segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A MAGIA DO FUTEBOL DE VÁRZEA

Alguns dizem que surgiu na França, nos tempos da Revolução, onde, somente os nobres podiam participar e para não sujar suas roupas, ao invés de buscarem o controle da bola, corriam dela.
Até que um ferreiro, Luc Varzean, mudou a forma do jogo e, assim, as pessoas enrolavam pedaços de pano que se transformavam em “bolas” e todo mundo participava da brincadeira.
No início do século passado, o Brasil ainda não era coberto por uma selva de pedra e os terrenos invadidos pelo mato eram perfeitos para mais um campinho de várzea.
Os campos eram improvisados, sem tamanho definido, nem sempre plano e podia ter  o time de cima conta o time de baixo, o gramado dava lugar  a muito mato, cercado de barro por todos os lados, tendo os buracos como obstáculos.
Dependendo do espaço, definia-se o número de jogadores, sendo a escolha por amizade ou no par ou ímpar e a duração do jogo levava em conta o condicionamento físico das equipes.
E o juiz?  Se não aparecesse um que quisesse apitar, as faltas eram marcadas no grito mesmo.
Após os jogos, tinha sempre um churrasco e cerveja aguardando os atletas e o melhor de tudo era ouvir as histórias de alguns ex atletas que foram profissionais e relembravam seus momentos de glória.
Mesmo com o fim dos campos de várzea, o futebol amador continua forte. Basta dar uma volta por aí, nos finais de semana e sempre passará por um campo de futebol, com belos gramados e outros, nem tanto, que sobrevivem graças ao esforço de pessoas abnegadas pelo esporte.
Talvez, uma das atrações desses jogos, seja um possível encontro de jogadores amadores, de atletas profissionais de folga, de ex atletas consagrados que matam as saudades dos velhos tempos e também daqueles que tentaram uma carreira profissional, porém, não vingaram e no futebol amador, complementam no orçamento familiar.
O perfil desses atletas não muda muito, Vão com agasalhos ou mochila de uma equipe profissional e, mesmo não apresentando um bom preparo físico, ainda assim, são diferenciados dentro de campo. E  após os jogos,  aquele  churrasco e cerveja aguardando os atletas e o melhor de tudo, poder ouvir as suas  histórias relembrando seus momentos de glória.

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