domingo, 18 de setembro de 2011

O PODER DA TORCIDA ORGANIZADA

Um conjunto de adeptos de um clube esportivo que seguem uma ordem, com lógica e coerência poderia ser uma definição de torcida organizada.
Embora possa haver exceções, as torcidas organizadas, atualmente, são grupos que só querem mesmo é confronto, brigar com os torcedores rivais, agredirem jogadores e dirigentes, mandando e desmandando e não acontecendo nada.
Em outros países, muitas torcidas se manifestam através de uma cultura de combate, São bandeiras, brasões, cantos que unem os torcedores para um enfrentamento, principalmente, com os principais rivais.
Na Grécia, Turquia, Sérvia, Rússia, entre outros, os clássicos apresentam um grau extremo de violência, fora e dentro de campo. Além da rivalidade esportiva, há questões históricas, religiosas, ideológicas e territoriais que esquentam esses confrontos, onde esses grupos transformam seus clubes em representantes de uma causa, colocando-se como fiéis soldados.
Quando assistimos a jogos que envolvam equipes argentinas, os torcedores hermanos são a alma da equipe, gritando o tempo todo, cantando, as bandeiras tremulando, o papel picado espalhando pelo estádio, proporcionando um grande espetáculo.. Na América Latina, além da parte do espetáculo, temos os grupos que se infiltram, visando lucros e poder, incitando a violência.
No Brasil, a fiscalização tem sido mais atuante e medidas preventivas como a venda antecipada de ingressos e identificação dos torcedores nos estádios, minimizaram os casos de violência, embora, muitas vezes, a lentidão da justiça e a impunidade dos infratores, nos mostra que há muita pedra pelo caminho.
Segundo alguns historiadores, a primeira torcida organizada do Flamengo foi criada em 1942, pelo baiano Jaime de Carvalho, sendo denominado de charanga, pelo fato de seus torcedores irem a campo munido de instrumentos musicais para enriquecer o espetáculo.
Na década de 70, há um crescimento das torcidas, resultando no aumento de brigas, porém, revelando o reconhecimento de lideranças, que foram se politizando, unindo-se e, dessa forma, reivindicando junto às federações, interesses comuns em prol do futebol.
A violência precisa ser combatida através de políticas mais eficientes. O medo de ir ao estádio ainda ronda a maioria das pessoas. As Federações têm procurado em parceria com a Polícia Militar, garantir melhores condições quanto a estrutura e assim, assegurar o acesso e a saída do estádio, bem como durante a partida e, tudo isso tem apresentado melhorias consideráveis, permitindo uma maior segurança para que o torcedor possa acompanhar sua equipe mais de perto.

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