domingo, 3 de abril de 2011

ZÉ CARLOS...ZECA DE PORTO BELO!!!!

ZÉ CARLOS...ZECA DE PORTO BELO

E quem não conhece o Zeca em Porto Belo? Cara simples, muito popular, sempre disposto para ajudar, adora uma farra do boi, cozinheiro de mão cheia; você chega sem avisar, não tem problema, sai de mansinho e, sem muita demora, retorna com um quilo de camarão fresco que ele vai preparar “ao bafo” para você se deliciar.
Nascido em Porto Belo, José Carlos da Silva, que adorava futebol desde pequeno, começou a jogar em equipes amadoras, até que em 1975, iniciou sua carreira como atleta profissional, sendo contratado para ser o goleiro da equipe do Marcílio Dias, de Itajaí. Em 1977, no final de seu contrato com a equipe de Itajaí, teve seu passe negociado com o Avaí, onde permaneceu até 1983, realizando grandes campanhas e, tornando-se ídolo da torcida Az zurra.
Alguns torcedores e cronistas esportivos o chamavam de Zé Carlos Maluco, uma espécie de Higuita avaiano. Com a voz grossa, cabelos compridos e cara de índio americano, foi ídolo do Avaí.
Podia ser a defesa mais tranqüila, bola fácil, não tinha jeito e lá vinha o Zé Carlos, um artista da bola, preparando uma fantástica ponte, fazendo a defesa e levando a torcida ao delírio. Teve um jogo no Adolfo Konder, antigo estádio do Avaí, com uma goleada por 4 X 0 pra cima do Juventus e, como não podia deixar de ser, o Zeca aprontou das suas.Balão na área avaiana, mesmo que ele ficasse parado onde estava, a bola viria ao seu encontro, de tão fácil que era a defesa...mas fazendo jus ao apelido de Maluco...adiantava-se e quando todos já temiam pelo pior, o Zeca esticava-se todo, dobrava o corpo como se fosse de borracha e, no último segundo, agarrava a bola com firmeza. Uma figura, sem dúvida.
No início dos anos 80, a equipe do Avaí, com o barbudo Osmari, Vargas, o zagueiro Silva, Bira Lopes, todos entrando em campo e o, sempre ele, Zeca, dando uma “estrela”.
Tempos depois, jogando por equipes de veteranos, mas como atacante, tinha uma patada no pé como poucos. Bons tempos!!!

SE, eu sei, o se não existe, se eu tivesse feito aquilo, se eu fosse assim...mas , acredito que o Zé Carlos,nos dias de hoje, atuando como atleta profissional, seria uma estrela em nossos gramados ou mesmo no exterior, pela sua condição atlética, pela sua competência debaixo da trave e pelo espetáculo que proporcionava, através de suas maluquices, aos torcedores.
Você que ainda não veio para Porto Belo, venha e conheça lindas praias, uma baía maravilhosa com uma ilha recortando o mar, um povo hospitaleiro... mas, pergunte no Trapiche dos Pescadores, nas lojas comerciais, pergunte para a senhora  que está no portão, vendo as pessoas passarem pra lá e pra cá...não pode deixar de conhecer o Zeca...quem sabe, ele pede licença, sai de mansinho  e te prepara um saboroso camarão ao bafo?

Um comentário:

  1. Fantástico. Parabéns Vadão por essa homenagem, ao amigão Zeca, sujeito simples, de uma humildade ímpar, e com uma história tão bonita e importante dentro do futebol catarinense e brasileiro.
    Um abraço

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