebol, no Brasil, ainda é a grande paixão nacional, mesmo que esteja sendo tão maltratado nos últimos tempos.
O que vemos são dirigentes interesseiros, politiqueiros em suas ações, mal preparados, mal intencionados e, por essa razão, nosso futebol, embora movimente grandes quantias de grana, continua sendo , essencialmente, amador.
Ouvimos muito que o jogador brasileiro tem que aprender e atuar como o modelo europeu, saber posicionar-se taticamente em campo,  aprender a marcar com mais eficiência. Pode ser, desde que não esqueça do seu poder técnico, do drible desconcertante, das jogadas de efeito, de partir pra cima. Mas se temos algo para copiar do modelo europeu, temos então que reunir todos os nossos dirigentes na  difícil missão que eles aprendam alguma coisa em benefício do nosso futebol.
O Vasco da Gama, do senhor todo poderoso, Eurico Miranda, é apenas uma  entre tantas outras equipes que merecem melhor sorte, que trabalhem  com competência, em respeito ao seu histórico de tantas glórias em suas conquistas, mas o que vemos é uma luta inglória, arrastando-se em nossos campos.
O resultado dessa incompetência e desse amadorismo, são grandes clubes falidos, quebrados, com salários de jogadores atrasados e os caloteiros de plantão estão aí, multiplicando-se cada vez mais, famosas negociatas envolvendo transações misteriosas de atletas para o exterior, com muita água suja sendo lavada e punição que é bom , nada.
Muita grana sumindo sem explicação, dirigentes fugindo com receio de que suas contas bancárias sejam abertas, não sabem de nada. Afinal, quem não deve, não teme.
Mas o jogo tem que continuar, temos as arenas modernas, substituindo os velhos e simpáticos estádios , os torcedores apoiando seus times, o surgimento de  jovens valores com talento, craques já reconhecidos, a bola rolando com alegria, as competições acontecendo, com tristes derrotas e grandes vitórias e, assim, atropelar o lado podre do futebol , dando a volta por cima.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

ABICAÉ F.C

                                                       

Abicaé. Esse sim era um time de encher os olhos de alegria. Pelo menos para o avô do Julinho, que contava pra todo mundo, com muito orgulho.
Quem passa em frente a casa dele, não resiste e dá uma paradinha para uma boa conversa, geralmente sobre futebol. Sentado na varanda, em sua velha cadeira de balanço, seu Tinoco relembra ,com detalhes, dos velhos e bons tempos do Abicaé F.C.
Seu Tinoco foi centroavante nos anos 70 e dos bons. Diz ele que fez mais de 500 gols e garante que é verdade, tá tudo marcado no seu caderno de anotações.
O neto Julinho não lembra de tudo, mas tem na cabeça, alguns jogos com os grandes de São Paulo. O Santos de Pelé, a Academia do Palestra, o Coringão com as patadas do Rivelino e o tricolor paulista que tinha o craque uruguaio Pedro Rocha.
A torcida ia no Pacaembu, as bandeiras tremulando, bandinha tocando o tempo todo, o delicioso churrasquinho de gato do lado de fora do estádio. As famílias iam pra se divertir.
Os irmãos do Julinho não ligavam muito pra futebol mas o pai, seu Bartolomeu, era Abicaé até debaixo d’água.
Julinho ia no embalo do pai, embora tivesse uma paixão escondida pelo alvinegro da Baixada santista. Tinha um tio do Julinho que detestava o Abicaé, talvez porque tenha sido reprovado numa peneira do clube e era muito ruim de bola mesmo. Desde então, tornou-se o maior secador do Abicaé e, sempre tentando fazer a cabeça do Julinho.
Jogo do Abicaé era bom demais, nem tanto pela partida, muitas vezes, sonolenta, sem graça, mas tinha uma pipoca deliciosa, o cachorro quente, olha o picolé. Bom demais e nem aí pro jogo.
O tempo passou, Julinho cresceu e o Abicaé foi caindo pelas tabelas, a torcida desanimando e o futebol mudando pra pior.
As partidas cada vez mais violentas e os torcedores como se estivessem numa guerra.
 Clássico entre Santos e Palmeiras na Vila Belmiro, Julinho liga a televisão e observa que tem alguma coisa diferente. Cadê a torcida alviverde? Não apareceu nenhuma testemunha.
Ah!!  Os competentes dirigentes dizem que é por questão de segurança, que, dessa forma, conseguem inibir a violência. Concordo que a coisa tá feia e, talvez seja uma maneira de conter esse problema, mas o que impressiona é a reação dos torcedores, como se isso fosse o fato mais normal do mundo.
Não faz sentido, afinal é só mais um jogo de futebol de um campeonato bagunçado, onde torcedores não conseguem dividir o mesmo espaço durante 90 minutos.
A imprensa não tá nem aí, querem saber da cota de patrocínio para o ano que vem, os direitos de transmissão. O dirigente então, preocupado com as rendas dos jogos, se o patrocinador irá renovar o contrato para a próxima temporada e do seu inabalável poder de cartola.
E os jogadores só querem saber se vão ser negociados para o exterior, ganhar uma boa grana, outros serão dispensados ou, quem sabe, podendo ser transferidos para o arquirrival.
Seu Tinoco sente saudades do velho futebol, do seu time do coração, Abicaé F.C.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

ESPORTE ADAPTADO


                   



