É ISSO AÍ, PSIT!!!!

Hoje vou viver o dia, o meu dia, sem tentar resolver os problemas de uma vida inteira. Vou sentir-me feliz, tão feliz quanto eu resolva ser.farei um benefício a alguém, sem precisar contar nada a ninguém e se alguém me magoar, não direi a ninguém.
Não terei pressa e nem serei indeciso. Não terei medo. Serei, com certeza, feliz.
E amanhã, farei tudo novamente.

É PRA JÁ!!!!

Estava eu assistindo aos noticiários na televisão sobre a morte do Chico Anísio, comentaristas relembrando os brilhantes personagens que encantaram a todos, jornalistas entrevistando familiares, amigos e pessoas que caminhavam pelas ruas, todos fãs incondicionais do grande Chico, relembrando seus bordões...e o salário, ó, enfim, histórias contadas e recontadas sobre a trajetória de sua vida, mestre em fazer graça, o cearense que veio lá de Maranguape, no Ceará e tomou conta do mundo com seu inigualável talento.

E as homenagens sendo feitas em todos os cantos do país, entrevistas que surpreendiam pela simplicidade, franqueza e sempre com uma tirada de humor que levava o público ‘as gargalhadas.

E tudo isso com o homem, o artista ainda vivo, presente com a sua graça no nosso dia a dia, nos fazendo rir e deixando o dia mais leve e mais feliz.

Chico Anísio e outros, infelizmente, são exceções em terem a chance de serem reconhecidos na plenitude de suas vidas. Normalmente o que acontece é que a pessoa termine sua missão aqui entre nós e daí, comecem a chover as homenagens, as honrarias... ah!! como ele era bom e por aí vai.

Quero me reservar somente ‘as pessoas que vivem aqui em Porto Belo. Tantos que já partiram e, desculpe a franqueza, só foram reverenciados durante o velório ou então, posteriormente, ganhando um nome de rua, de escola, praça.

E quer saber??? Não custa nada e não dói nem um pouco. Quando você estiver caminhando próximo ao posto de gasolina e ao posto de saúde  aqui no centro de Porto Belo, ali do outro lado da rua, uma casa de esquina  e vai observar uma senhora super simpática, que já passou dos 90, mas sempre com um espírito jovial; por favor, dê uma paradinha em frente ao portão e diga...BOM DIA, D. RISOLETA. Pode ter certeza, tanto ela como você vai ganhar o dia.

E se numa dessas idas e vindas ao mercado ou padaria, quem sabe dá de frente com o SEU VADINHO; não hesite, pare e pode falar mais alto que o normal. BOA TARDE SEU VADINHO. Ele pode até não te reconhecer, mas siga adiante, repita o boa tarde um pouco mais se for preciso e diga o seu nome. SEU VADINHO, sou eu, o Vadão. Vai parecer conversa de louco, com os gritos indo e vindo, mas, meu amigo, vai valer muito a pena e como vai.

E por aí, vai. Na sombra gostosa do jambolão, lembranças do velho pescador, SEU ARGINO, que faz bem para os nossos corações. E o SEU NABOR, então. É conversa pra mais de metro que nos cativa, querendo mais.

Pode ser logo de manhã ou depois do almoço, não tem jeito, lá está ele, caminhando ou batendo uma prosa, sentado no banco das lojinhas de artesanato e da livraria. SEU DEDÉ, firme forte.

E, sempre elegante, com sua caminhada diária e acenando a todos que por ele passam, um caloroso bom dia, O SEU MÁRIO SERPA, de tantas histórias e realizações por Porto Belo.

Como não se lembrar da D. ALTAIR, sempre a postos na velha padaria e observando quem passa na rua. Você pode até não querer comprar um  pãozinho, mas entre pela porta lateral e deseje um bom dia ou então fique mais um pouco, escutando boas histórias de antigamente.

E lá vem ele, com sua inseparável bicicleta, olhando para os lados para ver se acha alguma latinha e o bom dia vem fácil...bom dia, SEU DEGO e ele seguindo seu caminho.

