sexta-feira, 18 de março de 2011

CACHIMBO É ETERNO!!!!!!!!

                      CACHIMBO É ETERNO

O cachimbo é um instrumento para fumar, composto de farnilho e piteira, havendo muitos tipos e, geralmente, feito de madeira.
Mas o autêntico e único CACHIMBO, sujeito fora de série, é o OSÉAS DA COSTA FELIX, que estará completando 88 anos em setembro próximo.
Muitos esportistas de Porto Belo conhecem a habilidade do CACHIMBO em organizar o histórico de equipes onde participou ativamente. Equipes do Cuba e Veteranos do Miramar, com as fichas técnicas de todos os jogos, onde você pode conferir o maior artilheiro da equipe, Maele, com 122 gols em 123 jogos e outras curiosidades,competições em que participaram, filmagens feitas por ele próprio e, depois revistas várias vezes, juntamente com os atletas, em seu escritório particular, com um acervo espetacular composto de pastas, recortes de jornais, vídeos... e lá vem ele querendo mostrar a fita do  Globo Repórter , do Jornal Nacional ou daquele golaço na final do Brasileiro de 2006. Esse é o CACHIMBO, sempre disposto para uma boa conversa com seus amigos.
Porém, poucos sabem o que o CACHIMBO já aprontou por aí.
Imaginem e, podem acreditar, o Cachimbo, quando estava prestes a completar 70 anos e...ainda jogando sua pelada semanal.E não pensem que ele contentava-se com apenas uma e nem com duas. Toda semana, eram três, uma com seus velhos companheiros do Exército, outra com o pessoal do SNI (Serviço nacional de Informação) e, finalmente, com seus amigos e familiares.
Mas essa fome de bola vem desde seu tempo de moleque e, por sua causa, as regras de futebol de rua foram alteradas. A molecada aguardando a escolha dos times e, após o tradicional par ou ímpar, o normal era que os primeiros a serem chamados fossem os artilheiros. Daí apareceu o menino Oséas, deixando todos boquiabertos com suas sensacionais defesas...ÔPA!!!!  desse jeito não ia dar certo e, desde então, os primeiros a serem escolhidos eram os goleiros, graças ao CACHIMBO.
O menino cresceu e transformou-se no CACHIMBO, que teve toda sua carreira de esportista atuando pela mesma equipe, o América de Curitiba, no período entre 1945 e 1962.
E ganhou um prêmio que nem mesmo o Rei Pelé conseguiu ganhar. O Prêmio Belfort Duarte era concebido ao atleta que ao longo de sua carreira, nunca havia sido expulso e o nosso CACHIMBO participou de 232 partidas sem nunca ter sido punido com uma expulsão.
Ainda morando em Curitiba, na década de 70, trabalhou durante quatro anos na Rádio Colombo, foi Secretário da AERP (Associação das Emissoras de Rádio do Paraná).
Bom de oratória e craque no microfone, era sempre escalado para narrar desfiles militares. Em uma dessas oportunidades, Dia da Bandeira, e o genial CACHIMBO, narrando e comentando o acontecimento para o público presente.
Numa certa altura, agradeceu a presença das autoridades civis, militares e eclesiásticas, bem como a presença do público e deu por encerrada a festividade. Só um porém!!!! A cerimônia ainda estava na metade da programação. Depois dessa, parece que sua carreira de narrador de desfiles militares chegou ao fim.
O CACHIMBO era cadeira cativa nos comentários em partidas de futebol, e, certo dia, foi escalado para comentar uma luta de boxe no antigo ginásio do Atlético Paranaense. Começa o combate e o CACHIMBO, entusiasmado, foi logo dizendo... o atual campeão entra no GRAMADO!!!! E não parou por aí. Após um direto de esquerda, Cachimbo, entusiasmado solta outra... o desafiante desaba no GRAMADO!!!!!
Época de eleições, nada de computadores e, para apurarem-se os votos, era tudo no papel, caneta, máquina escrever e calculadoras. Trabalho complicado que exigia uma atenção redobrada.
Mas o CACHIMBO era o CACHIMBO!!!!
Um certo locutor de outra emissora, todo atrapalhado com a contagem dos votos, quis dar uma de esperto e recorreu aos boletins do CACHIMBO, colando e repassando aos seus ouvintes. Logo com quem o cara foi mexer. Sempre atento, o CACHIMBO preparou boletins falsos para que o “esperto” quebrasse a cara. Fico só imaginando a cara do CACHIMBO dando risada.
Em 1970 o oficial Oséas da Costa Felix reformou-se no Exército Brasileiro e em 1988 aposentou-se como funcionário civil federal da Presidência da República.
CACHIMBO, um exemplo de homem. Teve um período em que fui seu zagueiro titular, mas o que me enche de satisfação é poder desfrutar de sua amizade.

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