No início do século passado,o esporte adaptado para pessoas com deficiência, passou a ter importância quanto ‘a inclusão social.
Após a Primeira Guerra Mundial, havia uma grande preocupação em oferece r tratamento aos soldados que sofreram traumas durante os combates.Passado algum tempo, em 1944, o governo da Inglaterra, convidou o Dr. Ludwig Guttmann, com o objetivo de criar um centro de traumas medulares, visando a recuperação de pessoas.
A partir disso, tem início o esporte paralímpico, embora a história tenha registros da prática de esportes direcionados para pessoas portadoras de deficiências, desde os séculos 18 e 19, comprovando assim, a importância da atividade física para reeducar e reabilitar essas pessoas.
O Dr. Guttmann introduziu o esporte nesse tipo de reabilitação e, em 1948, foram realizados os 1º Jogos de Stoke Mandeville, paralelamente aos Jogos Olímpicos de Londres.
Já em 1960, aconteceram, em Roma, os 1 º Jogos Paralímpicos, com a participação de 400 atletas. Nos últimos Jogos Olímpicos, em Londres -2012, tivemos a participação de 4200 atletas de 166 países.
No Brasil, há a necessidade de mais incentivo e apoio, tanto de órgãos públicos como da iniciativa privada, embora algumas instituições estejam realizando, na medida do possível, um trabalho de inclusão social e também investindo em treinamentos de alto rendimento, na busca de novos talentos.
A prática das atividades físicas para portadores de deficiência, seja visual, auditiva, mental ou física, proporciona, dentre os inúmeros benefícios, a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, ajuda na prevenção de doenças e fortalece a integração social.
A família é fundamental nesse processo, juntamente com a comunidade escolar e os educadores físicos sempre incentivando a prática de esportes.
Ainda há um longo caminho pela frente, muito trabalho, dedicação de todos mas , nada melhor do que ver um sorriso de uma criança estampado no rosto, os avanços motores em batalhas diárias,sempre um pequeno passo a cada dia. 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

FUTEBOL DE INCERTEZA

           

Será que chove ou vai dar Sol} E o seu emprego continua firme ou vai entrar na fila}
Ninguém sabe mais nada e a incerteza toma conta de tudo e de todos. Não se sabe em quem acreditar, o tempo passando, as dúvidas martelando sua cabeça e nada definido.
Ma vim aqui pra falar de futebol e vamos ao que interessa. As competições acontecendo, torcidas fanáticas, transações milionárias e misteriosas, o jogo seguindo , mas quanto ao placar final, ninguém arrisca um palpite.
E tem a famosa entidade , na verdade, uma grande empresa, com sede na Suíça, que durante décadas, mandou e desmandou no futebol, sempre protegida em seu castelo de mistérios.

O presidente e seus comparsas se acham donos de tudo, a FIFA cada vez mais poderosa, os bolsos  cheios e o esporte como mero espectador.
Hoje, o chefão do futebol no Brasil, está afastado junto com seus assistentes mais chegados.  Permanece trancado na Suiça, sem chances de voltar pra terrinha.Tem um monte de puxa sacos ‘a sua volta que insistem em defendê-lo e um batalhão sedento pra tirar seu couro.
Enquanto isso, o futebol, paixão mundial, segue no jogo, cambaleando nas pernas, jogadores despontando nos gramados, mas falta comando ou alguém em quem  todos nós possamos confiar.
Durante os jogos de nossa seleção, olhamos pro Dunga e ficamos assustados. Não arrisca, faz o óbvio, lhe falta ousadia e  insiste na aposta de certos jogadores que não irão chegar onde queremos, sem espírito de seleção, de vestir a amarelinha.
Nada que demonstre um esforço criativo, que , dentro do campo, apareça o líder  tão aguardado, que faça retomar o respeito pela tradição de nosso futebol.  Vemos jogadores que são escolhidos pela força do hábito, não tem outro, vai esse mesmo, afinal arrebentou num jogo por sua equipe. Puro instinto e nada de convicção.
Talvez até não seja culpa deles, pois muito saíram jovens demais, muita grana rolando e tendo muita grama pra ralar pela frente.
O jeito é seguir em frente e acreditar que o jogo ainda pode virar.
Quem sabe, em algum campo de várzea, se é que ainda tem algum por aí, pode estar surgindo um gênio da bola e bom de cabeça, com a capacidade de driblar seus familiares gananciosos, dirigentes e agentes de futebol ambiciosos e passar por cima de todos, da fama e resolver, simplesmente, jogar bola como se deve, como sempre jogamos, no nosso estilo, voltando a dar orgulho e confiança ao torcedor brasileiro.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

PRA CIMA DELES, BRASIL!!!!