Vinha caminhando e conversando com ele agora de manhã e, com quase toda certeza, ele estava indo ao Zoni. Fez 85 anos no último dia e tá sempre numa estica. Como ele mesmo diz, tenho que me cuidar, certo? É isso aí, SEU ROBERTO.

Ah!!!!! Essa pessoa é muito especial para mim, desde que cheguei a Porto Belo. Foi minha segunda mãe, mulher forte, apesar dos percalços da vida, a D. MARIA ALTIVA da Vila Mateus vale ouro.

Eu poderia ficar aqui por mais tempo, lembrando-se de outras pessoas que enriquecem nosso dia a dia, mas o mais importante, sem dúvida alguma, é que nada melhor que uma boa conversa para aquecer nossos corações.

Não deixe para amanhã e faça sua homenagem agora. E se lembrar de mais alguém, é só me falar, que será mais um para ser lembrado.

É MENTIRA!!!!!

A culpa é do Carlos, que um dia foi rei da França. Ele mandava e desmandava e não queria nem saber. O rei Carlos mudou tudo e dali em diante, o ano novo seria comemorado no dia primeiro de janeiro, embora muitos de seus súditos tenham resistido 'a mudança e continuaram seguindo o calendário antigo com o início do ano em primeiro de abril.

Pronto, estava armada a confusão, um pegando no pé do outro, os convites sendo feitos para festas que não iriam acontecer, gozações, brincadeiras, fatos que de fato não existiam, enfim, todos querendo enganar alguém e dar uma boa risada.

Aqui no Brasil, foi lançado em Minas Gerais, um jornal em 01/04/1828, que durou pouco, por sinal. Chamava-se “A Mentira" e publicou em sua primeira edição o falecimento de D. Pedro I, sendo devidamente desmentido no dia seguinte.

Você já deve ter escutado que a mentira tem perna curta e quanto mais longa a explicação, maior será a mentira.

Acontece de tudo. Dinheiro fácil, produtos milagrosos, fofocas de personalidades sobre separações, mortes ou fotos comprometedoras. E tem as famosas correntes que se você não passar adiante, se cuida, pois estará em perigo.

Na política então é um prato cheio. Infelizmente o nariz do mentiroso não cresce para nos alertar e acabamos embarcando numa canoa furada.

E o esporte não foge 'a regra.

Em 1951, o São Paulo F.C. havia sido derrotado pelo Palmeiras e, assim, perdeu a chance de tornar-se tri campeão paulista. Seus dirigentes resolveram programar uma excursão pela Europa para deixar a tristeza para trás.

Diretamente de Milão, O São Paulo enfrentaria o Milan, num domingo, 01/04/1951. A rádio Pan- Americana de São Paulo, atual Jovem Pan, iria transmitir esse jogão ao vivo.

A partida tem início, o comentarista faz duras críticas ao juiz, afirma que ele está roubando descaradamente e que tudo está armado para os italianos.

Quase fim de jogo e a voz marcante do locutor Geraldo José de Almeida anuncia, para decepção dos torcedores tricolores, um massacrante 4 X 0 para a equipe do Milan. Sem esperar, a linha de transmissão cai e todos os ouvintes que acompanhavam a transmissão ficam sem saber como havia terminado o jogo.

O tal jogo nunca aconteceu. O dono da rádio havia cedido a garagem de sua casa em São Paulo para a falsa transmissão e ninguém sabia do plano, tanto que no dia seguinte, jornais brasileiros deram a notícia da goleada do Milan em cima do São Paulo.

A rádio informou que toda aquela encenação tratava-se de uma brincadeira do dia da mentira e ainda por cima, divertiram-se com a " barriga" de seus concorrentes que anunciaram o falso jogo. Esse episódio, de uma certa forma, serviu para comprovar que, após o rádio ter iniciado as transmissões em tempo real dos jogos de futebol, os jornais passaram a utilizar todas as informações radiofônicas.

E querem saber da última? O Palmeiras está trazendo o Messi, Cristiano Ronaldo fará dupla com Alecsandro no Vasco e o Corinthians, finalmente, conquista a Libertadores. Tem mais...Ronaldinho e Adriano arrebentam no Barcelona.

