quarta-feira, 18 de abril de 2012

O DIA EM QUE A GUERRA PAROU


Centenário do Santos. Jornais, revistas, programas de rádio e televisão, todos eles comentando sobre essa fantástica equipe que fez e faz história.
E não tem como não associar o Santos ao nome de Pelé. Até mesmo para quem não gosta de futebol, duvido que não tenha dado uma espiadinha nas jogadas geniais de Pelé.
A genialidade dele foi além dos campos de futebol em qualquer parte do mundo. Todos paravam para ver Pelé e ele como ator principal, juntamente com um elenco maravilhoso de coadjuvantes, por onde o Santos passasse, era certeza de um show inesquecível.
Mais importante que os dribles desconcertantes, os passes certeiros, as cabeçadas mortíferas, os gols mágicos, o Santos de Pelé levava a paz aos povos.
Final da década de 60 e o Santos faria uma excursão pelos gramados da África, tendo como objetivo a divulgação de sua marca , encantando a todos com um belo futebol.
A primeira parada seria no antigo Congo Belga, hoje denominado de República Democrática do Congo, onde realizariam uma partida, porém o país enfrentava uma acirrada guerra civil, com os militares que estavam no poder travando violentos combates com os rebeldes.
Mas o povo, tendo conhecimento que o poderoso Santos de Pelé estaria na casa deles, não queria perder esse jogo de forma alguma. Não tinha jeito. Os rebeldes declararam um cessar fogo, mas impuseram uma condição. Além daquele jogo já programado, o Santos teria que entrar em campo mais duas vezes.
Sem muita escolha, aceitaram a proposta e, acreditem, foram escoltados pelos militares e pelos rebeldes até o hotel e, posteriormente, até o Estádio.
Por alguns dias, o Santos de Pelé decretou a paz naquele país. Nada de tiros ou bombas explodindo pelas ruas. Somente gritos e muito barulho da fanática torcida africana, maravilhada pelas jogadas geniais de Pelé e companhia.
Foi uma semana de paz, onde muitos não sabiam do real significado dessa palavra. Pelé declarou que esse acontecimento foi um de seus maiores gols de placa.
Demonstrou que o esporte ultrapassa fronteiras, passa por cima dos preconceitos e, acima de tudo, busca a paz entre os povos.

Um comentário:

  1. Uma pena, Vadão, que o mesmo futebol que para momentaneamente uma guerra, inspira (serve de desculpa) para brigas que acabam em morte. Culpa do futebol? Obviamente, não! Grande time, esse do Santos, assim como o atual, motivo de preocupação para nós, que somos torcedores adversários. Abraço!

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