O Brasil é penta campeão mundial de futebol, única seleção que participou de todas edições desde 1930, embora nas eliminatórias nunca tenha tido vida fácil.
Mesmo quando o Brasil tinha uma equipe bem superior aos seus vizinhos sul americanos, com Pelé, Rivelino, Tostão e, mais recentemente, Romário, Ronaldo e Rivaldo, a cobrança foi sempre muito forte por parte da torcida brasileira.
Mas a época é outra, o futebol cada vez mais equilibrado, globalizado ,o torcedor  com um grau de impaciência subindo pelas paredes, sobrando para os jogadores e comissão técnica.
Até novembro de 2017, serão 18 jogos em ida e volta, onde muita bola irá rolar e com muitos gramados para ralar, para a definição das quatro seleções que representarão a América do Sul em 2018. É bem verdade que ainda restará uma vaga na repescagem, mas até lá, o Brasil já deverá estar com sua vaga garantida.
O Chile deu sua carimbada e, pela primeira vez, nossa seleção foi derrotada numa estréia de eliminatórias para a Copa do Mundo.  Quando estiver lendo esse artigo, nossa seleção já terá enfrentado a Venezuela. Arrisco uma vitória nossa, com goleada.
Todo jogo é importante e não tem mais essa de equipes que em outros tempos eram candidatas a sacos de pancadas. O futebol é outro, é de um Equador que vai a Buenos Aires e passa por cima dos hermanos, provando que não tem mais bobo nesse esporte.
Você liga a televisão, 300 câmeras que cobrem todos os ângulos possíveis, arenas com  grande público, bola rolando e um Brasil sem graça, sem sal, jogadas normais, erros de passes infantis, mesmo quando o adversário não tem muita tradição. 
Ah!!!! Mas temos o Neymar. Sim , temos , mas ele tem muito para provar  com a camisa “ amarelinha”.  E sem pensar muito, qual outro jogador que pode decidir o jogo com uma jogada genial, o craque com C maiúsculo. Tá difícil mesmo.
São jogadores como tantos outros, sem criatividade, com vontade mas sem ousadia e que quando a coisa aperta, escondem-se atras de seus enormes e vistosos fones de ouvidos.
E o Dunga tentando arrumar a casa, tira esse, coloca aquele, a preocupação em blindar seus comandados, sabe que a equipe não está pronta para a competição, que irá melhorar conforme as partidas forem acontecendo.
A seleção está dentro de uma panela de pressão, a água fervendo, as críticas borbulhando, as vaias constantes, a desconfiança de todos. 
Agora é  com vocês, jogadores,a hora de tocar bem  a bola e dar a resposta em campo.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

OLIVER DO SKATE

       

Oliver é apaixonado por esportes e quando o assunto é skate, é com ele mesmo.
No início, aprendendo a equilibrar-se , levou muitos tombos, mas sempre com muita dedicação e muito treinamento, foi aperfeiçoando-se e suas manobras ficando cada vez mais radicais.
E Oliver é radical quando afirma e acredita que o skate tem a capacidade de transformar a realidade de um lugar.
Nascido e criado em Papua Nova Guiné, mudou-se para o conturbado Afeganistão e, assim,poder colocar em prática seu tão sonhado projeto.
Oliver chegou no Afeganistão com três skates e passou a andar pelas ruas da cidade de Cabul. Aos poucos, meninos e meninas, começaram a participar , até que em 2009, foi inaugurado o primeiro Skatepark, numa área de 1750 m2, onde além de um enorme espaço para a prática do skate, foram construídas várias salas de aula, escritórios e uma quadra de esportes.
O Skateistan é uma ONG que foi criada em 2007, tendo como sede, a cidade de Cabul, no Afeganistão. Desde então, tem se expandido com outras unidades no Camboja, África do Sul e Alemanha.
Os programas do Skateistan são totalmente gratuitos e  direcionados para crianças de 5 a 18 anos, seja qual for a etnia, raça ou religião e proporcionando um espírito de liderança   e confiança  em seu dia a dia.
O Skateistan tem como objetivo, fazer que, através da prática do skate, os jovens possam ser orientados e com condições de construir novas visões do mundo. Assim, poderão entender que uma mudança pode proporcionar uma contante busca por novas oportunidades.
Com certeza, há muitos Oliver espalhados por aí, que através do esporte , são merecedores de todo apoio e respeito por seus trabalhos realizados, visando um mundo melhor.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

SINCERIDADE

 Parece fácil, mas não é. Mas tem hora que você dá uma pisada na bola, engole fundo garganta abaixo o que está querendo explodir pela boca, mas faz a escolha por segurar, relembrando a educação que teve, ou então, por respeito. A vontade de falar poucas e boas vai perdendo força, embora esteja convicto que ele mereça ouvir, mas prefere calar-se e tudo fica por isso mesmo.
Com certeza, muitos falarão que não foi sincero e sua consciência ficará sussurrando nos seus ouvidos, pois em algumas situações, a sinceridade lhe é imposta.
Com nossos amigos, a sinceridade tem que ser algo normal, embora, por vezes, a melhor maneira de conservarmos uma amizade, é mudar de assunto e deixarmos de lado algo que possa criar um clima desfavorável.
E se seu amigão do peito, num belo dia que acordou com o pé esquerdo, chegar pra cima de você e acertar com tudo na sua canela. Ôpa! Ôpa! É o momento de ir para o ataque e sem esse papo de ficar só escutando, acuado no canto e sem abrir a boca.
Ele terá que  ter uma boa explicação a respeito de sua atitude destemperada e, quem sabe, reconhecer o erro e pedir desculpas.
Iso é ser amigo de verdade. Falou mais do que devia e deixou alguém para baixo} Muita calma nessa hora, pois não conhece a fundo essa pessoa e ações e atitudes que podem parecer normais para nós, talvez do outro lado, há alguém que não pensa assim e o barulho está feito e ele acaba se ofendendo.
Se alguém te magoar, estragar o seu dia, o melhor que tem a fazer é procurar essa pessoa e usar de toda franqueza, abrir o jogo e com uma sincera lealdade. Caso se afaste e deixar por isso mesmo, quem te chateou, pode não ter  assimilado e nunca ficará sabendo o que aconteceu realmente.
Acredito que todos nós já demos uma mancada nessa vida, um fora daqueles bravos. Mesmo acreditando que não houve intenção ofender alguém,  o estrago já foi feito.  Tem que aprender com essa bola fora, tentando evitar a mesma mancada.
Dê o braço a torcer e solte o tradicional “ desculpe, mas eu estava errado”

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

MAIS OU MENOS

                   