Acreditem se quiser.

SILVINHA, A NETA DO SEU VALTER

Silvinha!!! A neta do seu Valter e da D.Nelsi, a filha da |Preta e do Evaldo que conheci ainda menina, hoje uma moça que resolveu dar saltos mais largos além de nossa Porto Belo.

Eu era o professor de Educação Física no Colégio estadual Tiradentes e, embora lecionasse para a turma do masculino, uma menina chamava a atenção pela vontade e habilidade na prática de esportes.

Aliadas a essas características, outras qualidades estavam presentes em seu espírito. Os movimentos saíam fáceis, os fundamentos de um determinado esporte eram aplicados naturalmente como se ela já tivesse muita experiência.

Um passe de peito, a bola quicada no chão, a passada para a bandeja e...cesta!!! Bastavam alguns momentos, olhos atentos observando atentamente e a execução dos movimentos tornava-se uma moleza.

Certa vez, durante as aulas de Educação Física, improvisei uma pista de atletismo entre as duas alas das salas de aula do Tiradentes. Chão batido, talvez uns 25, 30 metros de comprimento, sem raias para delimitar o espaço dos alunos e todos aguardando ansiosamente a vez, meninos e meninas, todos participando, aquela comemoração pelo melhor tempo a cada bateria e ela, irrequieta, aguardando a sua vez.

O professor chama Silvinha e mais outras meninas, aos seus lugares, pronto e...bip,bip, ela não decepcionava, disparava na frente e chegava com folga, inclusive, fazendo um tempo melhor do que muitos meninos.

Mas gostava mesmo era de jogar voleibol. Mesmo não sendo muito alta, tinha uma boa impulsão e a sua determinação proporcionava grandes jogadas, dominando bem os fundamentos, defendendo com precisão, um bom toque de bola e subindo para as cortadas.

Ela gostava do que fazia, vibrava e ficava brava quando a jogada não saía e isso é fundamental em nossas vidas. Gostar do que fazemos e tentar sempre fazer melhor.

Acho que foi a mãe dela, a Preta, que me deu a notícia. A Silvinha havia passado no vestibular e iria cursar Educação Física em Joinville. Fiquei super contente e tinha certeza que seria uma excelente profissional. Mas passou um tempo e ela resolveu mudar de planos e da Educação Física passou para o curso de Direito, das quadras para um escritório. E querem saber? Não importa o curso ou tipo de trabalho que ela esteja exercendo. Acredito que pela sua determinação que acompanhei de perto por tanto tempo, tudo que a Silvinha fizer será de forma correta e com competência.

A Silvinha é assim mesmo. Guerreira em seus objetivos, amiga de seus amigos e com uma forte personalidade que, quando preciso, não hesita em declarar suas opiniões, sempre acompanhadas de argumentos contundentes.

A Silvinha pode estar numa quadra de voleibol, mostrando seu talento ou então exercendo sua profissão num escritório, podem ter certeza absoluta que ela terá uma atuação brilhante, com garra, com perseverança, defendendo seus companheiros e sempre brigando por um melhor resultado possível.

É HOJE!!!

                                                           
Aquele dia de verão. O Sol nascendo, o dia lindo, céu azul de brigadeiro. Não tem como estragar o domingão que vinha por aí.
O cachorro do vizinho late sem parar, o gato equilibra-se para não virar refeição logo no café da manhã.
Betina, adolescente, prepara todo o ritual para um banho de sol, cadeira, canga, bronzeador, óculos. Na segunda feira, na aula, poderá mostrar, toda orgulhosa, as marcas do biquíni para suas amigas. Deita-se e liga o som no volume máximo.
Do outro lado da rua, a molecada fazendo firulas com suas bicicletas e muita gritaria.
Tô nem aí para essa confusão. Tomo um belo café da manhã e já prevejo que o dia será especial.
E vem aquela agonia. A espera, a expectativa, a esperança. Volto no tempo, primeiro dia de aula, tudo novo, gente que nunca vi mais gordo, cheio de mistérios.
Mas, peraí. Poxa!! Não sou mais criança. Cresci e sem essa de ficar com medo e todo preocupado.
Sei que vou tirar de letra e vai ser moleza.
Hora do almoço, o churrasco em ponto de bala e...lá vem ela de novo. Essa agonia me persegue. Não precisa ficar repetindo, pois já sei que é daqui a pouco.
Lá vou eu, finalmente. Caminho até o ponto de ônibus ,encontro a turma, todos brincando, relaxados. Relaxados?? Todo mundo com os nervos ‘a flor da pele e não escapa um.
Uma pipoca feita na hora, aquele picolé esperto, descendo a escadaria, acomodados em nossos lugares.
Não tem mais volta. As equipes entrando em campo, o árbitro apita o início do jogo.
E que vença o melhor, desde que seja o meu time, claro.

