sábado, 9 de abril de 2011

ALEMÃO, TAMBÉM CONHECIDO COMO KLAUS

 Ainda lembro bem quando ele chegava para a aula, sempre acompanhado pela mãe, uniforme impecável e aparência tranqüila. Não sou nenhum vidente, mas eu já antevia que o Alemãozinho seria um cara especial.

      E 30 anos se passaram e não é que o Alemãozinho cresceu, transformou-se no Alemão, mas, o mais importante, sempre com o mesmo jeito de ser, a sogra que todo mundo sonha em ter como genro.

     Sempre muito estudioso bom aluno, brincalhão e fanático por esportes; alguns dizem que foi certo professor que o colocou no bom caminho, mas ele sempre foi muito determinado naquilo que queria.

Onde tinha uma bola rolando, sendo chutada ou arremessada, lá estava ele. Jogo no intervalo de aula, na velha e boa quadra de cimento áspero do colégio, um torneio no final de semana ou um rachão no Baixio, podia entrar jogando ou estar, pacientemente , no banco de reservas, o Alemão não queria nem saber e vibrava mais que todos.

Após as aulas, permanecia no colégio, treinando, treinando, levando boladas, mas nem pensar em parar, os braços e peitos vermelhos de tanta pancada, só o incentivavam para melhorar cada vez mais.

 Dizem que o goleiro tem que ser meio louco. O Alemão era louco inteiro e, com certeza, muito corajoso. Além do futebol, ele também acompanhava os mais velhos em jogos de voleibol, mas a estatura só permitia que ele fosse como levantador e, mesmo assim, na reserva. Mas alguém já previa...olha o pretenso vidente de volta...que ele seria um grande jogador.

Quem não o conhece e pensa que ele é calmo, tranqüilo, que vá enfrentá-lo ou, até mesmo, jogar na mesma equipe que ele. O cara transforma-se e vira um bicho, grita o tempo todo, pede garra, bola perdida, nem pensar e, após uma indefensável cortada, é como se seu olhar falasse... CHUUUUUUPAAAAAA!!!!!!!.

No futebol, então, haja algodão nos ouvidos dos zagueiros, pois com o Alemão não tem trégua. E se acontece uma defesa milagrosa, daí não tem quem segure a fera.

É um cara bom de coração, amigão mesmo e de caráter irrepreensível.

Outro dia, passando na rua, vi seu filho e sua esposa. Voltei no tempo e vi o pequeno Klaus “Alemão” Werner Krause e confesso que foi muito emocionante.

Não sei não, mas ele se parece muito com um cara que conheço muito bem.

Um comentário:

  1. Que saudades Vadão, daquelas tardes de sábado na quadra de volei do baixio, vendo aqueles caras "Klaus - Rodolfo - Alexandre - neri - voce e tantos outros, jogar "altas" partidas de volei. Pareciam profissionais, pela habilidade e precisão nos fundamentos. O Klaus sempre foi e ainda é um grande cara. Um abraço a todos.

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