Sossega um pouco, Tina! Mas não tinha jeito e ela não cansava de tanto correr para todos os lados, pulava  sem parar e falando o tempo inteiro.
Tina cresceu e continua reclamando, como nos tempos de criança, que está sempre sem tempo, vira e mexe, atrasa-se para seus compromissos e até deixa de ir em alguns por falta de tempo. Lembra que antigamente, a sua rotina era bem agitada, sempre inventando coisas, mexendo em tudo que via pela frente, sempre a mil.
Na escola era a primeira a chegar na sala de aula e, sem perder tempo, arrumava seu material escolar, fazendo trocentas perguntas para a professora.
Nem bem batia o sinal para o recreio, saia em disparada para o pátio, brincava de tudo, devorando seu lanche ao mesmo tempo. Sempre correndo.
Chegando em casa,quem  sofria era o Bob,  seu vira lata de estimação, perdendo o sossego e indo pra cima e pra baixo com a Tina.
De vez em quando, sobrava umas boas palmadas da mãe por não ter  feito os deveres com mais calma. E corria.
Hoje em dia, Tina continua correndo. É uma perfeita velocista em busca de mais uma medalha no seu dia a dia de trabalho e tem a mesma mania de querer abraçar o mundo a cada amanhecer, embora nem sempre, ela tenha o retorno por sua dedicação.
O café é engolido em pé mesmo, o almoço devorado, leva o filho para a escola, desiste do suco de laranja e abusa da coca cola.
De novo!! Atrasado para a aula de natação e vê se não esquece de arrumar a bagunça de seu armário.
Não adiante ficar louco, arrancar os cabelos, pois no final do dia, mesmo que você tenha dado conta do recado, pode tirar o cavalinho da chuva e saiba que sempre irá faltar algo para fazer.
Chega dessa rotina chata de querer fazer tudo ao mesmo tempo, pensando que, dessa forma, lhe sobrará tempo para fazer algo que tenha prazer.
O que não pode acontecer, de forma alguma, é deixar de sonhar, de ser amigo e ter amigos, de ter fá, acreditar sempre, senão sempre seremos pessoas mais ou menos.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

CANJA DE GALINHa

                    
Todo santo dia era a mesma coisa. A D. Maria quebrando o pau com o Agenor. Agenoooooor, apaga a luz do banheiro e  desliga logo esse telefone. Se for tomar banho, tem que ser rápido e de água fria. Televisão ligada só na hora do jogo e da novela e vê se tira da tomada quando for dormir.
Tudo bem que não precisava deixar chegar nesse ponto, poderiam fazer um ajuste lá atrás, deixar a carteira no bolso, cortar despesas, mas pareciam o Usain Bolt nos 100 metros, numa disparada afoita, libera aqui, autoriza ali que damos jeito na fera. Grana faltando, despesa crescendo a galope, as coisas fugindo do controle e a culpa para variar sobrando para os outros.
E coitado da D. Maria. A bolinha dela tá bem murcha, sem crédito na praça. Até tenta explicar  para o Seu Manoel, da padaria, mas ele não escuta e não quer nem saber.
E olha que não foi por falta de aviso. A D. Maria segue em frente, deixando para amanhã e vai adiando suas decisões, negando-se a dar respostas que esperam.  Talvez não tenha essas respostas ou então o que falta é vontade ou  incompetência.
Para a D. Maria está tudo uma maravilha e nem passa pela sua cabeça, razões para preocupar-se.
A  caneta é poderosa e a tesoura, afiadíssima. Se demorou ou não, não se sabe, mas percebe-se que o buraco fica mais fundo a cada dia que passa e o mais preocupante é que continuam escavando com força máxima.
O dono da farmácia contou para a D. Maria a história do filme, que trata-se do reino de Lavanduja, onde os súditos viviam para pagar altos impostos, embora para alguns, a crise passava bem longe.
O povo revoltou-se, foi ‘as ruas reclamando por seus direitos. Foi um Deus nos acuda.
Deixando o filme de lado, a  D. Maria tem que cair na real, pois a torneira da esperança e da prosperidade ficou aberta durante muito tempo.  A cachoeira está secando e as gotas de preocupação respigam para todos os lados.
A vovó já dizia que canja de galinha não faz mal a ninguém.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

