segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SELEÇÃO: TÔ FORA!!!!!


Vá entender! Como diria Tim Maia, me dê motivos. Em 86, durante a preparação para a Copa do México, o rubro negro Leandro, considerado por muitos como um dos melhores laterais do futebol brasileiro, decidiu abandonar a Seleção.
Na noite anterior, já havia abandonado a concentração, junto com o ponta direita Renato, a fim de conhecerem a noite de Belo Horizonte. Não teve jeito, Renato foi cortado e Leandro, solidário com o companheiro, recusou-se a participar daquela Copa.
Serginho, lateral que surgiu no São Paulo e fez sucesso no Milan, alegando uma contusão, pediu dispensa em 2002 para um jogo amistoso. Não só deixou de conquistar o penta, como teve uma dispensa definitiva da Seleção, não sendo nunca mais convocado.
Leonardo, em 99, renunciou a Seleção comandada por Luxemburgo, insinuando não estar de acordo com a filosofia do técnico.
O volante mauro Silva, tetra em 94, desertou da Seleção, não aceitando ir para a Copa América, em 99 na Colômbia, pois era contra a realização do torneio naquele país, que enfrentava sérios problemas de violência.
E agora vem o Mario Fernandes... quem????, ainda se firmando na equipe do Grêmio, com idade para participar dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, e recusando-se  a se juntar ao grupo que enfrentou a Argentina, no Super Clássico das  Américas, alegando problemas  pessoais.
Sr. Julio Botelho. Os mais jovens não devem fazer a mínima idéia de quem seja. Ou simplesmente, Julinho.
Começou na base do Corinthians e com 19 anos foi para o Juventus da Mooca e de lá, transferiu-se para a Portuguesa e com suas brilhantes atuações, foi chamado para a Copa de54, na Suíça.
No ano seguinte, a equipe italiana da Fiorentina comprou seu passe e no mesmo ano, conquistou o título italiano e Julinho transformou-se em ídolo.
Com desejo de retornar ao Brasil, somente foi liberado m 59, sendo contratado pelo Palmeiras e tornando-se, da mesma forma, ídolo do  Palestra.
Mas vamos ao que interessa. Abandonos, recusas, pedidos de dispensa que não condizem com a honra de representarem nosso país em competições internacionais.
Aproximando-se da data da Copa do Mundo, na Suécia, em 1958, a CBD (Confederação brasileira de Desportos), hoje CBF, havia estabelecido uma regra. Não seria convocado nenhum jogador que atuasse em alguma equipe do exterior. Porém, o presidente na época, João Havelange, abriu uma exceção e enviou um telegrama para Julinho.
Mas não esperava pela reação de Julinho, que declarou: “Nada me emociona mais que jogar pelo meu país, mas não acho justo tirar a vaga de um atleta que atua no Brasil”.
Com a ausência de Julinho, foi convocado para a reserva de Joel, um jogador que tinha as pernas tortas, um tal de Mané Garrincha, um gênio da bola.
O craque Julinho será sempre lembrado por seu talento dentro de campo e pela nobreza fora dele.

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