O MALUCO DA NATAÇÃO

Ah!!! Cê tá maluco...ah!!! cê tá maluco!!! Bem que poderia ser o grito de guerra da torcida na arquibancada, mas engano seu. O maluco era o cara que colocou na cabeça que realizaria uma Travessia da Ilha de Porto Belo até a praia.
Ano de 1993. No tempo em que a Ilha João da Cunha, além, é claro, de suas belezas naturais, era invadida por campistas, barracas e lixo por todos os lados.
Mas não quis nem saber e foi em frente. O resultado que ia dar, nem imaginava, mas sonhava e isso vale muito a pena!!! Na base do boca a boca, começou a divulgação da prova, mas inscrição que é bom, nada e o dia aproximando-se.
E não é que apareceram 16 participantes que resolveram colaborar com o maluco. Numa conversa com os pescadores locais, conseguimos com que eles transportassem os atletas até a Ilha, onde seria dada a largada da Primeira Travessia Ilha João da Cunha.
Lá foram eles e enquanto isso, a equipe da organização preparava a premiação, testava o som, arrumava o melhor local para colocação do pódio e tudo mais.
É dada a largada da prova, tudo correndo bem até que um pescador nos alerta que um dos participantes havia confundido o percurso e seguia rumo ao Araçá. Lá foi o barco para resgatá-lo sem maiores problemas. Depois ficamos sabendo que o atleta que havia se desorientado era um turista argentino.
Quem diria? Logo na primeira edição da Travessia e ela já se tornava uma competição internacional.
Os atletas vão aproximando-se da chegada, na praia e quem vem na liderança é um tal de Marcelo Amin, seguido pelos seus primos que tem casa em Porto Belo, Gustavo, André e Henrique. Mas o tal do Marcelo levou folgado.
Na hora da premiação vieram me falar que ele já praticava natação há muito tempo, tanto é que se tornou tri campeão da Travessia Ilha de Porto Belo em 1993/94/95.
Debaixo do Jambolão, eu no microfone tentando fazer a locução da prova, os atletas chegando sem maiores problemas, hora da premiação, o Ginho sempre junto, ajudando no que fosse possível e um senhor, homem simples estava lá, aguardando o término da prova. Na época era vereador e, embora o convite tenha sido feito para todos os vereadores, somente ele estava lá e com justiça, participou na entrega da premiação da prova, parabenizando aos atletas e ‘a equipe de organização.
Lembro que em 2001, na Nona edição da Travessia Ilha de Porto Belo e Primeiro Troféu Jasmine Ilha de Porto Belo, a prova teve a participação de cerca de 1000 atletas, sendo considerado um dos maiores eventos de natação de Santa Catarina. Nos dois dias de provas, os vencedores foram Gustavo Schloesser e Patrícia Campos Soares, ambos do Clube Doze de Agosto, em Fpolis e a nossa atleta local, representando Porto Belo, IRANY ORNELLAS, chegando na 17 colocação geral e campeã em sua categoria.
No final de tudo, a maluquice deu certo. E deu tão certo que vem aí a Vigésima Edição da Travessia Ilha de Porto Belo, sempre com o apoio da Secretaria de Esportes e tendo ‘a frente o nosso tricampeão da prova, Marcelo Amin que se tornou meu amigo e que vem já há muito tempo dando braçadas perfeitas na organização da Travessia Ilha de Porto Belo.