PAPAGAIO DE PIRATA



Para quem gosta de tomar rum, com certeza, irá lembrar-se de  uma famosa marca dessa bebida, que tem ilustrada em seu rótulo, um pirata que tem um papagaio em seu ombro.
E tem aquele cara que é rápido no gatilho e, nem bem aparece uma celebridade ou um político em frente das câmeras de televisão, lá está ele, todo bobo e sorridente, atrás deles. Uns mais discretos e outros mais exibicionistas que mandam beijinhos pra torcida.
Quem deve ficar muto bravo com essa situação, são os responsáveis pelo departamento de jornalismo das estações de TV, pois isso acaba dispersando a atenção do tele espectador, tirando o real conteúdo da informação e o bobão lá no fundo.
E daí} o cidadão é livre para estar onde bem entender.
Sua profissão, por favor} Papagaio de pirata, declara todo orgulhoso. Sempre com a mesma vistosa camisa xadrez e o bonezinho virado pra trás. Aposentado por invalidez e cheio de ficar em casa, não fazendo nada, partiu pra outra.
Assumiu o papagaio de pirata, sempre com a agenda lotada. Globo, SBT, Record, olha mãe, aquele chato de novo. É mais famoso que muito ator global, reconhecido nas ruas, uns pedem autógrafo, outros fazem o coro de chaaaaaatoooooo.
Outro dia, no centro da cidade, numa manifestação de rua, não quis nem saber, rompeu a barreira policial pra aparecer na câmera. Não deu outra. Foi detido, levado pra delegacia e não sossegou enquanto o delegado não o liberou, pois não poderia perder mais tempo. O jornal Nacional estava prestes para começar e ele iria aparecer no horário nobre.
Coisas de papagaio de pirata. Tem o maior orgulho e enche a boca pra falar que já ficou no ombro de muito jogador de futebol, de dupla sertaneja, de governador, presidente e a lista é enorme.
Quando perguntam se ele fica chateado por ser chamado de papagaio de pirata, fala na lata que é tudo inveja. As vezes, fica preocupado com a concorrência dos filhotes de papagaios de pirata que aparecem a todo momento.
Mas é macaco velho, ou seja, papagaio velho e se for preciso, dá um chega pra lá em busca de uma melhor posição. Alguns o respeitam e ele dá uma mãozinha, porém, nunca dando a receita do bolo.
Tem bronca de repórter, mas o cinegrafista, esse é o problema. Chega de dedo no nariz, manda ficar longe, mexe com a câmera pra tirar o foco. Mas, malandro que é, sempre dá um jeito.
Quer ser famoso, aparecer na TV e precisa de uma câmera 24 horas por dia para ser feliz, senão a depressão toma conta.
Foi amor ‘a primeira vista, apaixonou-se por uma velha câmera, vive recluso no meio do mato. Ele e sua amada.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

APOSTAR E ACREDITAR NO CIDADÃO

Em qualquer lugar, sempre vem ‘a tona, o papo que o Estado não faz isso, esquece-se de aprontar aquilo, deixa de cumprir o que lhe é de direito e sempre enrolando a população pelo maior tempo possível.
Mas e o cidadão, o que ele faz ou tenta fazer para mudar essa situação?
A dona de casa, o profissional liberal, o funcionário público, o aposentado, o desempregado, não importa, o cidadão é peça fundamental nessa engrenagem.
Ele tem o poder de escolher em qual sociedade pretende viver, e assim, ter cada vez mais autonomia e independência para determinar o seu futuro.
E não pode ficar parado, tem que estar sempre na ativa, participando de discussões, exigindo mudanças para melhor, com o objetivo de fortalecer uma nova sociedade, onde todos possam ser beneficiados.
Tem que entender que todos irão ganhar se o estado tiver força e independência, com uma melhor distribuição de serviços com mais eficiência.
Onde todos tenham oportunidades de crescerem em todos os sentidos. Claro que o cidadão tem seus direitos, lembrando que eles devem andar juntos com seus deveres.
De nada adianta ficar reclamando do Estado o tempo todo ou mesmo de outra instituição; nada se resolve se ficar esperando seus problemas serem resolvidos ou então, que suas necessidades sejam atendidas. Tem que correr atrás.
O cidadão tem que estar sempre se valorizando, aperfeiçoando-se e, dessa maneira, terá maiores possibilidades de progredir.
O respeito que a sociedade tem que apresentar, onde cada um de nós, não seja, simplesmente, mais um obstáculo, um ônus, atrapalhando o andamento das ações; muito pelo contrário, que cada um , como se estivesse numa prova de revezamento, consiga passar o bastão ao parceiro, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.
Uma sociedade que dá responsabilidade e valoriza o cidadão, garantindo igualdade quanto ‘as oportunidades.
Apostar e acreditar no cidadão.

GRANDE ORDEM DOS APROVEITADORE





 

Faz tempo que eles estão na área. Deu chance, aparecem e tomam conta do pedaço. Na Idade Média aprontavam um monte, em sua grande maioria, cavaleiros desempregados, preguiçosos e amantes da boa vida.
“Chegaram a criar uma instituição com o sugestivo nome de “GRANDE ORDEM DOS APROVEITADORES”, cujo lema era “ é sempre melhor o que é dos outros “.
Mas havia condições para que as pessoas pudessem fazer parte desse grupo, através de testes que comprovassem a eficiência em aproveitarem-se do maior número de pessoas que encontrassem pelo caminho.
De acordo com a Grande Ordem, era expressamente proibido o arrependimento de algo que tenha feito e tentar, a partir daí, viver uma vida honesta. O cartão vermelho era inevitável.
A Grande Ordem foi crescendo em número de adeptos e, em certo momento, seus integrantes sentiram-se ultrajados, pois, acreditem, alguns corruptos exigiram que também fizessem parte do grupo de aproveitadores.
Nada feito! Os aproveitadores defendiam a tese que políticos e governantes, deveriam criar a própria ordem.
Num belo dia, um sujeito desconhecido, cheio de mistérios, apresentou-se ao pessoal da Grande Ordem e, após muitas conversas, finalmente foi admitido. Não passou muito tempo, ele foi criando corpo, dando seus palpites sempre que podia. Ou seja, era um tremendo de um puxa saco, que bajulava todas as autoridades.
Dito e feito! Rapidamente foi subindo de degrau e conseguiu o que queria. Foi eleito o GRANDE CHEFE DA GRANDE ORDEM DOS APROVEITADORES.
O ser humano por si só, é um interesseiro e aproveitador. Em alguma relação mais próxima entre duas ou mais pessoas, é praticamente certo que em um determinado momento, alguém tentará tirar vantagem de outra pessoa.
Loucos, tem muitos por aí, que só querem destruir e não estão nem aí. Passa por cima dos outros  para levar vantagem. Vantagem? Durma tranquilo, sem culpa no cartório.
Você pode até levar umas pancadas, mas isso não mexe com sua consciência, com sua maneira de agir, embora fique uma sensação de indignação e de injustiça. A velha história que a corda arrebenta do lado mais fraco.
O que não pode acontecer é ficar parado, esperando que as coisas aconteçam. 

