segunda-feira, 6 de junho de 2011

QUE TAL UM JOGUINHO?

Cansaço, contusões de atletas e o técnico reclamando do calendário brasileiro. Tempo para treinar? Nem pensar... são jogos e mais jogos, onde toda partida é uma decisão, as viagens são longas, Copa do Brasil, campeonato brasileiro, Libertadores, atletas que são peças chaves em suas equipes, sofrem contusões e são desfalques certos, isso, sem contar com essas convocações para amistosos da Seleção, que tem o objetivo de encher, ainda mais, os bolsos da FIFA.
Mas podemos interpretar essas questões sob outro  olhar. O técnico disse que o time adversário não lhe pareceu cansado; achou até que ele estava com ótima disposição. Claro! Se ele admite que jogue com um time extenuado, caso vença a partida, a vitória será desvalorizada, era uma galinha morta. E se perder, é vexame na certa.
Mas como? São jogadores jovens, tem ótimos salários, alimentam-se do bom e do melhor, então, que mal tem em jogar duas vezes por semana? Voltamos no tempo e relembramos dos jogadores do passado, que também tinham um calendário corrido, mas não havia essas frescuras. Porém, nos esquecemos de que as exigências físicas do futebol atual são muito maiores.
É óbvio que se joga demais no Brasil, mas isso acontece em toda parte do mundo. Na roda de amigos, é comum afirmar que o calendário brasileiro é criminoso, enquanto que na Europa, é racional.na verdade, ambos são intensos, pois lá temos os campeonatos nacionais, em turno e returno, a Liga dos Campeões, eliminatórias da Eurocopa.
Joga-se demais e treina-se quase nada. Não há tréguas para descanso e o corpo, apesar de jovem e com vigor, não é uma máquina. Com essa sobrecarga, as equipes, salvo algumas exceções, não rendem o  que poderiam render e o nível técnico cai.
Eis que entram em campo, os donos da sala e estão pouco ligando para isso. O futebol está cada vez mais caro e precisa ser financiado por essa maratona de jogos. A freqüência de público, as televisões transmitindo ao vivo, a venda de todo tipo de produto das equipes, tudo é válido para ganhar dinheiro.
É a regra do jogo. Até as pré temporadas, que deveriam servir para uma preparação adequada das equipes, tornaram-se espetáculos para o público internacional, em busca do maior lucro possível.
Algumas medidas para minimizar os efeitos dessa loucura, poderiam ser tomadas, mas, como dizem alguns técnicos, de nada adianta ficar falando que está errado, porque ninguém vai fazer nada.
O futebol virou um grande negócio, A bola tem que estar sempre rolando para a grana estar sempre girando e cada vez mais rápido.

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