terça-feira, 28 de julho de 2015

MUDANÇ



     

Mudança. Nem sempre é tão simples como parece. E por que mudar? Estou tão bem assim e lá vem você me incomodar.
Elas podem ser impostas ou necessárias e, mesmo que haja uma resistência inicial, agimos porque alguém nos cobrou.
Talvez se tivéssemos reconhecido e fizéssemos algo diferente, as ações não teriam um impacto negativo que pudesse nos prejudicar.
Sei, as coisas estão acontecendo sempre do mesmo jeito, sem tirar nem por, a preguiça batendo forte como se estivesse implorando, então levanta dessa cadeira e toca a vida pra frente.
Tem o comodismo que te segura, te prende, te questiona o motivo de arriscar-se por um novo caminho, em busca de um novo norte, mesmo sabendo que  pode se dar mal.
E sua cabeça sendo martelada a todo o momento pela palavra mudança. Com certeza, irá encontrar  muitas barreiras, bater de frente com muitas pessoas, escutará de tudo, palavras de apoio, de siga em frente, bem como, você é um louco, não sabe o que faz, é um irresponsável.
Todas as estratégias podem ser repensadas durante o processo, embora não signifique que tudo esteja errado.
Mas é assim que funciona. Tem que encarar um espaço novo, desconhecido e, embora tenha uma estratégia, pode ocorrer que muitas vezes não saberá para onde correr.
Pode transformar-se numa grande confusão, como se duas pessoas quisessem ocupar o mesmo espaço. Dá pra imaginar o barulho que vem por aí. Mudar de direção? Analisar quais são as opções e partir para o ataque, ou vai ou racha.
É normal que uma ou outra escapada aconteça, com a corda balançando demais, num constante balança, mas não cai.
Nada que não se dê jeito e que permita restabelecer o percurso original. O importante nisso tudo é que o chefe tome a frente e saiba comandar. Um passo em falso e vai tudo pro vinagre.
E estar no comando não significa simplesmente ir lá, passar por cima de todos, apropriar-se da vida deles; azar de quem estiver ‘a sua volta, pois, certamente, irá sobrar para esses também.
A mudança nos dá motivação por algo melhor, como uma garantia de podermos alterar o que não funciona.
Não tem como parar e, enquanto o coração estiver pulsando, a vontade tem que marcar presença, bola pra frente que atrás vem gente.  A mudança de agir, de pensar, mudança de atitude para se chegar ao equilíbrio.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

OLHA O FLASH!!!!


Sempre tem um que adora aparecer, embora muitos admitam que não são esse tipo de pessoa, mas estão sempre prontos para um flash.
Querem chamar a atenção, querem mostrar a todos em volta o que estão realizando e se esforçam ao máximo para que todos percebam e venham elogiar.
Nas redes sociais então, nem se fale. Todo mundo é feliz ou parece ser, e é importante mostrar aos outros que você está bem ou parece estar. E tem gente que embarca nessa viagem. Opa, olha o flash para guardar e registrar todos seus momentos.
O que vale é se exibir, se mostrar e pensar que a vida é uma festa. E daí se o cara gosta e se sente bem com isso? Quer ser lembrado, ser manchete. Tudo bem, sem problemas. Tudo bem, coisa nenhuma. Faz tudo para ser o primeiro da fila, aquele que não vê ninguém ‘a sua frente, escala o Pico do Everest e na descida, o tombo é feio, machuca.
O amigo de todo mundo, que está em todas as festas, o típico papagaio de pirata, de repente, vai cada um pro seu lado e ele cada vez mais solitário, vendo a ficha cair.
O cara se acha, está pouco ligando para quem está ‘a sua volta e se acha no direito de julgar com duras críticas. Mal sabe ele que o contra golpe pode demorar, mas vem com uma força descomunal. Se sente no topo e coitado de quem vem atrás, pois é o dono da bola.
Sempre querendo mais, com a sensação de que “eu sou o melhor que os outros”. Precisa estar sempre aparecendo, de ser visto e reconhecido pelos outros, atropela os padrões éticos e o resto que se exploda.
A coisa pega ainda mais se estiver ocupando um alto posto, sem chances para ninguém, pois sabe que irá impor suas vontades, suas ideias, manipular e enganar quem estiver ao seu redor para, a qualquer custo, atingir seus objetivos.
 Não tem jeito, o cara gosta de aparecer como  se necessita-se de que as outras pessoas lhe dessem um sinal de aprovação. Acabam não se valorizando como poderiam e deveriam, se expondo além da conta.
Ah! Mas tem o sujeito que tem a autoestima lá em cima, daí fica tranquilo, tem luz própria e, naturalmente, sem forçar a barra, chama a atenção de todos.
Esse tem personalidade, as pessoas gostam do jeitão que ele é e, meus amigos, é isso que vale a pena e torna nosso dia a dia bem melhor.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Tininho chegou lá:



Não tinha tempo ruim para o Tininho. Podia estar o maior sol, calor de 40 graus ou então uma chuva daquelas, com um frio de vento sul. Lá estava o Tininho acompanhado de sua melhor amiga, a bola.
O lugar onde morava era distante de tudo e, apesar de sua mãe dar sempre força a apoio, não cansava de repetir que ele não teria oportunidade de jogar futebol. Mas Tininho era teimoso, não desistia, ia em frente e tinha certeza que iria se dar bem.
Passou o tempo e, num certo dia, chegou um senhor, apaixonado por esportes, disposto a montar uma escolinha de futebol para a molecada. Era a chance para Tininho participar da escolinha do seu Valter.
E não deu nem tempo. Tininho com sua bola apresentou-se ao novo comandante, seu Valter; junto com ele, outros vieram, a turma crescendo, os treinos acontecendo, muita animação e determinação. Conseguiram do seu Manoel, dono da padaria, um uniforme meio surrado, mas que dava pro gasto.
Os pais incentivando durante os treinos e o técnico, seu Valter, era um cara mais que especial, que tinha amor por seus alunos.
A molecada queria jogar a sério, participar de uma competição e o seu Valter, prontamente atendeu ao pedido. Convidou uma equipe da cidade mais próxima e o tão sonhado torneio iria acontecer.
No domingo seria realizada a competição e Tininho custou para dormir na noite anterior, planejando as jogadas que faria, sonhou com um golaço de falta no contra pé do goleiro e correndo pro abraço dos amigos.
O Sol nascendo e Tininho já está de pé, toma um bom banho, um café reforçado, capricha no visual e, de bicicleta, segue rumo ao campo do jogo. O velho campo havia recebido um tratamento especial, grama cortada, as traves com uma nova mão de tinta, tudo pronto para o grande jogo dos alunos do seu Valter.
Hora do jogo, seu Valter chama o time pra roda, faz sua preleção e pede empenho aos atletas. Apita o juiz, Duque, que é motorista do ônibus escolar e sem essa de estudar o adversário. Tininho grita com o time, o goleiro lança a bola, o lateral domina com classe, parte pra cima de seu marcador, dribla com facilidade, cruza com perfeição, Tininho mata no peito e num sem pulo sensacional, coloca a bola na gaveta, onde a coruja dorme como diria o locutor de rádio.
A partida segue, o time do seu Valter domina tranquilamente o adversário e Tininho é o grande destaque após os 4 x 0 no apito final.
Encostado no alambrado do campo, seu Artur observava o moleque habilidoso, com grandes jogadas, além da determinação na marcação do adversário. Era apenas o início.
Tininho participou de várias competições nas categorias de base, passou numa peneira de um grande clube, foi para o profissional e, sempre com muita dedicação, perseverança e respeito, teve uma carreira de sucesso nos gramados e no final do ano passado, transferiu-se para o Barcelona.
Mesmo com todo esse sucesso, tem uma coisa que Tininho sempre se lembra  muito bem e a todo momento. O apoio e a dedicação que tiveram a sua mãe e o seu Valter.
BOCHA DE PORTO BELO É CAMPEÃ:

A equipe de bocha de Porto Belo, participou do Torneio Intermunicipal, realizado no último domingo, dia 13-07, na Cancha Municipal de Itajaí.Participaram da competição, equipes de São José, Balneário Camboriú, Itajaí, Camboriú, Florianópolis e Porto Belo.
Os atletas de Porto Belo, Hermes, João, Pedro, Jucioni, Alemão e Milton, superaram Florianópolis pelo placar de 24 x 20, conquistando o título.

terça-feira, 7 de julho de 2015

A CULPA É DO JUIZ:



Juiz ladrão!!! Não vale nada. Arranjou um pênalti para o adversário aos 45’ do segundo tempo. O cara caiu fora da área e olha que o zagueiro nem encostou nele. Jogou-se na cara dura.
Nem bem começa a partida e o coitado do juiz já sofre com o torcedor, que sempre se lembra de um lance que aconteceu há um tempão. Foi “aquele” juiz que arrancou o título do meu time. E não quer nem saber que nesse jogo, o técnico errou na escalação, o zagueiro falhou feio ou o goleiro levou um tremendo frango.
A culpa é do juiz. Mas ele não é infalível e claro que pode errar. Só que o torcedor acha que ele é pago pra ver tudo e com mais precisão que as inúmeras câmeras que gravam todos os detalhes dos lances do jogo.
E as 17 regras, essas então, tem muito torcedor, jogador e técnico que não tem conhecimento de como devem ser  interpretadas. Querem ganhar, não importa como. E tem aquele time que não joga nada, com onze pernas de pau, mas acreditam que podem chegar pra disputar a Libertadores.
Alegam que é perseguição do juiz, que foram injustiçados e por aí vai.
O futebol está sempre envolvido nessas situações de paixões incontroladas. Ninguém gosta de perder e quando isso acontece, quase sempre tem aquele lance que o juiz teve culpa.
O juiz não pode ser um ditador que faz o que bem entende com seu apito, interpretando as regras de acordo com a sua vontade. E nem pode ser um torcedor fanático, senão vai se dar mal.
Quando alguém escolhe ser juiz, tem plena consciência de suas obrigações e dos problemas que irá enfrentar. Há um grande tribunal que são as torcidas dos clubes, muito exigentes, fanáticas e sempre dispostas a criticar.
Dentro de campo, o juiz é autoridade máxima, ele é quem  manda mas também deve evitar decisões que possam prejudicar uma das duas equipes.
Tem que estar preparado para receber tanto aplausos como as vaias que chegam das arquibancadas. E mesmo assim, estar convicto de suas decisões durante a partida.
Para o torcedor não tem bom ou mau juiz. Tem o sujeito que fez o seu time perder. E esse mesmo juiz, na semana que vem, poderá fazer o mesmo time ganhar.
Pois é assim, um dia, o melhor do mundo e no outro dia, o maior ladrão. Vida dura de juiz.

FORMANDOS DO CURSO DE VELA EM PORTO BELO

   







  Parabéns aos formandos da 1ª turma do Curso de Vela, realizado no Iate Clube de Porto Belo, em parceria com a Prefeitura de Porto Belo.
As aulas que são ministradas pelo Professor Leo com os seguintes alunos:

Davi, Kaian Matheus, João Manoel, Angelo Gabriel, Jan Carlo, Sofia, Gustavo, Victor Matheus, Adriel, Aurélio, Gabrielli e Amanda.

SUL ATLÂNTICO NA SEMI FINAL DO VOLEIBOL EM SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA:




A equipe do Sul Atlântico, que representa Porto Belo no Campeonato Intermunicipal de Voleibol Adulto , em São Pedro de Alcântara, está na semi final da competição, quando enfrentará a equipe de Santo Amaro da imperatriz.
Na fase de classificação, superou as equipes de Biguaçu por 3 x2 e São José por  3 x 0. A semi final  será dia 25/07, sob o comando do técnico Clovis Jr., com os atletas Klaus Alemão, Zezinho,  Vini, André, Lele, Gabriel, Leandro, João, Nando, Leo, Lucas. Luis e Alessandro.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

O MUNDO É DOS ESPERTOS





Não adianta!!! É sempre a mesma e velha desculpa. Opa, opa!!! Só tenho cinco minutos para bater o ponto no emprego e esse monte de contas para pagar. Quando alguém percebe, lá está ele, o espertinho no caixa, todo faceiro.
Tudo bem que num primeiro momento, essa forma de agir com esperteza foi produtiva para ele, afinal ganhou tempo, mesmo que passando por cima dos outros.
O mundo é dos espertos. Se quer ficar fora dessa, não embarcar no trem da alegria e , ainda assim, acreditar que a honestidade e a ética tem prioridade, então siga o seu caminho. Mesmo que leve mais tempo para chegar onde deseja, ao menos, te garanto, terá um sono bem mais tranquilo.
A  rasteira, quando menos se espera, chega de sopetão e um dia a casa cai. Por um tempo eles se sentem mais seguros mas , no final, ninguém sai impune.
Não é preciso aproveitar-se de ações em seu benefício para ser esperto.
A não ser que você ache que furar uma fila ou enganar alguém são atitudes inteligentes. Em caso positivo, vá em frente e viva feliz e satisfeito com a sua “ esperteza”, mas tome cuidado pois o tombo é grande.
Mas se tem consciência que ser esperto é algo mais importante, ocupando um degrau mais alto da dignidade, onde todos, sem distinção, possam ser beneficiados, então, com toda certeza, você é um cara inteligente.
Faça o bem, não importa para quem, seja equilibrado em suas atitudes e saiba fazer suas escolhas.
Se a intenção é passar a perna no cara que está ao seu lado, prometer com falsas vantagens, pode esperar porque toda ação, e você sabe muito bem, carrega junto uma reação. Seguuuuraaa!!!!
Seja consciente na hora de agir, senão volta tudo pra cima de você.
Uns se consideram melhores que outros, o que alimenta a ideia de que possam usar os outros para sobreviverem, mas a franqueza, a cooperação e a honestidade superam esses atos.
Ninguém é melhor do que ninguém.
Mesmo com todos os êxitos que os pretensos espertos consigam atingir, continuo acreditando que a "esperteza" nunca estará 'a frente da inteligência do homem.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

O PODEROSO PODER




Que bicho complicado que é o homem. E quando dão poder para ele, daí a coisa pode complicar.
E vem ‘a mente uma frase bem batida. O poder não corrompe o homem e sim, o homem corrompe o poder. Sabe aquele cara que varre a casa e joga o lixo pra debaixo do tapete?
O poder não é perigoso, mas se você não souber usá-lo de maneira adequada, não tem jeito e vai te incomodar. Se você tem poder, subentende-se que tenha capacidade para realizar algo.
A maneira como você reage aos seus pensamentos, a responsabilidade que tem pelas suas atitudes e, assim, influenciar outras pessoas.
Daí pra frente, os atos passam a ser preocupantes no instante que sua cabeça começa a dar voltas e resolve aproveitar-se desse poder que se torna problemático.
Mas tem situações que podemos explicar esse tal poder. Tem o papel da mãe e do professor. Eles procuram controlar as crianças, observando o que estão fazendo, se estão alimentando-se de forma correta, sempre buscando equilibrar seus sentimentos. Esse tipo de poder não corrompe, pois tem a finalidade de melhorar a vida dessas pessoas.
O poder sozinho não tem força, mas dê poder ‘as pessoas e, num passe de mágica, elas se transformam em super- homens, tudo muda de figura, a Bela e a Fera, entende?
Quem controla a forma como o poder será  conduzido, são as pessoas. Se ele será produtivo, para o bem ou servirá para prejudicar  alguém, passando rasteira em quem vem pela frente, com certeza, é você quem irá decidir.

E não venha tentar me convencer que o poder corrompe as pessoas, servindo como desculpa para quem é corrupto. Poxa!!! Desculpem-me, meus amigos. Foi o poder que me fez agir dessa forma.  Não cola mesmo.
Você quer ser aquele que pretende ganhar o jogo de qualquer jeito, que atropela as pessoas e não tá nem aí? Ou prefere trilhar outro caminho, mais correto, com ideias criativas, trabalhando com eficiência, objetivando o bem comum para todos?